
Com possibilidade de ocorrência do fenômeno El Niño, expectativa é de
inverno chuvoso, mas com temperaturas amenas (Foto: Ernesto de Souza/Ed.
Globo)
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) iniciou nesta quinta-feira
(8/5) a operação Alerta Geada, serviço que auxilia produtores a
decidirem sobre a adoção de medidas para proteger lavouras de café
contra os danos causados pelo fenômeno. De maio a setembro, o Alerta
Geada faz o acompanhamento meteorológico a região cafeeira do Paraná.
Quando esse monitoramento detecta a aproximação de massas de ar frio de
intensidade capaz de causar danos à cafeicultura, é emitido um
pré-alerta para cafeicultores e técnicos cadastrados, com 48 horas de
antecedência. Caso as condições se confirmem, um aviso de ratificação é
emitido 24 horas depois.
Neste ano o fenômeno El Niño (aquecimento anormal das águas na porção
equatorial do Oceano Pacífico que produz impactos no clima em todo o Sul
do Brasil) está ativo e espera-se um inverno muito chuvoso, mas com
temperaturas amenas. "Mesmo assim, sempre existe o risco de geadas no
Paraná", informa a agrometeorologista Heverly Morais, do Iapar.
Cafeicultores que têm lavouras com idade entre 6 e 24 meses devem
amontoar terra no tronco dos pés de café (prática conhecida como
"chegamento de terra"), ainda neste mês de maio, para proteger as gemas e
facilitar a rebrota no caso de geada severa. A proteção deve ser
retirada no fim do período frio, em meados de setembro. Se isso não for
feito, as plantas podem sofrer danos por "afogamento do caule", que são
lesões provocadas por altas temperaturas.
Em plantios recentes, de até seis meses de idade, deve-se simplesmente
enterrar as mudas quando houver emissão do aviso de Alerta Geada;
viveiros devem ser abrigados com cobertura vegetal ou de plástico e, em
ambos os casos, a proteção deve ser retirada assim que cessar o risco.
As previsões de temperatura e do risco de geadas podem ser obtidas
gratuitamente em no Iapar e no Simepar (www.simepar.br).
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