RELOGIO

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Vocação para o sucesso

 

Cristina Athayde Rebelo, médica formada pela Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros), há 15 anos abandonou a medicina para se dedicar exclusivamente à pecuária de corte, mais especificamente à seleção de gado nelore no município de Montes Claros.
 
Desde criança, ela convive no meio rural. Sua paixão pela atividade começou na infância quando acompanhava o pai à fazenda, onde há 41 anos ele começava na atividade de melhoramento genético do nelore. Nascida numa família de fazendeiros, Cristina é viúva e mãe de três fi lhos: Túlio, médico, Antônio, zootecnista e piloto de avião, e Acácia, estudante de veterinária. Como a mãe, os fi lhos também adoram os animais.
 
Ela se lembra das primeiras novilhas que originaram o rebanho: “Vieram de Uberaba, da Fazenda Torres Homem e traziam a já tradicional marca VR e toda a sua qualidade” Com a atividade direcionada para gado de corte e seleção de reprodutores, rebanho está dividido em duas fazendas, São Luciano e Mocambo. O objetivo, conforme ela, “é produzir tourinhos para o nascimento de bezerros economicamente mais interessantes, para a lucratividade das fazendas”.
 
“Depois que descobri o que gosto de fazer, nunca mais trabalhei como médica”, disse Cristina, se referindo ao prazer que tem de estar na fazenda cuidando do gado. Para ela, estar ali, não é nenhum esforço, é pura alegria. Dá para notar este contentamento, no sorriso fácil da pecuarista, quando fala das qualidades da raça nelore.
 
O rebanho da pecuarista tem a sua eficiência avaliada pela ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) e Embrapa, e tem apresentado ótimos resultados, quando comparado ao rebanho PO nacional. Isso se deve, segundo ela, ao uso de tecnologias, manejo e nutrição de acordo com a idade, para o crescimento e desenvolvimento correto. “É a consolidação da consistência genética dos animais.”
 
Para conferir a qualidade ao rebanho, dois métodos de inseminação são usados: o Artifi cial Convencional para o gado comercial, e o Tempo Fixo - IATF para PO. As vacas são avaliadas individualmente e de acordo com suas características fenotípicas escolhese o touro a ser usado. O intervalo de parto das fêmeas é de 13 meses, o gado também já tem consistência genética e qualidade de carcaça.
 
Segundo Cristina, a qualidade do rebanho comercial da região vem atraindo a atenção e interesse de pecuaristas de todo o Brasil já há algum tempo. E ela se orgulha de ter contribuído para este resultado, com suas matrizes e principalmente com os tourinhos que produz.
 
Sobre a pior seca dos últimos 40 anos na região, Cristina é otimista: “O gado que os pecuaristas foram obrigados a vender, para aliviar pasto, forçou uma seleção natural do rebanho.”

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