RELOGIO

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Café: NY fecha em alta nesta 6ª feira recuperando parte das perdas da sessão anterior


Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta sexta-feira (30) com preços levemente mais altos em relação à sessão anterior — quando atinigiu o patamar mais baixo desde 19 de fevereiro de 2014 — e conseguiu manter-se acima dos 160,00 cents na semana.
Os operadores da bolsa norte-americana corrigem a forte queda registrada no pregão de ontem devido a previsão chuva volumosa para os próximos dias no cinturão produtivo do Brasil.
Com isso, o contrato março/15 registrou 161,90 cents/lb, o maio/15 anotou 164,65 cents/lb, o julho/15 fechou a sessão com 167,35 cents/lb e o setembro/15 registrou 169,85 cents/lb, ambos os vencimentos com 190 pontos de valorização.
O analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, não acredita em recuperação dos preços, mas sim, em uma oscilação em cima da questão climática. “O mercado está oscilando em cima de notícias de curto prazo, ontem caiu com a confirmação de chuva, mas sempre se espera os reflexos disso nas lavouras. O clima é o que define o volume da safra brasileira”, afirma.
De acordo com informações climáticas da Somar Meteorologia, uma nova frente que passa pela costa da Região Sudeste aumenta a chuva sobre a Baixa Mogiana e sul de Minas Gerais nos próximos dias. Até os primeiros dias da semana que vem o acumulado pode atingir até 50 mm em cidades produtoras da commodity. Já nos estados do Paraná, oeste de São Paulo, Cerrado e Alta Mogiana, a chuva será menos intensa, com acumulado em torno dos 30 mm neste período.
Segundo informações reportadas nesta semana pelo MDA Weather Services, algumas lavouras de café da zona da mata mineira e do Espírito Santo tiveram menos de 5% do índice normal de chuvas no último mês.
Mercado interno
Segundo informações do analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado interno realiza poucos negócios e a liquidez envolvida na rotina cafeeira é curta e cansativa. Ritmo normal de sexta-feira quando sempre se espera fatos novos na próxima semana.
O tipo cereja descascado continua maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 533,00 mesmo com queda de 0,93%. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com saca cotada a R$ 490,00 e queda de 2,00%. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista André Bitencourt Lopes)
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 521,00 e baixa de 0,95% em relação ao dia anterior. A variação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com valorização de 2,17% e R$ 471,00 a saca de 60 kg. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista André Bitencourt Lopes)
O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com saca cotada a R$ 480,00 — estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com queda de 6,52% e saca cotada a R$ 430,00. (Veja abaixo a variação semanal do tipo no gráfico preparado pelo economista André Bitencourt Lopes)
Na quinta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 2,25% e está cotado a R$ 445,68 a saca de 60 kg.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas
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Pesquisador da Epamig alerta sobre infestação atípica de Bicho Mineiro no Sul de MG



Desde 2014, o intenso calor e a estiagem prolongada têm afetado diretamente as lavouras cafeeiras: comprometimento no enchimento de grãos, baixo crescimento vegetativo e problemas no pegamento de florada. Essas condições atípicas geraram também infestações de Bicho Mineiro (Leucoptera coffeella) acima da média em janeiro de 2014, e o problema voltou a aparecer após o veranico observado em janeiro de 2015, no sul de Minas Gerais.
O alerta é do pesquisador da Epamig, Júlio César Souza, que acompanha a infestação desta praga há 43 anos no Estado. No Sul de Minas, maior região produtora de café do País, as infestações costumam ser leves, devido ao clima ameno e chuvoso. No entanto, as condições adversas trazem preocupações: “Os produtores do Sul de Minas não estavam acostumados com a infestação de Bicho Mineiro em janeiro. Ela veio de forma atípica”, aponta o pesquisador.
Apesar da situação, Júlio César afirma que essa infestação não significa, necessariamente, prejuízos aos cafeicultores. O pesquisador observa, após viagens em lavouras da região e conversas com produtores e técnicos, que as folhas minadas não estão caindo. Elas estão se mantendo graças ao intenso fluxo de seiva na planta e, dessa forma, continuam a realizar a fotossíntese e a contribuir para o crescimento vegetativo.
Com isso, Júlio César sugere aos cafeicultores que façam o monitoramento dos talhões e, se necessário, o controle químico via pulverização com um inseticida eficiente. “Nessa época a planta está vegetando intensamente, as folhas minadas não cairão e as novas folhas serão emitidas sem nenhum ataque de Bicho Mineiro, interiorizando as folhas minadas”, aponta o pesquisador.
Fonte: UFLA / Consórcio Pesquisa Café

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CNC: Balanço Semanal - 26 a 30/01/2015


P1 / Ascom CNC
30/01/2015


BALANÇO SEMANAL — 26 a 30/01/2015

— Setor cafeeiro apresenta demandas à ministra da Agricultura, Kátia Abreu. No campo, o Mapa declarou estado de emergência referente à broca para ES e SP.

REUNIÃO NO MAPA — Na segunda-feira, 26 de janeiro, atendemos ao convite da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senadora Kátia Abreu, para participarmos de audiência, na sede da Pasta, com representantes de todos os elos da cadeia café. Foram apresentados os cenários e as demandas de cada segmento e a ministra se posicionou a respeito das matérias. Repassamos, abaixo, os principais temas abordados. 

a)     Preço mínimo: o Mapa irá trabalhar uma nova metodologia para o cômputo dos preços mínimos não apenas do café, mas de todas as culturas, envolvendo instituições como Cepea, UFLA, UFV, Embrapa, entre outros. Após a definição, a Conab passará a atuar na compilação dos dados com base nessa nova metodologia.
b)    Marketing: a ministra prometeu empenho total e absoluto, junto ao ministro do Turismo, Vinicius Nobre Lages — segundo ela, um especialista no setor de alimentos e gastronomia —, e à Apex-Brasil para que o setor ainda possa aproveitar a oportunidade da Olimpíada 2016, que será realizada no País.
c)     Opções: Kátia Abreu citou que conversará com o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo, para que seja retomado o projeto e a viabilidade da implantação dessa ferramenta de mercado, que deverá ser compartilhado com todos os elos do setor e, por fim, encaminhado ao Mapa de forma consensual.
d)    Rotulagem: a ministra solicitou a todos os setores da cadeia café que apresentem suas medidas e manifestações, apresentando justificativas válidas a respeito do Projeto de Lei que sugere a rotulagem do café, de maneira que se possa fazer um trabalho com critérios viáveis, agregando ao texto que vem tramitando no Congresso Nacional.
e)     Solúvel: a titular do Mapa quer conhecer o projeto que a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) vem desenvolvendo com o intuito de elevar em 50% as exportações do setor nos próximos 10 anos. A ministra também anotou que é necessário encontrar solução para as barreiras comerciais impostas ao produto no exterior (Ex: 9% na Europa e 15% no Japão), mas alertou para o fato do que estaremos dispostos a dar em troca. Com vistas nisso, informou que é necessário encontrar uma providência de consenso.
f)     Funcafé: por fim, a senadora Kátia Abreu solicitou a todos os elos do setor que formalizem um pedido de apoio e manutenção dos recursos para todas as linhas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

EMERGÊNCIA FITOSSANITÁRIA — Também na segunda-feira, o Ministério da Agricultura atendeu a uma solicitação do Conselho Nacional do Café e da Comissão Nacional do Café da CNA e publicou, no Diário Oficial da União, as portarias nº 11 e nº 12, declarando estado de emergência fitossanitária referente ao risco de surto da broca para os Estados de São Paulo e Espírito Santo. Com essa medida, ficam autorizadas ações emergenciais para evitar o surto da praga em ambos os Estados, que, junto com Minas Gerais — cuja declaração de emergência ocorreu em 2014 —, estão autorizados a importar inseticidas à base de Ciantraniliprole para o combate à broca.

Essa publicação foi uma vitória do setor produtor da cafeicultura nacional, haja vista que, desde 2012, quando soubemos que o Endosulfan, único produto com princípio ativo existente para o combate dessa praga no Brasil, sairia de circulação sem a aprovação de produtos substitutivos, iniciamos reuniões com o Governo Federal para evitar perdas de até 20% na produção de lavouras virtualmente afetadas pela broca, o que impactaria diretamente na renda do produtor.

No ano passado, o CNC e a Comissão Nacional do Café da CNA trabalharam juntamente aos principais Estados produtores para que solicitassem ao Governo a declaração de emergência fitossanitária e não ficassem desprovidos de produtos para o combate à praga. Com a publicação do dia 26 no DOU, atualmente as três principais unidades federativas produtoras estão em estado de emergência fitossanitária. Por fim, recordamos, ainda, que os demais Estados que tenham interesse na utilização do produto devem se manifestar nesse sentido, a exemplo do realizado por MG, ES e SP.

MERCADO — As cotações futuras do café voltaram a ser pressionadas nesta semana pela ocorrência de chuvas, embora não generalizadas, sobre as regiões produtoras e por movimentos de realização de lucros. Essa tendência denota que o mercado continua ignorando o real cenário produtivo brasileiro, já que as recentes chuvas, embora tragam alívio às lavouras castigadas pelo veranico, não revertem o quadro de déficit de precipitações nas principais origens nacionais.

Segundo a Somar Meteorologia, até hoje estavam previstos acumulados entre 30 mm e 60 mm sobre áreas produtoras de café do Paraná, São Paulo, Sul de Minas e Cerrado Mineiro. Por outro lado, a empresa previa uma semana de calor e poucas precipitações na Bahia, Zona da Mata Mineira e no Espírito Santo.
Já a Climatempo informou que, dentro da região Sudeste, o Espírito Santo é o Estado em situação mais crítica de falta de chuvas. Dados do Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo) mostram que o segundo maior produtor de café do Brasil está há 30 dias praticamente sem nenhuma gota de chuva, e prestes a registrar o mês de janeiro mais quente e seco desde 1961
.
Mesmo diante dessa preocupante situação, o vencimento março do Contrato C, negociado na bolsa de Nova York, foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,6 por libra-peso, acumulando queda de 245 pontos em relação ao final da semana passada. Já na ICE Futures Europe, o vencimento março/2015 acumulou ganhos de US$ 13, encerrando a sessão de ontem a US$ 1.944 por tonelada.  

No mercado físico brasileiro, os negócios seguiram fracos devido aos preços situarem-se aquém das expectativas dos vendedores, que aguardam novas valorizações. Na quinta-feira, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 445,68/saca e a R$ 284,24/saca, respectivamente, com variação de 0,7% e 0,6% no acumulado da semana.

Ontem o dólar comercial encerrou a sessão em alta, a R$ 2,6121, com ganhos de 0,9% desde a última sexta-feira. Dados que sinalizam o fortalecimento da economia norte-americana motivaram essa tendência.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

Café: NY corrige a forte queda registrada na sessão anterior na manhã desta 6ª feira


Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta na manhã desta sexta-feira (30) buscando recuperação após registrar mais de 700 pontos de queda na sessão anterior — patamar mais baixo desde 19 de fevereiro de 2014. Só neste mês os futuros acumulam desvalorização de 5%.
Por volta das 10h06, o contrato março/15 registrava 162,05 cents/lb com 205 pontos de alta, o maio/15 anotava 164,90 cents/lb com avanço de 215 pontos e o julho/15 tinha 166,75 cents/lb com 130 pontos positivos. E o vencimento setembro/15 tinha 168,15 cents/lb com 20 pontos de valorização.
De acordo com informações da Somar Meteorologia, nos próximos dias chuvas mais fortes devem cair sobre o cinturão produtivo. Essas precipitações devem ser as mais fortes em 50 dias e atingem áreas estressadas do Espírito Santo, zona da mata de Minas Gerais e sul da Bahia com precipitações entre 50 e 70 mm.
Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: NY despenca mais de 700 pts nesta 5ª feira com previsão de chuva; analista acredita em falta de percepção dos operadores
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com a maior queda do ano nesta quinta-feira (29) com previsão de chuva para os próximos dias na maior parte do cinturão produtivo. Operadores acreditam que essas precipitações podem amenizar a condições dos cafezais que sofrem com falta de chuva e altas temperaturas (cenário parecido com o ano passado).
O contrato março/15 registrou 160,00 cents/lb com queda de 770 pontos, o maio/15 anotou 162,75 cents/lb com recuo de 765 pontos, o julho/15 fechou a sessão com 165,45 cents/lb e 760 pontos de baixa e o setembro/15 registrou 167,95 cents/lb com desvalorização de 750 pontos.
Os preços despencaram a partir do meio-pregão quando informações climáticas confirmaram chuvas mais fortes para os próximos dias que motivaram a liquidação de posições compradas. Essas precipitações, segundo a Somar Meteorologia, serão as mais fortes em 50 dias e devem cair sobre áreas estressadas do Espírito Santo, zona da mata de Minas Gerais e sul da Bahia com precipitações entre 50 e 70 mm.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os patamares internacionais estão alinhados a descrença por parte dos fundos e especuladores que não se atentam à real condição das lavouras. “Realmente é lamentável presenciar tamanho descrédito ou a falta de percepção de que não adianta bater nas cotações, nos produtores ou nas pessoas pelo simples fato ou desejo de se ter lucro em alguma operação especulativa de bolsa”, pondera o analista.
Enquanto precipitações regulares não vem, a situação continua complicada para o setor produtivo. Informações do MDA Weather Services dão conta que as lavouras de café da zona da mata mineira e do Espírito Santo tiveram menos de 5% do índice normal de chuvas no último mês.
Mercado interno
De acordo com Magalhães, o mercado interno, por outro lado, deu as costa as oscilações externas e nem de longe se intimida com as volatilidades externas. “O que se vê são dias totalmente vazios no que tange as ofertas e expectativas deixando boa parte dos operadores atônitos, pela total falta de sintonia entre quem compra e quem vende”, explica.
O tipo cereja descascado continua maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 538,00 — estável. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Poços de Caldas-MG com saca cotada a R$ 487,00 e queda de 5,98%.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 526,00 — estável. A variação mais expressiva no dia foi em Franca-SP com desvalorização de 4,00% e R$ 480,00 a saca de 60 kg.
O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com saca cotada a R$ 480,00 — estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Patrocínio-MG  com queda de 4,26% e saca cotada a R$ 450,00.
Na quarta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,53% e está cotado a R$ 455,93 a saca de 60 kg.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas
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Campo vai perder R$ 3,37 bi


Os prejuízos no agronegócio provocados pela grave estiagem já superam R$ 3,37 bilhões em Minas Gerais. Esse é o valor que, segundo a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas), deixará de circular na economia do Estado, apenas com a perda da produção de grãos como café, milho, soja e feijão em diferentes regiões do Estado. Alguns produtos, como algodão, cana, mandioca, arroz e sorgo não entraram nessa conta, o que indica um rombo ainda maior nos recursos.
 
Os recursos pesam ainda no orçamento do Tesouro do Estado, que deixa de arrecadar alguns milhões com taxas e impostos cobrados sobre a venda dos produtos, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).
 
Além de promover um estrago para o produtor rural mineiro, segundo o diretor técnico da Emater-MG, Milton Nunes, a falta de chuva e as altas temperaturas vão resultar também numa alta nos preços dos produtos, lesando ainda mais o bolso do consumidor. “O produtor arca com o maior prejuízo, o atravessador aumenta o preço, e quem paga é o consumidor”, disse.
 
De acordo com levantamento da Safra 2014/2015, apesar de produzir pouco, a perda de milho na região Norte chegou a 82% da produção de grãos. Já na região Nordeste de Minas, a perda atingiu 76% da produção de feijão.
 
CAFÉ. No entanto, o maior impacto sentido será com o café. Minas é o maior produtor do país. Para o diretor técnico, o Sul do Estado, que lidera a produção mineira, deixou de gerar R$ 1,65 bilhão na venda de sacas do produto, amargando uma queda de 14%.
 
“É importante ressaltar que, no caso do café, o prejuízo aos produtores é em dobro, porque a seca afeta a safra atual e a vindoura”, afirmou Milton Nunes. As maiores perdas foram nas cidades de Pouso Alegre, Passos, Alfenas, Lavras e Guaxupé.
 
Em outras regiões, onde o café é produzido em menor escala, as perdas chegam a 23% no Nordeste; 21% na Zona da Mata; 17% no Norte; 16% na região Central e 14% no Leste.
 
Copasa fez campanhas para evitar racionamento em Minas
 
Bastante questionada neste período de crise, a Copasa diz, em nota, que sempre esteve “atenta e alerta” para incentivar o consumo racional de água, ao contrário do que tem informado o atual governo de Minas. Nos últimos 12 anos, realizou campanhas educativas para conscientizar a população sobre o uso correto da água e do esgoto.
 
Em junho de 2014, já com possibilidade de redução de precipitações no período chuvoso de 2014/2015, a empresa alega que “foi mais ofensiva” em suas ações e lançou a campanha “Água, se não economizar vai faltar”. Foi veiculado um filme de um minuto nos principais meios de comunicação alertando a sociedade para mudanças de atitude dentro de casa, como reduzir tempo de banho, fechar torneiras enquanto se escova os dentes, dentre outras.

FAEMG

Falta de chuva e corte no fornecimento de água para irrigação comprometem agropecuária



Assim como a população urbana, a agropecuária tem sentido os efeitos da falta de chuvas, do calor intenso e da escassez de água para irrigação, mas os produtores rurais podem, no longo prazo, contribuir ainda mais para minimizar os efeitos das crises hídricas. A contribuição depende, no entanto, da expansão das políticas para produção sustentável e para armazenamento de água durante o período chuvoso. Este volume poderá, em situações como a atual, abastecer, além das propriedades rurais, as cidades.
 
Nelson Ananias Filho, assessor da CNA, explica que existem alguns programas estaduais e federais – o Produtor de Água e o de Recuperação de Matas Ciliares, entre outros – que incentivam a “produção de água” nas propriedades rurais a partir de práticas produtivas sustentáveis. Mas eles são incipientes. “Além de não alcançarem todos os produtores, ainda faltam políticas que permitam o armazenamento da água da chuva que não se infiltra no solo”, afirma.
 
De acordo com ele, o Brasil não tem uma política de “reservação” (armazenagem) de água. Apesar da importância da prática para o equilíbrio hídrico e a necessidade de aproveitamento desse recurso, não há regras, nem tampouco incentivos, para quem coleta água da chuva. “Falta uma legislação, inclusive com a definição de normas para intervenções pontuais em áreas de preservação permanente”, alerta. A Lei 12.787, que estabelece a Política Nacional de Irrigação, é de 2012, texto que ainda carece de regulamentação.
 
Diante do quadro atual, o representante da CNA lembra que os produtores que têm sistemas de irrigação em suas propriedades são os primeiros “a terem suas torneiras fechadas” quando há falta água. Em situações de crise, a prioridade é a dessedentação animal e o abastecimento público, como previsto em lei. Para outros usos – irrigação, atividades industriais, mineração, saneamento e turismo – a liberação fica suspensa.
 
Sem chuva ou água para irrigar as lavouras, a expectativa é de queda na produção da safra de verão, que está começando a ser colhida, e de impacto para o café, a cana-de-açúcar e outras culturas de ciclo menor. Os prejuízos ainda serão quantificados, mas devem ser percebidos especialmente na região Sudeste, onde foi registrado um período de estiagem em janeiro. “Toda a agricultura está sentindo os efeitos do clima”, resume. Ele estima quebra de 20% a 50% na produção para as culturas de ciclo mais curto, como frutas e hortaliças. Na cana-de-açúcar, a quebra esperada é de 30% e no café, de 20% a 30%.

CNA/FAEMG

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Novo valor do salário mínimo provoca aumento de custos na cafeicultura




O reajuste de 8,84% no valor do salário mínimo, R$ 788,00 em vigor desde o início deste mês, provocou impacto nos custos da cafeicultura. O Custo Operacional Efetivo (COE)  apresentou aumento médio de 3,15%, no caso do café arábica, em razão dessa nova realidade, especialmente nas regiões onde predomina o processo manual no plantio da safra. As informações constam do  boletim “Ativos do Café”, elaborado pelo Centro de Inteligência e Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).   
Nas regiões onde o processo produtivo é exclusivamente manual, por exemplo, o aumento no COE foi ainda maior, 4,81%, comparado com os valores praticados em dezembro do ano passado. A mais forte variação do COE, entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, ocorreu no município de Manhumirim, em Minas Gerais, onde o novo valor do salário mínimo provocou incremento de 5,35% nos custos do cafeicultor. Ao mesmo tempo, onde predominou a mecanização no sistema produtivo, o impacto no COE foi menor, 1,84%, em média.
Produção plena - Esses números, segundo o estudo, não levaram em conta a possível queda na produção do café arábica já esperada em levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na safra 2013/2014. O aumento nos custos apresentado pelo levantamento do CIM/UFLA/CNA considerou a produção plena, sem interferência das intempéries climáticas. O estudo levou em consideração o novo valor do salário mínimo na formação dos custos da cafeicultura, tendo em vista a tecnologia utilizada, se mecanizada ou manual.
Com relação aos preços pagos ao produtor, no caso do café tipo arábica, entre janeiro e dezembro do ano passado, verificou-se ter ocorrido um aumento de 70,37% no valor recebido pelo cafeicultor.  O melhor desempenho foi observado no município de Monte Carmelo, em Minas Gerais. Naquela região a saca de café foi comercializada R$ 265,50, em janeiro de 2014. Em dezembro o preço da saca atingiu R$ 483,00, valorização de 81,92%.
Preços - O cenário para os preços do café arábica em 2015 ainda não está claro. Levando-se em consideração às diferentes perspectivas para a safra 2014/2015 e a interferência de novos fenômenos climáticos, além da produção cafeeira da Colômbia que voltou a crescer, ainda não é possível fazer uma projeção consistente sobre os preços a serem pagos ao produtor ao longo deste ano. 
 
Assessoria de Comunicação CNA

Café: Previsão de chuva faz Bolsa de Nova York despencar mais de 700 pts no meio-pregão desta 5ª feira


A previsão de chuva para os próximos dias no cinturão produtivo do Brasil fez a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registrar forte queda no meio-pregão desta quinta-feira (29). Na sessão anterior, os preços já estavam no campo negativo pressionados pela realização de lucros devido a alta registrada na terça-feira.
Por volta das 14h32, o contrato março/15 registrava 160,50 cents/lb com 720 pontos de queda, o maio/15 anotava 163,35 cents/lb com recuo de 705 pontos e o julho/15 tinha 166,00 cents/lb também com 705 pontos negativos. E o vencimento setembro/15, mais distante, tinha 168,00 cents/lb com 745 pontos de baixa.
De acordo com informações climáticas da Somar Meteorologia, uma frente fria vinda do oceano deve organizar instabilidades tropicais sobre importantes áreas produtoras de café até sexta-feira com acumulados entre 30 mm e 50 mm no Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro. Por outro lado, no Espírito Santo, Bahia e Zona da Mata de Minas Gerais, a semana será de calor e pouca chuva.
Informações de agências internacionais, dão conta que essa previsão de chuva prevista para os próximos dias, mesmo que não generalizada por todo o cinturão produtivo, fez com que o mercado fosse afetado pela liquidação de posições compradas.
Enquanto precipitações regulares não vem, a situação continua complicada para o setor produtivo. Informações do MDA Weather Services dão conta que as lavouras de café da zona da mata mineira e do Espírito Santo tiveram menos de 5% do índice normal de chuvas no último mês.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas
Notícias Agrícolas - Seja o porta-voz de si mesmo!

Café: Nova York estende perdas na manhã desta 5ª feira

O café arábica registra queda na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta quinta-feira (29), estendendo as perdas da sessão anterior quando o mercado foi pressionado por realização de lucros.
Por volta das 10h32, o contrato março/15 registrava 165,05 cents/lb com 265 pontos de queda, o maio/15 anotava 167,45 cents/lb com recuo de 295 pontos e o julho/15 tinha 175,45 cents/lb com 325 pontos negativos.
De acordo com informações climáticas da Somar Meteorologia, uma frente fria vinda do oceano deve organizar instabilidades tropicais sobre importantes áreas produtoras de café até sexta-feira com acumulados entre 30 mm e 50 mm no Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro. Por outro lado, no Espírito Santo, Bahia e Zona da Mata de Minas Gerais, a semana será de calor e pouca chuva.
Segundo informações do MDA Weather Services, as lavouras de café da zona da mata mineira e do Espírito Santo tiveram menos de 5% do índice normal de chuvas no último mês e devem registrar nos próximos dias de 25% a 50% da média.

Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: NY fecha com queda moderada em dia de realização de lucros; mercado interno registra poucos negócios

As cotações do café arábica registraram queda nesta quarta-feira (28) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) com realização de lucros em consequência da forte valorização no pregão de ontem (27) quando os preços subiram mais de 600 pontos em um dia de ajuste e baixa liquidez. O mercado segue sem direção definida nos últimos dias, das últimas nove sessões duas registraram alta nos preços.
Os vencimentos até chegaram esboçar ligeira valorização no meio-pregão, mas a tendência baixista predominou até o fim da sessão. O contrato março/15 registrou 167,70 cents/lb e o maio/15 anotou 170,40 cents/lb, ambos os vencimentos com queda de 50 pontos. O julho/15 fechou a sessão com 173,05 cents/lb e o setembro/15 registrou 175,45 cents/lb, ambos os contratos com desvalorização de 45 pontos.
De acordo com informações climáticas da Somar Meteorologia, uma frente fria vinda do oceano deve organizar instabilidades tropicais sobre importantes áreas produtoras de café até sexta-feira com acumulados entre 30 mm e 50 mm no Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro. Por outro lado, no Espírito Santo, Bahia e Zona da Mata de Minas Gerais, a semana será de calor e pouca chuva.
Operadores acreditam que as precipitações nos próximos dias podem até trazer alívio para as lavouras de café, mas alguns danos são irreversíveis. Neste ano, diferente de 2014, o estado do Espírito Santo, também registra baixo volume de chuvas e altas temperaturas.
Informações vindas de agências internacionais dão conta que o mercado mostra sinais de consolidação nos atuais níveis de preço e dificilmente cai abaixo dos 150,00 ou 140,00 cents no curto prazo. Em compensação, também não dá sinais de que possa romper o patamar de 175,00 cents.
Mercado interno
No lado interno, de acordo com informações do analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o setor produtivo se abstém da ponta vendedora à espera de um melhor momento, seja mercadológico ou climático, para voltar a aparecer no mercado.
O tipo cereja descascado continua maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 538,00 — estável em relação ao dia anterior. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Varginha-MG com saca cotada a R$ 520,00 e alta de 1,96%.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 526,00 — estável. A variação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com valorização de 1,08% e R$ 470,00 a saca de 60 kg.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Franca-SP com saca cotada a R$ 490,00 — estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG  com alta de 1,09% e saca cotada a R$ 465,00.
Na terça-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,55% e está cotado a R$ 449,05 a saca de 60 kg.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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