RELOGIO

sexta-feira, 24 de junho de 2016

CNC: Blairo Maggi confirma Departamento com estrutura para café





BALANÇO SEMANAL — 20 a 24/06/2016


Ministro Blairo Maggi confirma criação de Departamento que incluirá uma estrutura específica para o café dentro do Mapa


NOVO DEPARTAMENTO NO MAPA — Atendendo a uma solicitação conjunta do senador Ricardo Ferraço, do deputado Evair de Melo, secretário geral da Frente Parlamentar Mista do Café, e do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado Silas Brasileiro, na terça-feira, 21 de junho, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, recebeu-os juntamente com os deputados Paulo Foletto e Marcos Montes, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Natália Fernandes, coordenadora de Produção Agrícola da CNA, e Pedro Silveira, da Gerência Técnica e Econômica da OCB, para tratar de uma pauta positiva para a cafeicultura.

O principal item da audiência foi a criação de uma nova estrutura para a atividade cafeeira dentro do Mapa, haja vista a extinção do Departamento do Café, em 2015, durante a gestão da senadora Kátia Abreu, e os entraves burocráticos que o setor vivenciou desde então, em especial no que se refere à liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), aos trâmites junto à Organização Internacional do Café (OIC) e à implementação de uma política pública eficaz.

Conforme antecipado, em audiência realizada no dia 16 de maio com o presidente do CNC, o senador Ferraço, o presidente da Federação da Agricultura do Espírito Santo, Júlio Rocha, e com os deputados federais Evair de Melo, Bilac Pinto, Nilton Capixaba e Carlos Melles, o ministro da Agricultura cumpriu seu compromisso e comunicou que será criado o Departamento de Café, Florestas Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia no Mapa.

O CNC enaltece o posicionamento de Blairo Maggi, pois essa medida devolverá à cafeicultura uma estrutura própria, permitindo um melhor encaminhamento nas decisões políticas para o setor, além da retomada das reuniões do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e de seus Comitês, algo que sempre defendemos, uma vez que este é o principal fórum para o debate de propostas que possuímos, sendo composto pela representação do Governo Federal, do Congresso Nacional e de todos os elos da cadeia produtiva.

Também de acordo com a postura que teve na reunião do dia 16 de maio, o ministro da Agricultura reiterou que a indicação do nome do novo diretor do Departamento ficará a cargo do setor produtivo. Assim, o CNC alinhou posicionamentos com a União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA), a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Comissão Nacional do Café da CNA, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e a Frente Parlamentar da Agropecuária para a definição de um nome consensual, que será encaminhado ao Mapa.

FUNCAFÉ — Ao chegar à audiência, o deputado Carlos Melles deu sequência ao assunto referente aos recursos do Funcafé que vinha sendo debatido. O parlamentar reclamou que não chegam às mãos dos produtores e solicitou agilidade na liberação. Foi citado que o secretário de Política Agrícola, Neri Geller — conforme anunciado pelo CNC na semana passada (veja em http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=12298) —, já assinou os contratos que estavam travados no Mapa e os encaminhou aos agentes financeiros, que agora devem devolvê-los rubricados para que tenha início o encaminhamento do capital.

O setor produtor agradeceu os esforços do ministro e do secretário no sentido de agilizar a liberação dos recursos do Funcafé, principalmente por terem a sensibilidade que o cenário demanda a chegada do dinheiro o mais breve possível em função das condições climáticas adversas vividas pela cafeicultura, e, em especial, pela propositura da criação de um departamento que devolva à atividade cafeeira uma estrutura dentro do Ministério.

DEMANDAS FUTURAS — Ainda fazendo menção à pauta enviada pelo CNC, Blairo Maggi comunicou que os demais assuntos serão tratados em uma próxima audiência, quando já pretende contar com o novo diretor do Departamento de Café, Florestas Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia. Entre os itens apresentados pelo Conselho, constam (i) contribuição do Brasil à OIC; (ii) apoio à recondução do diretor executivo da Organização, Robério Silva; (iii) retomada da agenda de reuniões do CDPC e de seus Comitês; (iv) implantação do georreferenciamento no parque cafeeiro nacional; e (v) busca por um melhor cenário no que diz respeito às questões trabalhistas no País.

MERCADO — O comportamento dos futuros do arábica foi caracterizado por certa volatilidade nesta semana. Após acumular queda por três sessões consecutivas, o contrato C, negociado em Nova York, reverteu as perdas no pregão de ontem. O recuo do dólar e as especulações sobre o resultado do referendo para decidir sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia influenciaram esse movimento.

Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 3,445, com queda de 2,2% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Esse é o menor valor dos últimos 11 meses, principalmente em função das expectativas positivas de que o Reino Unido permaneceria na União Europeia. No entanto, o resultado do referendo foi o oposto do esperado, abalando o mercado financeiro mundial com o crescimento da aversão ao risco.

Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,429 por libra-peso, com alta acumulada de apenas 5 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão a US$ 1.718 por tonelada, com ganhos de US$ 44 em relação a sexta-feira passada.

No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 496,64/saca e a R$ 395,26/saca, respectivamente, com variação de 0,8% e 1,4% em relação ao desempenho da semana antecedente. O volume de negócios foi fraco devido à valorização do real, que anulou parte dos ganhos externos, e à fraca oferta de lotes da temporada atual.

O receio quanto às condições climáticas têm incentivado os produtores a retraírem a oferta. De acordo com a Climatempo, o clima mais seco retorna a partir da próxima semana. Há probabilidade de chuvas de volumes pouco significativos (inferiores a 30 mm) nas semanas subsequentes.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo


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FAEMG realiza encontros técnicos durante Megaleite 2016


Belo Horizonte / Minas Gerais (24/06/2016) - Dentro da programação da Megaleite 2016, a FAEMG realizou dois importantes encontros na tarde desta quinta-feira, 23. Reuniram-se no Parque da Gameleira, em BH, as comissões técnicas da FAEMG do Queijo Minas Artesanal e da Pecuária de Leite.
A Comissão Estadual do Queijo Artesanal teve sua primeira reunião de trabalho desde sua instalação, em abril. O grupo discutiu a situação atual de produção e mercado para o produto, com destaque para os entraves de legislação que ainda freiam o desenvolvimento da atividade. Para o presidente da Comissão, Eduardo Melo, o primeiro passo precisa ser a criação de uma lei específica para o produto artesanal: “A regulamentação que hoje rege a produção de queijo foi estruturada para a produção industrial e não reconhece as características específicas do nosso processo e produto. Outro ponto são as exigências sanitárias inadequadas, que cria barreiras à venda para outros estados e dificulta o trabalho dos queijeiros artesanais, principalmente aqueles de pequeno porte, que não conseguem se adequar à lei e ficam à margem, junto a uma crescente produção e venda clandestinos”.
Foram também apresentados os projetos do Sebrae-MG de valorização do Queijo Minas Artesanal e debatidas propostas para a reestruturação do programa Queijo Minas Artesanal da Seapa.
Presente no encontro, o deputado Federal Zé Silva falou da morosidade do processo legislativo no âmbito federal, quanto à regularização do queijo minas artesanal. Como propostas para agilização desse processo, ele sugeriu a realização de seminário regional para discussão dos entraves e de uma audiência pública federal, para que essas demandas sejam discutidas e encaminhadas no Congresso.
O presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da ALMG, deputado estadual Fabiano Tolentino também participou da reunião. Para ele, é indispensável que se estabeleça marcos legislativos positivos para o segmento: “Precisamos viabilizar sua regularização, permitindo que o Queijo Minas Artesanal possa ser vendido para todo o Brasil e para o mundo de forma legalmente estabelecida, fortalecendo e valorizando um dos mias tradicionais e icônicos produtos de Minas”. 
| Reunião Conjunta
No mesmo horário, foi também realizada reunião conjunta entre a Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite, da CNA, e a Comissão Técnica de Pecuária de Leite da FAEMG.
O Presidente da Comissão Nacional da CNA, Rodrigo Alvim, ressaltou que a realização de encontros regionais nos estados tem sido uma diretriz da CNA para suas comissões técnicas: “Temos buscado levar esses debates para junto da cadeia produtiva, aproveitando grandes eventos agropecuários como ponto de encontro e valorização da pecuária de leite. Realizar essa reunião em Minas Gerais, maior estado produtor, dentro desse grande evento setorial que é a Megaleite, e em conjunto com a Comissão da FAEMG foi oportunidade perfeita para essa troca”.
Rodrigo Alvim apresentou cenário e perspectivas do mercado lácteo brasileiro, com destaque para questões como o acordo que limita exportações de leite em pó da Argentina para o Brasil. Apresentou também análise crítica do Programa Nacional de Qualidade de Leite e SIMQL.
O presidente da Comissão Estadual da FAEMG, Eduardo Pena, falou sobre a implantação de um Conseleite mineiro. “O conselho paritário entre produtores e representantes da indústria é espaço indispensável para discutirem assuntos da cadeia. Dessas reuniões se saem com preço padrão do leite para o estado, balizando contratos entre produtores e empresas ou cooperativas. A iniciativa é apoiada pela FAEMG, Ocemg e Silemg, entidades representativas desses segmentos da cadeia. O projeto já está bem adiantado, temos já um cronograma para a efetiva implantação e há expectativa para que se torne realidade no começo do próximo ano”. 
A reunião foi também espaço para apresentação de iniciativas bem sucedidas e novas soluções para pecuária de leite. O gestor técnico do Programa pela FAEMG, Walter Ribeiro apresentou as premissas e resultados do Balde Cheio, mostrando casos de sucesso, selecionados ao longo de dez anos do programa em Minas. “Utilizamos metodologia muito simples e acessível para aproveitar ao máximo os recursos já disponíveis na propriedade, buscando maior produtividade e rentabilidade dentro das condições e do ritmo próprio de cada produtor”. 
Em seguida, o produtor Claúdio Notini apresentou seu aplicativo para celular 4 Milk, voltado à otimização da gestão da atividade. Gratuito, o sistema facilita o acompanhamento da reprodução, produção e do manejo sanitário do rebanho, dentre outras funções.
| SISTEMA FAEMG/SENAR MINAS
O SISTEMA FAEMG está também presente no evento com estande institucional, onde os visitantes podem conhecer mais sobre sua atuação junto aos produtores mineiros, e sobre os mais de 300 cursos, treinamentos e programas especiais oferecidos pelo Sistema. Em espaço dedicado ao Senar Minas, foi montada uma réplica de um empório rural, onde ex-alunos divulgam seu trabalho, com venda de produtos alimentícios e de artesanato aprendidos nos cursos da entidade.
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais - FAEMG

(31) 3074-3000

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