RELOGIO
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
TV MAROS FECH 08/08/14 - DIA PARA SER ESQUECIDO -
Resumo do dia 08 de agosto de 2014
Sexta, 08/08/2014 " DIA PARA SER ESQUECIDO " Marcus Magalhães O dia no mercado cafeeiro foi lento e marcado no âmbito das bolsas de NY e Londres café, pelo campo negativo. A alta do dólar no Brasil em função do sentimento de aversão ao risco generalizado aliado ao vencimento de opções ocorrido hoje em NY, deixou a briga entre "comprados e vendidos", neste terminal, exposta. O movimento especulativo presenciado foi até certo ponto tendencioso já que não houve nem há qualquer alinhamento ao complexo quadro fundamental vivido no negócio café. Acredito que para a semana vindoura a tônica dos mercados cafeeiros seja outra e assim, o campo positivo possa, quem sabe, voltar a ser visto de forma mais corriqueira. No lado interno a sensação de vazio mercadológico contagiou tudo e todos... As quedas externas aliada ao rebaixamento dos níveis de intenção de compra no Brasil, liderado por exportadores e indústrias, fizeram com que as praças de comercialização sofressem um esvaziamento mercadológico e desta forma, o dia e por não dizer a semana, passaram a brancas nuvens. Com relação ao clima os próximos dias deverão ser de sol e temperaturas em elevação na maior parte do cinturão produtivo do sul e sudeste do Brasil. Bom final de semana a todos !!!
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CNC: Balanço Semanal - 04 a 08/08/2014

BALANÇO SEMANAL — 04 a 08/08/2014
— Departamento do Café do Ministério da Agricultura tem novo diretor.
NOVO DIRETOR NO DCAF — Na quarta-feira, 6 de agosto, foi publicada, no Diário Oficial da União, a nomeação de Rodolfo Osório de Oliveira para exercer a função de diretor do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O novo titular do Dcaf é engenheiro agrônomo formado na ESALQ/USP e possui mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp.
Funcionário de carreira da Embrapa, Oliveira possui significativos trabalhos prestados à agropecuária brasileira em sua passagem pelas Federações de Agricultura de São Paulo e Minas Gerais, além de vasta experiência internacional, tendo atuado como consultor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no Escritório Regional para América Latina e Caribe, e desempenhado a função de coordenador geral das áreas Internacional e Inteligência de Mercado no Departamento de Cooperativismo e Associativismo (Denacoop) do próprio Mapa.
Essa nomeação vem ao encontro da solicitação do Conselho Nacional do Café e da Comissão Nacional do Café da CNA, haja vista o conhecimento que temos a respeito do trabalho e da competência profissional do novo diretor. Aproveitamos a oportunidade para agradecer e enaltecer o trabalho da secretária de Produção e Agroenergia, Cleide Laia, do secretário executivo, Gerardo Fontelles, e do ministro da Agricultura, Neri Geller, para a concretização da nomeação de Rodolfo Oliveira.
Temos a certeza que se trata de uma pessoa muito bem indicada para desempenhar a função e que favorecerá o desempenho governamental nos pontos condizentes à cafeicultura nacional. Com a reformulação do Dcaf, certamente poderemos – setor privado e Governo Federal – realizar um trabalho conjunto e pró-ativo para a cadeia café do Brasil, em especial para os produtores.
LIBERAÇÕES DO FUNCAFÉ — Na segunda-feira, dia 4, o Ministério da Agricultura assinou dois novos contratos com agentes financeiros para repasses de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) no valor de R$ 404 milhões, elevando o montante total para R$ 2,796 bilhões.
Do volume integral autorizado, R$ 1,049 bilhão foram para a linha de Estocagem, R$ 718 milhões para Custeio, R$ 578 milhões para Aquisição de Café (FAC), R$ 220 milhões à linha de Capital de Giro para Cooperativas de Produção, R$ 123 milhões para Indústrias Torrefação e R$ 108 milhões para as de Solúvel.
Desse total contratado, foi liberado aos agentes financeiros o valor de R$ 779,5 milhões. Para a safra 2014, o Funcafé conta com um orçamento total de R$ 3,825 bilhões. Veja tabela detalhada abaixo.
SAFRA 2014 — Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou a safra 2014 de café do Brasil em 45,5 milhões de sacas de 60 kg, volume que entendemos como fora da realidade do ciclo atual. O CNC, há tempos, critica a divulgação de estudos, mesmo de órgãos federais, pouco acurados, os quais emergem para gerar especulações no volátil mercado cafeeiro.
Contestamos veementemente esse número prognosticado pelo IBGE e solicitamos que, se não for possível uma apuração verídica das reais condições de nossas lavouras cafeeiras, que não se realize o levantamento. Se a ideia for manter tal anúncio, pedimos que façam de maneira mais esmerada, realizando contato com os profissionais que vivem a realidade da cafeicultura brasileira, como os técnicos de nossas cooperativas e os pesquisadores de instituições como a Fundação Procafé.
Frente ao número tornado público, a respeito do qual reiteramos nossa contrariedade, o CNC salienta que a safra brasileira se situará de fato dentro do intervalo apurado, in loco, pela Fundação Procafé, sendo muito provável que se situe no piso de 40 milhões de sacas, haja vista o baixo rendimento dos grãos em boa parte do parque cafeeiro nacional. Também em função do veranico do início do ano, esse volume deverá ser repetido na colheita da safra 2015, uma vez que o desenvolvimento das plantas foi impactado
.
MERCADO — O mercado climático, com especulações sobre frio intenso no sul de Minas Gerais e movimentos de realização de lucros, influenciou o comportamento dos preços futuros do café nesta semana. A quebra da safra brasileira devido ao veranico do primeiro bimestre continua conferindo suporte às cotações do arábica.
A Somar Meteorologia informou que as temperaturas no Sul e Sudeste do País cairiam fortemente nesta semana, devido a uma massa de ar polar. A madrugada de quinta-feira foi a mais fria do ano no sul de Minas Gerais, porém não houve geada nas áreas de café, desencadeando forte movimento de realização de lucros na Bolsa de Nova York.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do contrato C negociado na bolsa norte-americana acumulou queda de 835 pontos na semana, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,84 por libra-peso.
Os preços futuros do robusta negociados na Liffe também acumularam queda, de US$ 129, até a quinta-feira. O fechamento do vencimento setembro do Contrato 409, na Bolsa de Londres, deu-se a US$ 1.968 por tonelada.
No mercado doméstico brasileiro, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 433,60/saca e a R$ 246,86/saca, respectivamente, acumulando queda de 6,7% e 3,5% desde a última sexta-feira. Com o nível mais baixo de preços nesta semana, vendedores apresentaram forte retração.
Influenciado pelo cenário internacional, o dólar voltou a valorizar-se nesta semana, com alta de 1,6% em relação ao real desde a última sexta-feira. Ontem, a moeda norte-americana foi cotada a R$ 2,2959.
Enquanto no Brasil a moeda nacional segue com tendência de desvalorização, na Colômbia os cafeicultores reclamam do câmbio valorizado, que têm limitado seus ganhos com a alta internacional dos preços do café. Desde março, quando o banco de investimentos JPMorgan Chase & Co. anunciou planos de aumentar a participação da Colômbia em dois de seus índices de dívidas de mercados emergentes, o peso colombiano já se valorizou 8%.

Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
Presidente Executivo do CNC

Exportação em julho cresce 33,5% ante julho de 2013, diz CeCafé Total embarcado foi de 2,981 milhões de sacas
POR ESTADÃO CONTEÚDO

De janeiro a julho desse ano, 20,557 milhões de sacas foram exportadas (Foto: Karin Salomão)
O Brasil exportou 2,981 milhões de sacas de 60 kg de café em julho passado, o que corresponde a um aumento de 33,5% em comparação com o mesmo mês de 2013 (2,233 milhões de sacas). Os dados fazem parte de levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), divulgado nesta quinta-feira (7/8).
A receita cambial com o produto (verde, torrado; moído e solúvel) no mês passado foi de US$ 556,964 milhões, representando elevação de 58,9% ante julho de 2013. O Brasil exportou no período de janeiro a julho deste ano cerca de 20,557 milhões de sacas, aumento de 18,5% ante o mesmo período de 2013 (17,344 milhões de sacas).
O diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga, informou por meio de comunicado que o bom desempenho mantém o Brasil com a participação de 32% no mercado mundial. Segundo Braga, o resultado do mês de julho é muito positivo e, em grande parte, resulta de estoques remanescentes. A continuação deste desempenho favorável para os meses seguintes está condicionada à colheita da safra em curso, observa Braga.
De acordo com o levantamento, a variedade arábica respondeu por 82,2% das vendas do país no período de janeiro a maio, o solúvel por 9,8% e, o robusta, por 7,9% das exportações. Os cafés diferenciados (arábica e conilon) tiveram participação de 23,7% nas exportações em termos de volume e de 31,3% na receita cambial. O CeCafé destaca as exportações de café conilon, que passaram de 192.677 sacas em julho 2013 para 420.875 sacas em julho deste ano. O relatório mostra, ainda, que no acumulado de janeiro a julho de 2014 a Europa foi o principal mercado importador de café do Brasil, respondendo pela compra de 53% do total, seguida de América do Norte (26%), Ásia (15%), América do Sul (3%), África (1%), América Central (1%) e Oceania (1%).
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos participam de sabatina na CNA

Os três principais candidatos à Presidência da República, que aparecem nos primeiros lugares nas pesquisas de intenções de votos nas eleições deste ano, foram sabatinados com perguntas de representantes do agronegócio brasileiro durante encontro realizado na noite de quarta-feira, 6 de agosto, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Aécio Neves (PSDB), Dilma Roussef (PT) e Eduardo Campos (PSB) foram recepcionados pelo presidente da entidade, João Martins da Silva Júnior. Cada presidenciável teve seu momento de apresentar suas propostas, individualmente, e posteriormente os três concederam, um a um, entrevistas coletivas à imprensa.
João Martins demonstrou ter saído satisfeito do encontro, especialmente porque todos se comprometeram a dialogar com o setor agropecuário, se forem eleitos. O ponto em comum entre os três presidenciáveis, segundo o presidente da CNA, foi a necessidade de fortalecer o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Queremos um ministério eficiente, à altura da pujante agropecuária brasileira”, afirmou.
O problema da insegurança jurídica no campo também foi alvo de discussão. “O País não pode avançar em um ambiente de insegurança. Não precisamos de mais leis neste País, precisamos que as leis sejam cumpridas”, avaliou o presidente da entidade.
Ele ainda destacou a importância de investir na infraestrutura das estradas, ferrovias e zonas portuárias, considerada por ele ineficaz para atender à atual demanda do agronegócio brasileiro. “O futuro presidente terá a tarefa de adequar a logística à modernidade do agro, para que possamos avançar mais”, disse João Martins.
Ao fim do evento, ele qualificou o encontro com os três presidenciáveis como um dia histórico para o setor agropecuário. “O agronegócio se desenvolveu, ganhou relevância na economia e hoje está no centro da agenda nacional”, ressaltou.
Leia na íntegra:

Cultivo intercalar de café temporário e definitivo
Uma cultura intercalar na lavoura de café compreende, por tradição, o uso de cultivos anuais (feijão, milho, arroz etc) no meio do cafezal, de forma temporária. Já, a associação de culturas é um conceito mais abrangente, definindo melhor a combinação de cultivos, mesmo entre culturas permanentes, como é o caso do próprio café como cultivo intercalar.
O plantio de cafeeiros em sistema de adensamento temporário, onde se vai eliminar, no futuro, uma linha da plantação é, na verdade, uma forma de associação, de café intercalar ao café definitivo. Com essa combinação busca-se, principalmente, aproveitar melhor a área da lavoura, reduzir os custos e aumentar as receitas, ampliando o retorno no curto prazo.
Um bom exemplo desse tipo de associação pode ser visto em uma lavoura de café plantada a 1,8 x 0,5m, que será transformada, para 3,6 x 0,5m, pela eliminação de uma linha alternada, visando o uso mais intensivo do espaço inicialmente livre. Em se tratando de uma área nobre, como um terreno irrigado em área total, sob um pivô normal, o adensamento temporário seria ainda mais justificável.
Na indicação da tecnologia adequada, para usar no sistema de intercalação com cafeeiros, destacam-se as seguintes recomendações - a) Pode-se usar, na linha intercalar, a mesma variedade ou outra com características mais indicadas, devendo ser de preferência de porte baixo, sendo importante a sua resistência a doenças e uma alta produtividade inicial, não precisando ter muito vigor e longevidade. b) Usar sempre um espaçamento sub-múltiplo do espaçamento final que se deseja. Ele, ainda, deve possibilitar a passagem de máquina colhedeira automotriz (1,8 m já passa). c) Em se tratando de variedade de porte alto, deve-se manter a altura através de capação herbácea, depois da 1ª - 2ª safra, para reduziro sombreamento da linha definitiva. d) A eliminação da fileira intercalar deve ser feita antes que seja prejudicada a saia dos cafeeiros da linha definitiva, o que, normalmente, ocorre após a 3ª- 4ª produção, dependendo do espaçamento utilizado.
A modalidade de combinação de café com café tem encontrado boa aceitação, ultimamente. Planta-se a lavoura com espaçamento de 1,8-2,0 x 0,5 m, tira-se 2-3 safras, inclusive operando a colheita com a auto-motriz, depois tira-se uma linha de cafeeiros, ficando um renque mecanizado normal.
Em alguns casos, onde foi planejada a eliminação de linha, os produtores acabam se arrependendo e passam a adotar o adensamento em prazo mais longo, manejando com podas. Nessa condição não se poderia adotar o conceito de uso de variedades pouco vigorosas na linha intercalar, já que elas não responderiam a podas.
Outra forma de usar o café intercalado pode ser usada na substituição de lavouras. Nesse sistema dobra-se a lavoura, com plantio de uma linha nova de cafeeiros no meio de um cafezal mais velho, que se deseja substituir. Neste caso, é indicado que se acople o plantio com uma poda das plantas velhas, por esqueletamento ou recepa. Cerca de 2 anos após arranca-se a linha de cafeeiros velhos e teríamos uma lavoura toda nova
.
Linha central intercalar de catuai, entre 2 linhas de Acaiá, estas já com poda herbácea, indo para a 3ª safra, na Fda Mamonal, em Andradas-MG
O Técnico Agricola Roberto Cristóvão, da Fda Mamonal, mostra, à esquerda, a linha de cafeeiros catuai, ao lado da linha de cafeeiros acaiá, esta com altura regulada por poda herbácea(com detalhe do topo podado na foto direita).
Linha intercalada de cafeeiros Catucai, entre 2 linhas velhas de cafeeiros da cultivat Tupy, esqueletada, com fraca recuperação e que será eliminada neste ano, pós-colheita.
Fonte: Mapa e Fundação Procafé
TV MAROS FECH 07/08/14 - VENCIMENTO DE OPÇÃO -
Resumo do dia 07 de agosto de 2014
Quinta, 07/08/2014 " VENCIMENTO DE OPÇÕES " Marcus Magalhães O dia no mercado cafeeiro foi pesado e marcado por volatilidades negativas nos terminais internacionais. Investidores, principalmente em NY café, resolveram bater nas cotações em alinhamento a proximidade do vencimento de opções no mercado e desta forma, uma boa briga entre comprados e vendidos se fez presente e por tabela, emoções especulativas deram a tônica durante o pregão. Na minha visão, o comportamento presenciado nas bolsas teve cunho meramente técnico e especulativo e assim, passado este vencimento é possível, que as cotações voltem a ganhar firmeza em suas oscilações. O quadro fundamental do negócio café, em importantes origens produtoras, continua complexo em virtude de clima e pragas e assim, não avaliza qualquer derrocada nos patamares internacionais. Para amanhã é provável, que tenhamos alguma recompra nos terminais já que os níveis apresentados já indicam certa atratividade nesta cobertura de posições vendidas. No lado interno a história sempre se repete... Baixa nas bolsas indica rebaixamento dos níveis de preços praticados e por tabela, vazio mercadológico.
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IBGE prevê safra de 193,2 milhões de toneladas em 2014
Rio, 07 - O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho projeta uma safra agrícola de 193,2 milhões de toneladas em 2014, alta de 0,3% ante o levantamento de junho (+ 0,7 milhão de tonelada), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 07. Se confirmada, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas será 2,6% superior à produção de 2013, que foi de 188,2 milhões de toneladas.
Os agricultores brasileiros devem colher uma área de 56,2 milhões de hectares em 2014, um aumento de 6,4% em relação à área colhida em 2013, de 52,8 milhões de hectares. Em relação à estimativa anterior, de junho (56,3 milhões de hectares), houve redução de 0,1%.
O arroz, o milho e a soja, três principais produtos, representaram juntos 91,1% da estimativa da produção (projetada em 193,2 milhões de toneladas) e por 85,0% da área a ser colhida. Em relação a 2013, espera-se aumento de 0,3% na área para o arroz, 8,6% para a soja e decréscimo de 0,7% na área a ser colhida com milho.
Em relação à produção, a estimativa é de expansão de 4,4% para o arroz e de 6,0% para a soja. Para o milho, a expectativa é de diminuição de 4,4% em relação a 2013.
AGÊNCIA ESTADO

Café: manhã negativa em Nova Iorque, arábica perde cerca de 220 pontos
Manhã negativa para o mercado de café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) nesta quinta-feira (07). A posição setembro trabalha às 9h12 (horário de Brasília) a 188,60 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento dezembro perde 220 pontos, para 192,65 cents/libra-peso. Os contratos com entrega para março/2015 anotam 196,35 cents/libra-peso, enquanto maio/2015 registra 198,40 cents/libra-peso.
Na quarta-feira (06), a sessão encerrou em leves altas, depois de pregão muito volátil. Segundo analistas ouvidos pelo site Notícias Agrícolas, essas oscilações devem ocorrer até que novas informações sobre a colheita brasileira atinjam o mercado. Independente disso, as cotações reagiram nas três últimas semanas tentando consolidar valores acima do patamar dos 190,00 cents/libra-peso, apesar de alguns pregões desta semana terem fechado em baixa devido à realização de lucros de alguns investidores, que viram uma oportunidade diante de preços mais elevados.
Veja como fechou a sessão de ontem:
Café: arábica fecha acima do patamar de US$ 1,90/lb em NY após sessão volátil
O mercado de café arábica seguiu o ritmo das últimas sessões na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US), alternando durante todo o pregão entre os campos positivo e negativo. O encerramento, porém registrou leves altas acima do patamar de 190,00 centavos de dólar por libra-peso. “As incertezas em relação à safra brasileira voltaram com notícias que atingiram o mercado na semana passada e elevaram os preços. Agora o comportamento em NY é de bastante volatilidade, tentando buscar sustentação acima do patamar de 190”, explicou o analista do Safras & Mercado, Gil Barabach.
As máximas para setembro alcançaram 192,50 cents/libra-peso, enquanto as baixas registraram 185,95 cents/libra-peso. “O mercado não mudou muito nas últimas sessões e essas oscilações refletem também as dúvidas em relação às especulações da safra 2015, que pode ser ainda menor do que atual.
Diante deste cenário, os contratos com entrega para setembro e dezembro subiram 145 pontos e anotaram 190,85 cents/libra-peso e 194,85 cents/libra-peso respectivamente. O vencimento março/2015 fechou em 198,35 cents/libra-peso, enquanto maio/2015 encerrou em 200,35 centavos/libra-peso.
Fonte: Notícias Agrícolas // Talita Benegra
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
SIC 2014 e os grandes eventos mundiais de café
Por Breno Mesquita – diretor da Faemg e presidente das Comissões de Café da Faemg e da CNA
Por trás dos números que nos permitem comemorar o progressivo aumento do consumo mundial de café, há muito trabalho. Há investimentos em qualidade, em pesquisa e tecnologia. Há inovação e marketing. E há, no topo de tudo isso, a crescente conscientização de cada elo da cadeia de que, para ter sucesso em um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental estar muito bem preparado. Os grandes encontros, seminários e feiras são oportunidades concorridas. Anualmente, milhares de produtores, torrefadores, exportadores, se encontram em eventos promovidos em Seattle (EUA), Tóquio (Japão), Melbourne (Austrália), Rimini (Itália), e em outras cidades e países que pouco ou nada produzem do grão.
Por trás dos números que nos permitem comemorar o progressivo aumento do consumo mundial de café, há muito trabalho. Há investimentos em qualidade, em pesquisa e tecnologia. Há inovação e marketing. E há, no topo de tudo isso, a crescente conscientização de cada elo da cadeia de que, para ter sucesso em um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental estar muito bem preparado. Os grandes encontros, seminários e feiras são oportunidades concorridas. Anualmente, milhares de produtores, torrefadores, exportadores, se encontram em eventos promovidos em Seattle (EUA), Tóquio (Japão), Melbourne (Austrália), Rimini (Itália), e em outras cidades e países que pouco ou nada produzem do grão.
Breno Mesquita é diretor da Faemg e presidente das Comissões de Café da Faemg e da CNA
Maior produtor mundial de café, o Brasil também já entendeu bem a importância de se promover por aqui um grande encontro, com perfil internacional e programação de grande qualidade. Em 2013, a realização da primeira Semana Internacional do Café - SIC, juntamente à reunião pelo cinquentenário da Organização Internacional do Café (OIC), atraiu para a capital mineira nada menos que 12 mil visitantes de 70 países, e R$ 70 milhões em negócios.
Os realizadores, Faemg, Café Editora e Sebrae já apresentaram formato e atrações para a SIC 2014. O evento, que será realizado de 15 a 18 de setembro, em BH, terá diversas novidades, revelando novas atenções do setor. Diversos temas, desafios e oportunidades - cada vez mais em foco neste mercado altamente competitivo - estarão em destaque na programação. Exemplo será a realização inédita de um Seminário de Cafeicultura Sustentável, que irá trabalhar a otimização da produção sob aspectos econômico, social e ambiental. Na outra ponta da cadeia, outro estreante: o Cafeteria Gourmet oferecerá capacitação técnica e orientação em planejamento de negócios para empreendedores de food service.
Mantendo como grande mote a oportunidade de reunirmos toda a cafeicultura brasileira e compradores internacionais, e divulgarmos a alta qualidade dos cafés brasileiros para o mundo, esta nova edição reforça ainda nossa aposta nos eventos de intercâmbio e capacitação para cada uma das etapas da cadeia produtiva.
Já consolidando-se entre os principais eventos mundiais, a SIC segue a receita de sucesso: unir o foco negocial da feira de produtos e serviços, das rodadas de negócios e das sessões de cupping à oportunidade para que o produtor participe de cursos, palestras e treinamentos de alto nível, agregando conhecimentos e informações que lhe permitirão se situar e tomar decisões frente aos grandes desafios e oportunidades.
Da porteira para dentro, nossos produtores dominam o dever de casa com excelência. A hora agora é de ir além, conhecer o mundo após a porteira e voltar para casa com muitas novas ideias na bagagem.

Prêmio do Seguro Rural terá R$ 140 milhões para safra verão 2014/15
A distribuição dos recursos orçamentários do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) para a safra de verão 2014/2015 em todas as regiões do Brasil foi aprovada pelo Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR). A medida da Resolução nº 31, assinada pelo presidente do Comitê, Seneri Kernbeis Paludo, foi publicada nesta quarta (5) no Diário Oficial da União (DOU).
O montante é de R$ 140 milhões, dividido em dois lotes nos meses de agosto e setembro, abrangendo as atividades das culturas de soja (R$ 80 milhões), milho verão (R$ 12 milhões), uva (R$ 8 milhões), maçã (R$ 10 milhões) e outros (R$ 30 milhões).
O rateio dos recursos foi definida pelo Comitê na Resolução nº 30, publicada na mesma data no DOU. O montante de subvenção previsto para cada atividade produtiva/grupo de atividades e/ou localidade, observa os limites de disponibilidade de empenho e pagamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em caso de necessidade de remanejamento de recursos entre as atividades produtivas/grupo de atividades e/ou localidade, a Secretaria-Executiva convocará reunião do CGSR na forma do regulamento e apresentará proposta observado o disposto nesta resolução.
G1

Presidente da FAEMG avalia sabatina dos presidenciáveis
O reconhecimento da importância do agronegócio para o país e da necessidade de fortalecimento do setor foi o destaque, na opinião do presidente do SISTEMA FAEMG, Roberto Simões, nas apresentações dos três principais candidatos à presidência da República, sabatinados hoje, 6/8, na CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A presidente e candidata Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) foram convidados pela entidade para expor suas propostas e ouvir o setor agropecuário em encontro em sua sede, em Brasília.
Um documento intitulado “O que esperamos do Próximo Presidente 2015-2018”, foi elaborado pela CNA e entregue aos três na segunda-feira, dando igual oportunidades para que conhecessem os problemas e reivindicações do setor e se posicionassem.
Para Roberto Simões, foi importante perceber que os candidatos estão bem sintonizados com as principais questões: “Todos os temas fundamentais para nós foram comentados por todos eles, a partir de suas próprias perspectivas e propostas: a necessidade de uma politica agrícola real e de longo prazo, o fortalecimento do Ministério da Agricultura e suas estruturas, dos investimentos em pesquisa, infraestrutura e defesa sanitária. Outra questão foi o comércio exterior, em que esperamos políticas mais agressivas e acordos bilaterais”.
O presidente da FAEMG classificou o momento, dentro da corrida presidencial, como muito oportuno para realização de evento desta natureza: “É importante para nós conhecermos o posicionamento e as ideias de cada um. Mas é fundamental para eles próprios perceberem já as reações e avaliações do setor em tempo para trabalharem ainda mais seus planos de campanha”.
Propostas centrais
Primeiro a se apresentar, Eduardo Campos (PSB) definiu como grande objetivo levar comida boa e barata à mesa dos brasileiros. Outro ponto central será a mediação entre a agricultura familiar, o agronegócio e as questões ambientais; das unidades de conservação à demarcação de terras indígenas e a pauta da reforma agrária.
Em seguida, Aécio Neves (PSDB) focou, em seu discurso, o fortalecimento político do setor através da criação do que chamou um “Superministério” da Agricultura, com forte autonomia na implementação de políticas voltadas à logística e infraestrutura, dentre outras.
Buscando a reeleição, Dilma Rousseff (PT) defendeu os avanços alcançados durante seu Governo no setor e que o objetivo nesta nova gestão deverá ser ampliar investimentos e fortalecer ainda mais as ações já em desenvolvimento.

TV MAROS FECH 06/08/14 - FLORADA NO CHÃO -
Resumo do dia 06 de agosto de 2014
Quarta, 06/08/2014 " CLIMA ASSUSTA " Marcus Magalhães O dia no mercado cafeeiro foi lento e marcado por curtas oscilações tanto no mercado interno quanto no externo. As bolsas voltaram a operar em estreitas margens mas NY Café, conseguiu recuperar o campo positivo o que tecnicamente, pode ser considerado construtivo, para uma visão de curtíssimo prazo. Londres café não teve a mesma performance mas ao que parece, pelo fechamento de NY, que amanhã o mercado no temrinal londrino que regula o robusta ou no nosso conilon, poderá sim, recuperar o ânimo e quem sabe, o campo positivo de forma notória. A grande verdade é que o clima imprevisível ao redor do mundo produtivo tira o sono dos operadores e isso, inibe, um comportamento mais agressivo na ponta vendedora, ou seja, não fica confortável assumir e carregar posições vendidas no mercado. Só para termos uma ideia, temos países da América Central reclamando de seca prolongada já afetando lavouras e por fim, aos ventos que atingiram o ES ontem. Inclusive, hoje pela manhã, já ouvi reporte de pessoas do norte do ES relatando que o vento acima do normal jogou muita flor do café no chão que tinha acabado de abrir... Como vemos quando não é o frio, é a chuva e agora, até vento forte para complicar a já complexa, rotina cafeeira.
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Café: manhã segue volatilidade dos últimos dias, mas tem leves altas em NY
A manhã desta quarta-feira (06) segue volátil na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US) para o mercado de café arábica. Após três dias encerrando em campo negativo para realização de lucros, o momento é levemente positivo para as cotações. As posições setembro e dezembro sobem às 9h54 (horário de Brasília) 5 pontos para 189,45 centavos de dólar por libra-peso e 193,45 cents/libra-peso respectivamente. O vencimento março/2015 vale 196,95 cents/libra-peso e maio/2015 trabalha a 198,95.
Enquanto o mercado continua flutuando nos dois campos e não consolida preços mais elevados, as ofertas de café no Brasil são baixas. O site Notícias Agrícolas conversou com algumas das principais cooperativas nacionais e elas admitiram que os produtores estão aguardando o momento mais propício, de valores mais atrativos, para disponibilizar seu produto para comercialização. Outra informação obtida também com a pesquisa, revela que a demanda dos compradores segue normalizada em relação ao mesmo período do ano passado.
Veja como fechou a sessão de ontem:
Café: após nova sessão volátil, arábica registra 3º dia de quedas em NY
Mais um dia de baixas para o mercado de café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). Depois do balanço de três semanas com números positivos, esta é a terceira sessão que encerra em campo negativo diante de pregões com muita volatilidade.
Nesta terça-feira (05), o vencimento setembro fechou abaixo do patamar dos 190, para 189,40 centavos de dólar por libra-peso. Já a posição dezembro apresentou queda de 100 pontos e anotou 193,40 cents/libra-peso. Os contratos com entrega para março/2015 registraram 196,85 cents/libra-peso e maio/2015 perdeu 40 pontos e encerrou em 198,75 cents/libra-peso.
Analistas acreditam que essas oscilações vão ocorrer porque no mercado futuro é comum a entrada e saída de especuladores diante de novas informações que indiquem melhores negociações na venda ou na compra de contratos. Apesar dos valores um pouco mais baixos nas últimas sessões, especialistas acreditam que os futuros do café tendem a subir com o avanço da colheita e a confirmação de quebra na safra brasileira 2014 e possível prejuízo também na produção 2015, já que a cultura é perene e as lavouras estão com grande estresse hídrico, além de algumas apresentarem ferrugem tardia e broca.
Demanda X oferta
Enquanto o mercado não consolida valores mais elevados, produtores que não têm urgência financeira não colocam o café em oferta procurando melhor oportunidade de negócio, apostando na análise dos especialistas de preços mais atrativos.
O site Notícias Agrícolas conversou com responsáveis da área comercial de algumas das principais cooperativas de café do Brasil e todas elas indicaram diminuição no ritmo de venda em relação ao mesmo período do ano passado.
“O mês de julho deste ano teve oferta 60 a 70% menor do que o mesmo período em 2013. Com o avanço da colheita e a expectativa de grande quebra na safra, os produtores esperam por melhores preços e alguns já haviam negociado futuros também”, relatou Gilson Aloise de Souza, coordenador comercial da Cooparaíso – Cooperativa dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso.
A maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé, de Guaxupé/MG, também percebe a mesma situação na região em que atua. “Nós tivemos uma melhora na comercialização pós Copa, mas houve sim uma retração em relação ao mesmo período no ano passado”, contou Adriano Veronese, gerente comercial.
Para Manuel Piedade, gerente de comercialização da Cocatrel - Cooperativa dos Cafeicultores da zona de Três Pontas – os seus associados que estão em 60 municípios “estão esperando que já que a quebra vai ser de 40% ou mais na região, os lucros também precisam crescer na mesma proporção para que não haja prejuízos aos produtores”. Ele ainda admite que as vendas estão 50% menores em comparação a mesma temporada em 2013.
Houve queda na comercialização também na Minasul – Cooperativa de Cafeicultores da Zona de Varginha. “Em julho do ano passado vendemos 71.000 sacas de café de 60 quilos, enquanto no mesmo mês em 2014 o número caiu para 55.000 sacas”, detalhou Marco Mendes, diretor comercial.
Fonte: Notícias Agrícolas // Talita Benegra
ENTREVISTA: Confira a entrevista com Daniel Bedoya - Analista CEPEA
Leite: preço pago ao produtor permaneceu estável em julho, reflexo da demanda pouco aquecida pelos derivados lácteos somada à maior captação de leite na região Sul do País, segundo pesquisas do Cepea . O preço pago ao produtor fechou julho/14 em R$ 1,01/litro na “média Brasil”
terça-feira, 5 de agosto de 2014
TV MAROS FECH 05/08/14 - VENTANIA NO ES -
Resumo do dia 05 de agosto de 2014
Terça, 05/08/2014 " FUNGO ROYA E ESTIAGEM PREOCUPAM AMÉRICA CENTRAL " Marcus Magalhães O dia no mercado cafeeiro foi lento e marcado por curtas oscilações nos terminais internacionais. Investidores iniciaram um processo de cobertura de suas posições vendidas no mercado e desta forma, recompras foram vistas e o campo positivo, voltou a imperar no final dos trabalhos. Numa visão técnica o mercado voltou a ganhar firmeza e assim, é possível, que este movimento de coberturas continue a ser visto, deixando as cotações vigentes, com apetite suficiente para buscar um melhor lugar para se acomodar dentro do atual intervalo. No lado fundamental as variáveis continuam construtivas e nem de longe, dão margem para qualquer tentativa de depreciação dos níveis apresentados. Notícias que a América Central, depois de ter enfrentado com sequelas o fundo Roya, agora enfrenta, uma estiagem há anos não vista deixa os operadores pensativos e cautelosos. Dentro deste cenário produtivo climático complexo, acredito que as cotações internacionais do café, tem tudo para buscar se acomodar dentro de um intervalo mercadológico mais sadio e mais remunerador, ao setor produtivo. No lado interno o setor produtivo observa o desenrolar das notícias e bolsas mas não colocam pressão, na ponta vendedora. Resultado, independente do quadro de bolsa e dólar o que se vê são preços firmes, negócios isolados e ansiedade dos operadores testando, dia a dia, novos limites.
http://parceiros.gazetaonline.com.br/mercadodocafe/

CNC: balanço prevê safras 2014 e 2015 similares, para 40 milhões de sacas
Durante a maior parte de julho, o mercado futuro do café arábica operou de forma retraída, com seus movimentos direcionados predominantemente pelos indicadores técnicos. A ausência de novidades do lado da oferta e as férias de verão no Hemisfério Norte, período em que a quantidade demandada de café diminui, pressionaram as cotações nas primeiras semanas do mês. Porém, no final de julho os preços reagiram de forma significativa, sob a influência do mercado climático e do retorno da atenção dos investidores para a menor produção brasileira de café nas safras 2014/15 e 2015/16.
Nos últimos dias do mês passado, as chuvas nas origens brasileiras tiveram impacto positivo sobre as cotações futuras do café arábica negociadas na ICE Futures US. Além de retardarem os trabalhos de colheita e aumentarem a preocupação quanto às perdas qualitativas da safra, também suscitaram especulações no mercado sobre a possibilidade de antecipação das floradas dos cafeeiros, o que comprometeria ainda mais a disponibilidade de café na temporada 2015/16.
Paralelamente, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que o volume de café estocado pelo setor privado era de 15,22 milhões de sacas de 60 kg em 31 de março passado. Essa informação chamou a atenção dos investidores para a tendência de encolhimento do volume de café estocado no Brasil, diante da perspectiva de duas safras comprometidas pelo clima desfavorável para atender o consumo nacional superior a 20 milhões de sacas e exportações da ordem de 33 milhões de sacas.
O Conselho Nacional do Café prevê que a produção do País se aproxime dos 40 milhões de sacas em 2014, volume que deverá ser repetido em 2015. Até o final de julho, os números das cooperativas associadas indicavam que cerca de 60% da safra havia sido colhida, ficando evidente a necessidade de um maior volume de grãos para se encher uma saca de 60 kg.
O saldo líquido comprado dos fundos de investimento encerrou julho em nível inferior ao registrado em junho. Porém, apresentou tendência de crescimento no final do mês, impulsionando as cotações futuras do arábica. Em 29 de julho, a Commodity Futures Trading Comission (CTFC) informou que os fundos de investimento mantinham no mercado futuro e de opções da ICE Futures US um saldo líquido comprado de 37.845 contratos, ante os 39.054 contratos do final de junho.
Com isso, o vencimento setembro do Contrato C da bolsa nova-iorquina encerrou o mês a US$ 1,9505 por libra-peso, com alta acumulada de 1.995 pontos. O ganho observado na última semana de julho foi o maior dos últimos cinco meses e, no mês, a valorização atingiu 11,6%. A cotação média mensal, de US$ 1,73, foi 40% superior à do mesmo período de 2013.
Os estoques certificados de café da Bolsa de Nova York diminuíram 41,4 mil sacas, encerrando o mês em 2,46 milhões de sacas. Esse volume é 11% inferior ao registrado em julho de 2013, de 2,75 milhões de sacas.


O mercado futuro do café robusta seguiu a tendência dos preços do arábica negociados na ICE Futures US, com significativa recuperação no final do mês. No acumulado de julho, as cotações do contrato 409 da Liffe, com vencimento em setembro de 2014, apresentaram valorização de US$ 88, alcançando US$ 2.104 por tonelada. O preço médio de julho, de US$ 2.029/t, foi 7,6% superior ao do mesmo período do ano passado. No decorrer do mês, o spread setembro/novembro permaneceu invertido, com o primeiro mais valorizado do que o último, sinalizando restrição de oferta no curto prazo.
Com o incremento mais acentuado das cotações do arábica, a arbitragem entre as Bolsas de Londres e Nova York apresentou tendência de alargamento, aproximando-se de US$ 1 por libra-peso no final do mês, em relação aos US$ 0,8 registrados no último dia de junho.
Os estoques certificados monitorados pela Liffe mantiveram a tendência de recomposição de volumes, atingindo 1,28 milhão de sacas no final do mês, ante 1,12 milhão de sacas registradas nos últimos dias de junho. Mesmo assim, os estoques se encontram em patamar 22% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado.


Acompanhando a tendência internacional, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram julho com valorização de 7,9% e 6,1%, respectivamente, cotados a R$ 431,89/sc e R$ 251,90/sc. A instituição informou que, mesmo com os preços mais altos, parte dos vendedores manteve-se retraída e os negócios não apresentaram grande evolução.
No mercado cambial, o dólar valorizou-se em relação ao real. A moeda norte-americana encerrou julho a R$ 2,2699, com alta acumulada de 2,7%. Essa ascensão reflete o clima de otimismo em relação à recuperação da economia dos Estados Unidos, que cresceu 4% no segundo trimestre de 2014. Diante do cenário econômico positivo, o Banco Central norte-americano anunciou mais um corte de US$ 10 bilhões em seu programa de compras mensais de títulos, que cairá dos atuais US$ 35 bilhões para US$ 25 bilhões. Tal decisão sinaliza aos investidores restrição da oferta de dólares no mercado. Outros fatores que contribuíram para a tendência de alta da moeda norte-americana foram a crise da dívida da Argentina, cujas negociações com os fundos credores fracassaram, e também a atuação diária do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio.
Em relação à política cafeeira, em julho, o Governo Federal repassou R$ 2,392 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira aos agentes que manifestaram interesse e firmaram contratos para operar com recursos do Funcafé na safra 2014. Do montante transferido, R$ 969 milhões foram para a linha de Estocagem, R$ 609 milhões para Custeio e R$ 529 milhões para Aquisição de Café (FAC). O volume total que o Fundo disponibilizará neste ano é de R$ 3,825 bilhões. O percentual de cada linha repassada aos agentes financeiros até o final do mês passado pode ser observada no gráfico abaixo. (Obs: esses valores foram atualizados ontem, com o montante total autorizado para repasse chegando a R$ 2,796 bilhões).


Fonte: CNC
CNA apresenta documento que será entregue aos presidenciáveis

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresenta hoje, o documento “O que esperamos do Próximo Presidente 2015-2018”, que será oficialmente entregue aos três candidatos à Presidência da República melhor posicionados nas pesquisas de intenção de voto. A presidente e candidata Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) estão convidados a ouvir o setor agropecuário em encontro promovido pela entidade nesta quarta-feira, 6 de agosto.
O Encontro com os Presidenciáveis começará às 9h30, com um discurso do presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior, que em seguida passará a palavra ao primeiro candidato que, já conhecendo os problemas e as reivindicações do setor expostas no documento, apresentará suas propostas. As assessorias dos candidatos estabeleceram, em acordo, que o primeiro a se apresentar será Eduardo Campos, seguido do tucano Aécio Neves. Por fim, falará a presidente Dilma Rousseff.
Sumário Executivo e Documento completo
A partir de hoje é possível acessar o Sumário Executivo do Documento "O que esperamos do próximo presidente 2015 - 2018"
Acesse também o Documento na íntegra:http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/proximo_presidente_web.pdf
Transmissão Online
O evento será transmitido online, ao vivo, pelo Canal do Produtor. Para acompanhar o diálogo do setor agropecuário com os presidenciáveis 2014, basta acessarwww.canaldoprodutor.com.br no dia e horário do evento.
Assessoria de Comunicação da CNA
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Mercado&Cia 04/08/14 - Entrevista com Roberto Rodrigues
ENTREVISTA: Confira a entrevista com Roberto Rodrigues - Coord. Centro de Agronegócio-FGV
Agronegócio: Entre os principais assuntos debatidos com os candidatos a presidência, que acontece no 13º congresso da Abag, estão a política de renda para o campo, politica comercial, tecnologia, segurança jurídica. Preocupação dos candidatos com temas ligados ao agronegócio é novidade nessas eleições, segundo ex-Ministro da Agricultura.
Brasil recolhe 94% das embalagens de defensivos agrícolas, diz instituto
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010, determinou, além das várias obrigações aos gestores públicos, que a própria indústria tome conta dos resíduos que produz. Também regulado por leis anteriores, o setor produtivo de defensivos agrícolas é referência e hoje recolhe 94% das embalagens que produz.
Segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que gerencia esse sistema, desde sua criação, em 2002, até junho de 2014 foram encaminhadas mais de 300 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos para o destino ambientalmente correto.
Apenas no primeiro semestre deste ano, o Sistema Campo Limpo destinou mais de 22 mil toneladas de material. A quantidade é 7% maior se comparada ao mesmo período de 2013. As maiores cargas saíram do Mato Grosso, do Paraná, do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Minas Gerais; juntos correspondem a 70% do total de embalagens de defensivos retirados do campo no Brasil.
Para o diretor-presidente do inpEV, João César Rando, isso só foi possível porque se colocou todos os elos da cadeia trabalhando juntos, do fabricante ao produtor rural e às associações, cada um com sua cota-parte de responsabilidade.
“As embalagens ficavam no campo e era um problema grave para o produtor e não havia solução ambientalmente adequada. Na época, não se falava em logística reversa. Então, verificamos se as embalagens pós-consumo não poderiam fazer o caminho inverso e, a partir dessa experiência, o sistema começou a se desenvolver”, disse Rando.
O inpEV adota o conceito de aproveitamento do frete de retorno para o transporte das embalagens vazias. Isso significa que o mesmo caminhão que leva as embalagens cheias para os distribuidores e cooperativas não retorna vazio após a entrega. Ele transporta também as embalagens vazias até as unidades de recebimento. O conceito é aplicado em mais de 98% das cargas das centrais para o destino final.
A Política de Resíduos Sólidos aprovou a construção prioritária de seis cadeias de logística reversa: óleos lubrificantes, agrotóxicos, lâmpadas, eletroeletrônicos, pneus e pilhas, e ainda trata de embalagens em geral.
O Comitê Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa, formado por cinco ministérios, optou por tratar com os setores industriais de óleos lubrificantes, eletroeletrônicos, lâmpadas, embalagens em geral e medicamentos.
Segundo a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, a lei tem uma série de lacunas. “Ela fala que os produtos descartados e reciclados vão ter que ser aproveitados em outras cadeias, mas não fala de incentivos financeiros, só joga isso no colo das empresas. Assim como fala de prazo de quatro anos para as metas dos municípios, não foi sinalética no que diz respeito aos acordos setoriais, não dá prazo, a gente é que vem correndo com isso e essa negociação demora”.
Veloso explica que alguns estados, por exemplo, entendem que ponto de recolhimento é um local de armazenamento de resíduo perigoso, sujeito a licenciamento ambiental. “Então na hora que vou descartar meu produto, a loja não quer receber, não tenho ponto de recolhimento. O setor entende que vai ter dificuldade em fazer essa logística, mas é uma responsabilidade desencadeada”, disse a diretora, contando também que alguns setores estão colocando condições para o governo, exigindo incentivos fiscais, de redução de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). “Mas o governo federal não tem autonomia para isso, é coisa dos estados.”
O diretor-presidente do inpEV diz que para estruturar a logística reversa, como foi feito com as embalagens de agrotóxicos, dá trabalho e custa bastante. “Assim como cada elo tem seu papel, o consumidor final de cada cadeia tem que ser educado e conscientizado e isso requer muito investimento. Depois que se estrutura e se investe, tenho certeza e convicção que é possível dar um tratamento adequado para produtos de todo e qualquer segmento, considerando suas particularidades”.
Desde 2002, o aporte da indústria foi de mais de R$ 700 milhões para a viabilização do Sistema Campo Limpo. “O produtor tem o custo de trazer de volta essa embalagem, em torno de 3% a 4% do total. As cooperativas precisam disponibilizar e gerir os locais de armazenamento, cerca de 15% do custo total do sistema. Os outros 80% são financiados pela indústria porque é quem tem toda a responsabilidade”, disse Rando.
Entretanto, é possível agregar valor aos resíduos. No caso das embalagens de agrotóxicos, cerca de 40% do custo são revertidos pelo próprio sistema. “Procuramos agregar o máximo de valor possível, entretanto, haverão setores com um ônus muito grande porque o produto reduzido não tem um alto valor comercial e não há contrapartida”.
Rando explica que já exite uma reivindicação para que os governos desonerem a cadeia de logística reversa. “Não faz sentido tributar na reciclagem, um produto que já foi tributado na sua origem”, disse ele, explicando que podem se desonerados tributos federais, como Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), estaduais, como o ICMS, e até municipais, como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
“São mecanismos para ajudar os setores a implantar os seus sistemas. Uma vez funcionando, a economia que o governo e a sociedade vão ter é certa, com um meio ambiente mais limpo e saudável”, completou Rando.
Fonte: Agência Brasil
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