RELOGIO

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CNC - Balanço Semanal de 16 a 20/11/2015

P1 / Ascom CNC
20/11/2015


cnc


BALANÇO SEMANAL — 16 a 20/11/2015




— Setor se reúne para apresentação de indicadores econômicos e sugestões para a mitigação dos riscos na cafeicultura
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Nesta semana, participamos do Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro 2015, evento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e que reuniu especialistas das entidades parceiras em um dia de palestras com apresentação de indicadores econômicos e coeficientes técnicos referentes às culturas de café, cana-de-açúcar, fruticultura, grãos, silvicultura, aves e suínos, pecuária de leite e corte, aquicultura e cereais, fibras e oleaginosas.

Em relação à cafeicultura, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) destacou que a cultura manual necessita de uma maior atenção das políticas públicas, em especial nas áreas de montanha, que compõem grande parte do parque cafeeiro nacional. Essa necessidade emerge do fato de os custos de produção serem mais elevados nessas áreas, que são as principais geradoras de emprego e que, por isso, os gastos com mão de obra representam até 60% das despesas totais. Consequentemente, a competitividade dessas áreas tem sido afetada pelos sucessivos aumentos do salário mínimo, os quais não são acompanhados pelos preços do café.

Ao longo do evento, expôs-se, ainda, um novo cenário relacionado à irrigação. Regiões, como o Sul de Minas Gerais, que antes a utilizavam apenas para mitigar os riscos de perdas na produtividade, atualmente tem nessa tecnologia algo imprescindível, o que nos demanda atenção para verificar se as temperaturas mais elevadas se perpetuarão e a irrigação se tornará uma constante nessas localidades, haja vista que esse também é um fator que poderá elevar os custos de produção.

Por fim, chegou-se a um cenário que apontou que a viabilidade da cafeicultura brasileira, em longo prazo, dar-se-á com base em três pilares: baixo custo de produção unitário, cultivo de cafés com qualidade superior e disponibilidade de mecanismos que reduzam riscos na comercialização  e na colheita.

O CNC entende que, como o preço do café é extremamente volátil, em função das muitas varáveis que afetam a formação do valor internacional do produto e da taxa de câmbio, é fundamental o uso de instrumentos financeiros já existentes, como as opções de venda e mercado futuro, para a mitigação desses riscos mercadológicos. No tocante à produção – e cientes que os cafeeiros são perenes, portanto, mais suscetíveis a adversidades climáticas –, anotamos que as temeridades podem ser reduzidas com seguros agrícolas bem estruturados e compatíveis com a realidade do setor.

MERCADO — Os indicadores técnicos foram os principais direcionadores do movimento das cotações futuras do café nos últimos dias. O mercado segue sem novidades, com os investidores acompanhando as condições climáticas nas principais origens brasileiras.

As previsões meteorológicas indicam continuidade das chuvas nas regiões Sudeste e Sul nos próximos dias. Segundo a Somar Meteorologia, neste final de semana os maiores volumes acumulados se concentrarão sobre Espírito Santo, Zona da Mata de Minas, centro-oeste de São Paulo e norte do Paraná. Apesar disso, especialistas já apontam que o potencial produtivo do parque cafeeiro nacional não será atingido em 2016, devido à predominância de calor e estiagem no início da primavera.

O dólar comercial foi cotado, ontem, a R$ 3,729 com queda de 2,7% ante o fechamento da última sexta. A sinalização do Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) de que o aperto monetário será suave e gradual foi o principal fator que motivou essa tendência.

Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2220 por libra-peso, acumulando ganhos de 640 pontos ante o fechamento da sexta-feira antecedente. O fim das rolagens de posição do vencimento dezembro/2015 para o março/2016 também auxiliou na valorização dos preços.

Os contratos futuros do café robusta com vencimento em janeiro/2016, negociados na ICE Futures Europe, encerraram o pregão a US$ 1.563 por tonelada, com alta de US$ 11 em relação ao final da semana anterior.

No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 465,34/saca e a R$ 375,54/saca, respectivamente, com variação de -0,2% e 0,1% em relação ao fechamento da semana passada.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo 

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Preço do café poderia ter chegado a mil reais no mercado interno com adoção de política de regulagem das vendas, diz Sincal


OBJETIVOS DA SINCAL – NA DEFESA DOS CAFEICULTORES
Representamos a SINCAL que e uma entidade para a defesa dos cafeicultores. Somos no Brasil, por volta de, 320.000 cafeicultores sendo, 85% de pequenos e mini produtores, totalmente desamparados e, vivendo sob um regime de quase uma escravidão branca. Somos explorados ao extremo, pelo mercado nacional e internacional. Pagam preços aviltados mal cobrindo os custos de produção. O Brasil detém, atualmente 42% do mercado mundial de arábica e, não é capaz de impor uma  estratégia de comercialização séria e humana. Isso decorre dado à política imposta por um grupo de grandes empresas internacionais e mesmo nacional. Com essa participação do Mercado Mundial de Café / Arábica, precisamos ser os protagonistas e não coadjuvantes no mercado. O jogo de interesse é proposital. Por exemplo: em outubro de 2014 o café estava a Us$2,25/libra peso. Agora, outubro de 2015 em Us$1,22/libra peso.
Não ocorreram fatos para a queda dos preços. Os fatos que ocorreram nesse meio de tempo foram:
1 – Queda marcante da produção em 2014;
2 – Nova queda na produção em 2015;
3 – Ferrugem assolou as lavouras cafeeiras da Colômbia, países da America       Central e do Caribe;
4 – Aumento do consumo mundial;
5 – Baixa nos estoques internamente e, mesmo em  de NY, que caiu de 2,3 milhões de sacas para 1,9 milhões de sacas;
6 – Lavouras brasileiras, passando, novamente, por um período de seca, dentro do ano de 2015, onde até o momento choveu tão somente, por volta, de 900 mm, sendo que a média nas principais regiões cafeeiras está na faixa de 1400 a 1600 mm/ano;
Portanto, todos os fatores citados acima, levariam, consequentemente, ao aumento de preço do café, fatos esses, que não ocorreram. Estamos perdendo uma oportunidade impar de capitalizarmos o setor como um todo. A nossa política cafeeira, por amadorismo ou incompetência, e outras ações escusas é o grande responsável pelo prejuízo aos cafeicultores brasileiros e ao mesmo tempo aos demais 2.700.000 cafeicultores mundo afora.
Os preços deveriam subir ou manter Us$ 2,25/libra peso, estaria na faixa de R$1.160,00/saca em NY, o que representaria por volta de R$ 1.000,00/saca, no Brasil. Estamos vendendo em média a R$ 450,00/saca. Preço tabelado pelo mercado em detrimento ao sofrimento dos cafeicultores. Precisamos através da SINCAL (Associação Nacional dos sindicatos rurais das regiões produtoras de café e cafeicultores) melhorar a gestão comercial do nosso café, aumentando os preços e melhorar o IDH (índice de desenvolvimento humano) dos cafeicultores que vivem dentro das propriedades rurais, carpindo, colhendo e com as mãos calejadas e, praticamente não possuem ninguém com estratégias de mercado que os defendam. Além de melhorar o IDH dos cafeicultores também melhoraremos da população das regiões produtoras. A SINCAL, através de sua diretoria, com instinto de justiça, tem um projeto para vetar esse conluio provocado pelo comércio local e internacional com seguintes estratégias:
a) Melhorar a qualidade do café na boca do povo brasileiro. Nosso café, no mercado interno, tem excesso de café do gênero robusta, por volta de 60%, da composição do café torrado e torrado/moído. Esse excesso do robusta provoca maior amargor levando a população a usar mais açucar provocando obesidade, diabetes entre outros. Além disso, o excesso da cafeína, do robusta, também altera o bem estar dos consumidores de café. Dos 20 milhões de sacas/ano (20.000.000 de sacas) consumidos, segundo a indústria de torrefação, por volta de 12.000.000 de sacas é de café robusta, o restante é composto de PVA( preto, verde e ardido) que são resíduos da exportação. Além disso, para completar os 20 milhões de sacas colocam escolhas (idem resíduos), palha de café, cereais, e um pouquinho de café de segunda categoria completando a quantidade consumida no mercado interno. O PVA (preto , verde e ardido) são contaminados por fungos dos gêneros Fusarium, Aspergillus e Penicillium cujo desdobramento das micotoxinas ( mico vem de fungos) provocam a formação da OTA( ocratoxina ) que induz malefícios drásticos a saúde da população. Temos que rotular o café e constar o que tem dentro da embalagem. É um direito do consumidor escolher o que está comprando. Não podemos tolher esse direito. No Brasil tudo é rotulado, até a água e, consta toda a composição. Na embalagem só está escrito café torrado ou torrado e moído. É um absurdo e, ainda estamos prejudicando a saúde do povo brasileiro. O uso excessivo do robusta também tem que ser disciplinado pois, os produtores de robusta sofrem enormemente com a indústria brasileira de torrefação. Diminuindo a % de robusta, no café consumido internamente, abrirá o leque para outras modalidades para o café robusta em termos de exportação, e,  sairão das garras da indústria brasileira.
Frisamos a iniciativa positiva de algumas firmas e produtores que estão comercializando cafés gourmet mas, significando pouco em relação ao mercado total.
Para ocorrer o exposto, teremos que documentar e provar juntos a ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária), no Ministério da Saúde e Agricultura. Com essas ações retiraremos os resíduos, tão prejudiciais à saúde, disciplinaremos a quantidade de robusta e, melhorando a bebida aumentará o consumo interno. O desfecho final será a melhoria dos preços para os cafeicultores brasileiros, tanto de Arábica, como de Robusta.
b) Trabalhar, em Brasília, nos Ministério da Indústria e Comércio , no Ministério da Fazenda, no Ministério da Agricultura, com políticos e ONG´s visando melhorar os níveis dos preços de exportação para o dobro do preço, conforme já exposto. Nos atuais parâmetros de exportação estamos jogando pelo ralo da incompetência e, talvez por ações ESCUSAS provocadas pelo lobby de grandes grupos, por volta de R$ 15 - 17.000.000.000,00/ano, pois, exportamos ao redor de 35.000.000 de sacas, perdendo R$500,00/saca (café verde, arábica, robusta e solúvel). Esse montante equivale a Us$ 4 - 5 bilhões de dólares / ano. Numa simples perspectiva, em dez anos perderemos US$ 45 bilhões e se somarmos com os 10 anos passados, numa retrospectiva, estamos chegando a uma cifra em torno de 90 - 100 bilhões de US$ em 20 anos. Esse dinheiro está vazando e colocando os cafeicultores numa verdadeira penúria. Aqui, sem dúvida, tem o lobby e como citamos duas vezes anteriormente, fatores ESCUSOS.
Esses dados citados são designados em “ordem de grandeza”. Não fizemos , logicamente nenhuma analise detalhada dos números expostos, mas, representam um direcionamento dos fatos.
c) Fazer palestras e simpósios regionais para esclarecer os cafeicultores dos fatos correntes,
d) Ter uma verba para levarmos tudo isso para a imprensa falada e escrita,
e) Trabalhar junto às entidades acima citadas para não cairmos num processo na OMC (Organização Mundial do Comércio) mostrando que o Brasil está fazendo dumping prejudicando, não só os cafeicultores brasileiros, como os demais 2.700.000 cafeicultores (cerca de) dos demais países produtores, que a na maioria vivem numa pobreza muito triste e desumana e , o Brasil é o responsável por essa situação de dumping derrubando os preços internacionais de café.
Ainda nos restam muito outros fatos para resolvermos. Mas, citamos os cruciais. Não concordamos e, não poderemos deixar nossos cafeicultores sob o domínio de um afronto econômico.
Senhores, estou fazendo esse trabalho por iniciativa própria, sem receber nenhuma recompensa financeira, mas, por uma questão patriótica e humanitária.
A MELHORIA DO PREÇO DO CAFÉ, ALÉM DE MELHORAR A SITUAÇÃO DOS CAFEICULTORES, TAMBÉM MELHORARÁ O NÍVEL TECNOLOGICO COM A UTILIZAÇÃO DE QUANTIDADES IDEAIS DE INSUMOS: ADUBO, ESTERCO, CALCARIO, TURFA, DEFENSIVOS, MÁQUINAS ENTRE TANTOS OUTROS.
Somando o acima exposto, também estaremos melhorando, a qualidade de vida com a devida remuneração aos nossos trabalhadores rurais que juntamente aos produtores, são os principais elos do setor produtivo.


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