RELOGIO

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Brasil planeja ações para ampliar sua fatia no mercado mundial do agronegócio

P1 / Ascom CNC
29/07/2016



BALANÇO SEMANAL — 25 a 29/07/2016

Brasil planeja ações para ampliar sua fatia no mercado mundial do agronegócio; internamente, setor cafeeiro debate renovação do cinturão produtor

PROGRAMA ACESSO A MERCADOS — O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, vem debatendo com o setor agropecuário um projeto piloto de promoção do agronegócio brasileiro no exterior para atrair investidores. Denominado Programa Acesso a Mercados (PAM-AGRO), a iniciativa nasceu da parceria entre a Apex-Brasil e o Mapa e conta com a participação do Ministério das Relações Exteriores e da Câmara de Comércio Exterior (Camex). O objetivo é finalizar o debate junto ao setor privado e fazer o anúncio em outubro de 2016.

Visando à captação de novos negócios para o País e à promoção comercial dos produtos do agronegócio nacional, o Programa visa a unir o Governo e as entidades agrícolas brasileiras com foco em: (i) adentrar a novos mercados, (ii) melhorar a imagem do agronegócio nacional no exterior e (iii) promoção comercial. Atualmente, o Brasil participa com 7% do mercado mundial de grãos, fibras e commodities e a proposta do projeto é ampliar essa fatia para 10% nos próximos cinco anos.

O CNC enaltece a ação empreendedora do Governo junto ao setor privado e entende que ambos necessitam caminhar lado a lado na conquista de novos mercados a na consolidação dos atuais parceiros internacionais. Assim, colocamo-nos à disposição para contribuir no sentido de evidenciar ao mundo que o agronegócio brasileiro é extremamente sustentável, sendo conduzido sob as mais rígidas leis ambiental e trabalhista. Ao unirmos esforços, certamente conseguiremos transmitir essa realidade aos atuais e futuros parceiros internacionais, possibilitando que seja alcançado o objetivo de o País responder por 10% do mercado global de grãos, fibras e commodities até 2021.

RENOVAÇÃO DO PARQUE CAFEEIRO — Na terça-feira, 26, o CNC manifestou apoio à elaboração de proposta, por parte da Embrapa Café, para a criação de uma linha de financiamento voltada à renovação gradativa do cinturão cafeeiro nacional, com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), conforme matéria discutida na 25ª reunião do Comitê Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CDPD/Café).

Ao tempo em que o Conselho Nacional do Café recorda que essa é uma antiga reivindicação do setor produtivo, solicitada pelo próprio CNC junto ao Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) em ocasiões anteriores, também defende que a medida seja adotada de maneira paulatina, em pequenas escalas a cada ano, para que não haja impacto no mercado de preços e fornecimento, bem como se evite uma virtual descapitalização do Funcafé, a qual possa comprometer as demais linhas de financiamento. Agora a matéria será debatida na próxima reunião do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Agronegócio Café (CDPE/Café) para ter suas definições e seu encaminhamento para aprovação no CDPC.

GEORREFERENCIAMENTO — Há anos, o Brasil e o mundo cafeeiro se veem reféns das especulações mercadológicas, as quais emergem conforme o interesse de grandes players, normalmente com o intuito de pressionar as cotações para que adquiram o produto a preços aquém do que os fatores fundamentais sinalizam. Um dos motivos para isso, em solo brasileiro, é o descrédito que agentes internacionais possuem frente a nossos dados oficiais, por mais que a Conab seja o órgão com melhores condições para acompanhar, in loco, o desenvolvimento das safras brasileiras de café.

O CNC, ciente desse cenário e com o intuito de mitigar os impactos dessa especulação, ainda na década de 90, quando Alberto Duque Portugal presidia a Embrapa (1995 a 2002), solicitou a implantação do georreferenciamento no parque cafeeiro nacional, de maneira que tivéssemos ciência sobre quantos somos, onde estamos e o quanto produzimos de fato. Entretanto, deparamo-nos com muita divergência sobre como realizar esse mapeamento da cafeicultura nacional e os projetos não saíram do papel.

Diante da paralisia relacionada à matéria, o Conselho Nacional do Café iniciou negociações junto ao Governo Federal e aos demais elos da cadeia produtiva e os trabalhos vêm percorrendo um caminho promissor no sentido de que possamos, enfim, chegar ao processamento dos dados georreferenciados da cafeicultura brasileira.

O passo mais recente foi dado em São Paulo, ontem, em reunião para a definição de conteúdo para um termo de referência para a licitação de um projeto de mapeamento do parque cafeeiro nacional, a ser custeado com recursos do Funcafé. O encontro contou com especialistas da área de geoprocessamento e com representantes da cadeia produtiva do café, que possuem assento no Comitê Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do CDPC.

Como representantes da produção, entendemos que essa é uma atitude necessária e que trará vantagens ao agronegócio café do País como um todo, haja vista que as especulações a respeito dos números relacionados às safras brasileiras tendem a desaparecer ou a enfraquecer muito. Dessa forma, o CNC crê que, após vários anos de trabalho, conseguiremos trazer mais transparência ao mercado, aproximando os agentes à realidade da nossa cafeicultura, realidade a qual sempre foi um fator adotado pelo Conselho em nossa conduta institucional.

MERCADO — O mercado internacional do café andou de lado esta semana, respeitando os níveis de resistência nas bolsas. Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4215 por libra-peso, com leve alta de 25 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.813 por tonelada, US$ 25 acima da cotação da última sexta-feira.

Em Nova York, as cotações tiveram pouca volatilidade devido ao pouco interesse de venda de origens e à pouca força técnica do mercado para trabalhar abaixo de US$ 1,40 ou acima de US$ 1,50. Segundo analistas, com a aproximação do verão no Hemisfério Norte, os compradores devem se retirar do mercado em agosto, assim, os desempenhos do dólar e do real passam a ser vistos como decisivos para dar uma sinalização a respeito do próximo movimento nas bolsas. Na semana, a divisa norte-americana registrou alta 1,18%, encerrando a quinta-feira a R$ 3,2965.

Outro ponto que vem sendo observado como provável orientador dos preços é o clima no Brasil. De acordo com a Somar Meteorologia, o tempo permanecerá seco no País, favorecendo o andamento da colheita. Uma frente fria avança pelo oceano, afastado da costa de São Paulo, mas não chega a mudar o tempo de forma significativa em áreas cafeeiras.

Por outro lado, a Somar informa que essa frente fria ocasionará ventos que trarão ar mais frio para a Região Sudeste, fato que volta a provocar noites mais frias. Na zona da Mata e no leste de Minas Gerais, na Zona da Mata do Espírito Santo e na Bahia há possibilidade de chuviscos em função de ventos mais úmidos vindos do mar. Mas, nos primeiros cinco dias de agosto, a tendência é que o tempo permaneça seco, com temperaturas baixas ao amanhecer, porém sem risco de geadas.

No mercado físico, os preços do café arábica subiram na semana, acompanhando a valorização externa e em função da oferta reduzida. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os cafeicultores seguem focados na entrega de lotes contratados anteriormente, aguardando maiores aumentos para negociar no spot. O indicador calculado pelo Cepea para a variedade foi cotado, ontem, a R$ 489,49/saca, com alta de 0,83% em relação ao fechamento da semana anterior.

Para o robusta, as negociações também seguiram limitadas e o cenário manteve-se positivo em função da restrição de oferta, que reflete o cenário de estiagem vivido pelos cafezais no Espírito Santo. O indicador do Cepea para a variedade conilon registrou avanço de 1,33% na comparação com a semana antecedente, cotado a R$ 420,46/saca, novo patamar recorde da série histórica.



Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

sexta-feira, 15 de julho de 2016

CNC - Balanço Semanal de 11 a 15/07/2016

P1 / Ascom CNC
15/07/2016



BALANÇO SEMANAL — 11 a 15/07/2016

Cadeia produtiva do café é recebida pelo ministro Blairo Maggi, atendendo a pedido de audiência feito pelo CNC

REUNIÃO NO MAPA —
 Na quarta-feira, 13 de julho, o presidente e o conselheiro diretor do CNC, deputado Silas Brasileiro e Carlos Paulino (presidente da Cooxupé), respectivamente, acompanhados do 1º vice-presidente da Frente Parlamentar Mista do Café, senador Ricardo Ferraço, do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes, do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, do presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, e das lideranças dos demais segmentos privados da cafeicultura brasileira, reuniram-se com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.

Na oportunidade, todos os elos da cadeia produtiva fizeram apresentação de suas atividades em prol do setor e também de seus principais pleitos, com destaque para as preocupações:

(i)             do conselheiro diretor do CNC, Carlos Paulino, para que se autorize o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro Leopoldo (MG) a realizar análises de resíduos de defensivos utilizados na produção de café com o intuito de se comprovar, cientificamente, a qualidade e a pureza do café brasileiro, evidenciando, por conseguinte, que é livre de excesso de agroquímicos ou de quaisquer outros insumos;
(ii)            do presidente da Comissão do Café da CNA, Breno Mesquita, para reajustar os preços mínimos e buscar solução para o endividamento dos produtores do Espírito Santo, prejudicados pelo clima adverso há cerca de três anos, e dos cafeicultores das áreas de montanha;
(iii)           do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, sobre uma possível volta da taxação de PIS/Cofins sobre o café industrializado e, também, a respeito da necessidade de alteração da RDC Nº 14 da ANVISA, que dispõe sobre matérias estranhas em alimentos e bebidas, seus limites e tolerâncias, a qual estabelece limites muito apertados para a adequação das indústrias e que o problema pode se estender aos produtores, já que os cafés com incidência de broca, ainda que não nocivos à saúde humana, deverão ser prejudicados na comercialização junto ao setor; e
(iv)          do diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Aguinaldo Lima, solicitando participação do ministro no sentido de eliminar as barreiras tarifárias impostas sobre o produto, que impedem a expansão das exportações, e também solicitou que, em mercados cujo consumo de solúvel pode ser ampliado, que a indústria possa acompanhar o ministro nas visitas internacionais.
O presidente do CNC apresentou as demandas da entidade, endossadas pela CNA e pela OCB, ao ministro Blairo Maggi, que englobam:

(i)             posição sobre a criação do Departamento de Café, Cana de Açúcar, Florestas Plantadas e Agroenergia;
(ii)            indicação do nome no novo diretor do Departamento por parte do setor privado;
(iii)           contribuição do Brasil à Organização Internacional do Café;
(iv)          manifestar junto à Casa Civil e ao Itamaraty o apoio para a recondução de Robério Silva ao cargo de diretor executivo da OIC;
(v)           anúncio dos estoques privados de café por parte da Conab, que anualmente ocorre em junho, mas, este ano, devido ao atraso, tem gerado grande especulação no mercado;
(vi)          venda do estoque governamental, desde que volume e preço para cada lote colocado a venda sejam debatidos previamente com o setor privado;
(vii)         liberação do restante do orçamento de 2016 do Funcafé para a realização de pesquisa pela Embrapa Café, com o intuito de viabilizar a execução do georreferenciamento do parque cafeeiro; e
(viii)        compromisso governamental em não firmar acordo de cooperação técnica com nenhum país produtor sem antes o assunto ser debatido no Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).

O ministro demonstrou-se solícito aos pleitos da cadeia produtiva e, como andamento, confirmou a criação do Departamento de Café, Cana de Açúcar, Florestas Plantadas e Agroenergia, dando autonomia para que o setor privado desses segmentos seja responsável pela seleção do novo diretor. Blairo Maggi também se comprometeu a realizar esforços para que o Brasil pague a contribuição anual à OIC de 2016 e a unir esforços junto à Casa Civil e ao Itamaraty para a reeleição do brasileiro Robério Silva no cargo de diretor executivo da OIC.

A respeito dos estoques cafeeiros do Brasil, o ministro também afirmou que exigiria celeridade na divulgação dos números do volume privado apurado pela Conab, com data de referência de 31 de março deste ano, e que também deve ser dado andamento aos leilões dos estoques públicos, desde que o volume e os valores do produto sejam acordados previamente com o setor. Maggi também se comprometeu a verificar a possibilidade de liberar o restante do orçamento de 2016 do Funcafé para viabilizar a execução do georreferenciamento do parque cafeeiro nacional e, ainda, assumiu que o Mapa não firmará acordos de cooperação técnica com outras nações produtoras sem que o assunto seja debatido e receba uma orientação dos membros do CDPC.

Também presente na audiência, o presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes, destacou a expressividade das exportações brasileiras no recém encerrado ano safra 2015/2016, que alcançou o volume de aproximadamente 35,5 milhões de sacas, e enalteceu a união do setor, em especial dos representantes da produção, elo que entende como crucial para que o Brasil possa continuar atingindo volumes significativos nos embarques. A diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, apresentou os trabalhos que a Associação faz em prol dos cafés especiais brasileiros no exterior junto à Apex-Brasil e o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, elogiou a sinergia do setor e prestou apoio total ao CNC na condução dessas ações, colocando a Organização à disposição para o que se fizer necessário.

REPASSES DO FUNCAFÉ — O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou o repasse de R$ 191 milhões dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o Bradesco na terça-feira, 12 de julho, elevando o total encaminhado às instituições financeiras para R$ 4,167 bilhões, ou 89,96% dos R$ 4,632 bilhões previstos para a safra 2016. Dos repasses feitos até o momento, R$ 1,592 bilhão foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 941 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 843 milhões para Custeio; e R$ 791 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 380 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 231 milhões para Torrefadoras e R$ 180 milhões às indústrias de Solúvel. Confira, na tabela, as liberações realizadas pelo Mapa aos agentes financeiros até o momento (clique para ampliar).


Durante a audiência com o ministro Blairo Maggi, o presidente do CNC elogiou a postura proativa da Pasta no que diz respeito à celeridade na liberação dos recursos, explicando que a possibilidade do capital chegar às mãos dos produtores possibilita que se financiem e possam dosar a comercialização da safra, não sendo pressionados a vender nos quatro meses da colheita, quando os preços são normalmente mais aviltados, e realizem a venda ao longo dos 12 meses do ano, tendo condições para buscar as melhores cotações que o mercado oferece, o que permite rentabilidade na atividade.

VISITA AO CINTURÃO PRODUTOR — Atendendo a um pedido feito pelo presidente da Cooxupé e conselheiro diretor do CNC, Carlos Paulino, o ministro da Agricultura comunicou que pretende realizar visitas ao cinturão produtor de café do Brasil, começando por Guaxupé como consequência do convite recebido, para entender melhor toda a tramitação dessa cadeia produtiva, em especial no que diz respeito ao cooperativismo e sua abrangência na agricultura familiar e pequenos produtores. O CNC entende que a iniciativa de Blairo Maggi, além de honrosa, muito contribuirá para uma troca de informações entre os setores público e privado, a qual, certamente, possibilitará a implantação e o desenvolvimento de políticas positivas e proativas para a cafeicultura nacional.

PLATAFORMA GLOBAL DO CAFÉ — Com o objetivo de concentrar esforços na promoção da sustentabilidade no mundo para o café, foi lançada, em março deste ano, após aprovação na Assembleia Geral da Associação 4C, em Adis Abeba, na Etiópia, a Global Coffee Platform(GCP), a Plataforma Global do Café. Na sequência, o CNC compartilha informações, elaboradas junto a GCP, P&A Marketing, Coffee Assurance Services (CAS) e Cooxupé, por meio do Gerente de Responsabilidade Socioambiental da cooperativa, Alexandre Monteiro, que elucidam o objetivo e o modelo operacional da iniciativa.

A Plataforma Global do Café é a combinação da Associação 4C (sem nenhuma operação de verificação comercial, que passaram a ser operadas pela Coffee Assurance Services) e o Programa Café Sustentável – SCP, do IDH, cujas atividades pré-competitivas globais migrarão para a GCP ao longo de 2016. A Associação 4C e o Programa Café Sustentável deixaram de existir em seus antigos formatos desde 25 de abril deste ano.

A Plataforma une, portanto, a rede de membros e as atividades pré-competitivas/não comerciais antes realizadas pela Associação 4C, com os projetos desenvolvidos pelo Programa Café Sustentável, como, por exemplo, no Brasil, a implantação do Currículo de Sustentabilidade do Café, o treinamento de técnicos e pequenos produtores e a busca de modelos mais eficientes de assistência técnica e extensão rural, ora desenvolvidos pelo Programa Brasil da GCP, coordenado pela P&A Marketing. Os membros da antiga Associação 4C tornaram-se membros da Plataforma Global do Café e os serviços vinculados à filiação e o relacionamento com membros continuam sendo realizados, no País, através do Escritório Regional da GCP.

O novo modelo tem por objetivo otimizar as ações já existentes nos países de origem para a promoção da sustentabilidade, assegurando a todos os atores da cadeia de suprimento café o fornecimento de um produto seguro e produzido com sustentabilidade aos consumidores.

As atividades relacionadas à garantia da conformidade em relação ao Código de Conduta 4C passaram, desde abril, a ser realizadas pela Coffee Assurance Services, que é uma prestadora independente de serviços de controle da integridade no setor do café, para a Verificação do Código de Conduta 4C. Como operadora do Sistema de Verificação 4C, a CAS tem as responsabilidades de coordenar as operações dos verificadores 4C e fornecer treinamento, emitir licenças 4C e avaliar o nível de conformidade das Unidades em relação ao Código de Conduta 4C.

Entendemos que todas essas mudanças são positivas e têm por objetivo o alinhamento das ações dos diversos atores da cadeia do café para a promoção da sustentabilidade, concentrando esforços e compartilhando responsabilidades. Mais informações:http://www.globalcoffeeplatform.org/

MERCADO — Os contratos futuros do café registraram forte alta nesta semana nos mercados internacionais, com o movimento sendo puxado pela queda nos estoques certificados de arábica na Bolsa de Nova York, pela menor produção mundial de robusta neste ano e pela recente valorização do real frente ao dólar.

A moeda norte-americana acumulou sua terceira queda consecutiva ante o real na quinta-feira, sendo pressionada pela expectativa de aumento de liquidez internacional e pela amenização da turbulência política no Brasil após a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados. Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,2595, acumulando perda de 1,06% na comparação com o desempenho da semana antecedente.


Na Bolsa de Nova York, a queda do dólar e os indicadores técnicos contribuíram para a sustentação da alta nos preços internacionais do café arábica, os quais se encontram em seus níveis mais elevados em pouco mais de um ano. O vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 152,15 por libra-peso, subindo 805 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na  ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.842 por tonelada, com ganhos de US$ 45 em relação a sexta-feira passada.

De acordo com a World Weather, o clima deverá se alterar moderadamente neste fim de semana nas áreas produtoras de café, com a ocorrência de leves precipitações e queda das temperaturas, mas sem trazer ameaça aos trabalhos de colheita e aos cafezais. A mudança será provocada pela chegada de uma frente fria, que passará pelo cinturão cafeeiro de Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais. As chuvas, no entanto, não devem superar 6 mm.

A Somar Meteorologia completa informando que uma massa de ar polar acompanha essa frente fria e será responsável pela redução das temperaturas a partir de sábado no Paraná e de domingo em São Paulo e Sul de Minas. Os termômetros devem registrar mínimas entre 7 graus e 1 grau no norte do Paraná e em São Paulo e de 8 a 13 graus no sul de Minas e no Espírito Santo, conforme a World Weather.

No Brasil, os preços acompanharam o desempenho positivo dos mercados internacionais, com o indicador do arábica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) atingindo seu maior valor nominal do ano na segunda-feira, 11 de julho, a R$ 510,12/saca de 60 kg. Já o indicador do café robusta registrou recorde nominal da série histórica ontem, fechando a R$ 409,52/saca.
Segundo os pesquisadores, as altas seguem relacionadas à baixa oferta da variedade arábica colhida na safra 2016/17 no Brasil e também às preocupações no que diz respeito às condições da temporada 2017/18. A instituição comunicou que o desenvolvimento nos cafezais segue abaixo do esperado em função do déficit hídrico.

No caso do robusta, a quebra de safra devido às adversidades climáticas no Espírito Santo tem sido o pivô da alta. O cenário positivo agitou um pouco o mercado, mas os negócios seguem desaquecidos por causa da diferença entre os preços oferecidos e os valores pedidos pelos produtores.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Semana: CNC solicita descontingenciamento de recursos do Funcafé

P1 / Ascom CNC
08/07/2016



BALANÇO SEMANAL — 04 a 08/07/2016

CNC solicita descontingenciamento de recursos do Funcafé para investimento em promoção e pesquisa e pagamento à OIC

RECURSOS DO FUNCAFÉ — Na segunda-feira, 4 de julho, o Conselho Nacional do Café (CNC) protocolou dois ofícios no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), direcionados ao ministro Blairo Maggi, solicitando o descontingenciamento dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), com o intuito de viabilizar a retomada dos repasses aos setores de promoção e pesquisas da cafeicultura brasileira e o pagamento do Brasil à Organização Internacional do Café (OIC).

O presidente do CNC, Silas Brasileiro, requereu ao ministro a adoção de providências administrativas necessárias no âmbito do Poder Executivo, em conjunto com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, para não incluir a Reserva de Contingência do Funcafé no Projeto de Lei Orçamentária – PLOA de 2017, a fim de que a cadeia produtiva, representada no Mapa pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), possa implantar projetos e ações de interesse do setor, como era feito anteriormente ao ano de 2013.

A medida se faz necessária porque, desde que o orçamento do Funcafé passou a ser objeto da “Ação 0Z00 - Reserva de Contingência Financeira”, há três anos, implicaram-se restrições expressivas no custeio e no investimento do programa de pesquisa coordenado pela Embrapa e executado no âmbito no Consórcio Pesquisa Café, e, ainda, das ações de promoção do café brasileiro, entre outros.

Frente a isso, o CNC entende que a solicitação de descontingenciamento dos recursos, ao ser concretizada, possibilitará que, a partir do exercício de 2017, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira retome o fluxo de aplicação de capital nas ações de promoção, publicidade, pesquisa e desenvolvimento do café brasileiro.

PAGAMENTO À OIC — O presidente do CNC também solicitou ao ministro Blairo Maggi a adoção das providências administrativas necessárias no âmbito do Poder Executivo, em conjunto com o Ministério do Planejamento, para que se reestabeleça, a partir do ano que vem, o pagamento à Organização Internacional do Café com recursos oriundos do Funcafé.

Na oportunidade, Silas Brasileiro recordou que, até 2008, a contribuição oficial brasileira à OIC era custeada com recursos do Fundo e, a partir de 2009, passou a contar com um Plano Orçamentário (PO) específico no orçamento de cada ano do Ministério do Planejamento, por meio dos Encargos Financeiros da União (EFU). Esse fato, contudo, gerou dificuldades ao Governo Federal para honrar, no devido prazo, os compromissos financeiros junto à instituição.

É válido salientar que o não pagamento à Organização Internacional causa grande desconforto ao setor produtivo, pois o Brasil, que é o maior fornecedor e o segundo maior consumidor mundial de café, perde seu direito a voz e voto nas reuniões da OIC, ficando de fora dos debates que gerem os assuntos relacionados ao comércio global do produto. Como consequência, estamos impedidos de participar ativamente de importantes discussões, como a revisão estratégica da entidade, o delineamento de ações para a promoção internacional do café e o aprimoramento das estatísticas do setor.

Para evitar que tal fato volte a se repetir no futuro, o CNC defende que o pagamento da contribuição anual do Brasil à OIC volte a ser realizado com recursos do Funcafé e solicitou ao ministro esforços para a inclusão desta previsão no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2017. A entidade informa que existe amparo legal para esta ação, visto que o Decreto Nº 94.874/1987, que "Dispõe sobre a estruturação do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé (...)", no seu Artigo 4º, Alínea “c”, estabelece que o Fundo destina-se à "cooperação técnica e financeira internacional com organismos particulares e oficiais no campo da cafeicultura", ou seja, esse item se aplica à OIC.

LIBERAÇÕES À SAFRA 2016 — Nesta semana, o Ministério da Agricultura realizou o repasse de mais R$ 1,457 bilhão dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira para dez agentes financeiros (destacados em azul na planilha), elevando o total encaminhado às instituições para R$ 3,976 bilhões, ou 85,84% dos R$ 4,632 bilhões previstos para a safra 2016.

Dos repasses feitos até o momento, R$ 1,532 bilhão foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 870 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 833 milhões para Custeio; e R$ 741 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 370 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 211 milhões para Torrefadoras e R$ 160 milhões às indústrias de Solúvel. Veja, na sequência, as liberações realizadas pelo Mapa aos agentes até o momento.


MERCADO — Nos últimos dias, os futuros do café arábica devolveram parte dos ganhos acumulados na semana anterior. Pressão de venda nas origens e por parte dos fundos que operam na Bolsa de Nova York, bem como o movimento do dólar, favoreceram essa tendência.

Ontem, a divisa norte-americana encerrou os negócios a R$ 3,3659, com alta de 4,06% em relação ao fechamento da última sexta-feira. A valorização do dólar foi influenciada pelo crescimento da aversão ao risco, devido ao Brexit, e à atuação do Banco Central do Brasil, em nível doméstico.

Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,418 por libra-peso, perdendo 460 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na  ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.762 por tonelada, com ganhos de US$ 17 em relação a sexta-feira passada.

No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 498,33/saca e a R$ 404,23/saca, respectivamente, com variação de -0,8% e 1,2% em relação ao fechamento da semana antecedente.




Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

p1

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O Sistema FAEMG comemora, nesta quinta-feira, 7 de julho, o Dia do Produtor Rural Mineiro e os 65 anos de fundação da FAEMG.



A Grande Medalha deste ano será entregue ao presidente da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins da Silva Junior. Além da Grande Medalha, serão homenageadas outras 19 pessoas e instituições que prestaram relevantes trabalhos ao meio rural,  nas categorias de Produtor Rural, Sindicato Rural, Técnico-Científica, Comunicação e Política. 
 
A solenidade será no Espaço The One, em BH, às 19:30h.
 
 
Agraciados 2016
 
Grande Medalha
João Martins da Silva Filho
 
Categoria Político
Deputado Estadual Fabiano Tolentino
 
Categoria Técnico-Científica
José Alberto de Ávila Pires
 
Categoria Comunicação/Imprensa
A Hora do Fazendeiro (Rádio Inconfidência)
 
Sindicatos Rurais
Alterosa
Guanhães
Martinho Campos
Paracatu
Teófilo Otoni
 
Produtores Rurais
Geraldo Magela Coelho de Oliveira/João Carlos Coelho de Oliveira (Itabira)
Gilson Roberto Lessa Nunes (Serro)
José Antônio Maximiano (Capinópolis)
José C. Soares Dias (Montes Claros)
José Carlos Munhoz Fernandes (Alfenas)
José Queiroz da Silva (Paracatu)
Maria Antonieta Guazzelli (Boa Esperança)
Nélio Leopoldo Soares (Ponte Nova)
Nilo Cardoso Naves (Monte Carmelo)
Ronaldo Valadares Gontijo (Bom Despacho)


sexta-feira, 1 de julho de 2016

CNC: repasses de recursos do Funcafé têm início

P1 / Ascom CNC
1º/07/2016



BALANÇO SEMANAL — 27/06 a 1º/07/2016


Repasses de recursos do Funcafé têm início; valor liberado a agentes chega a R$ 2,519 bilhões

FUNCAFÉ — Como resultado do trabalho de aproximação do Conselho Nacional do Café (CNC) junto ao Governo Federal, teve início, na última sexta-feira (24), por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2016. Até hoje, 1º de julho, 14 agentes financeiros contrataram R$ 2,519 bilhões (clique na tabela abaixo para ampliar), o que representa 54,38% do total de R$ 4,632 bilhões aprovados para a temporada cafeeira atual.

Do total solicitado pelas instituições, R$ 1,087 bilhão foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 548 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 408 milhões para Custeio; e R$ 476 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 236 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 121 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 119 milhões para o setor de Solúvel.



MERCADO — Os contratos futuros do café tiveram desempenho positivo no acumulado da semana nas bolsas internacionais, tendo bom comportamento após a decisão do referendo que indicou a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado “Brexit”.

A tendência foi gerada pela melhora do humor nos mercados como um todo e pela desvalorização do dólar frente a outras moedas. À espera de novos desdobramentos sobre a saída britânica da UE, soou positivo o crescimento de 1,1% do PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre, frente a uma previsão de 1%, o que elevou o otimismo, puxando os índices, como metais e petróleo, e pressionando a divisa norte-americana.

No Brasil, o dólar comercial também foi pressionado pelo discurso do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que defendeu câmbio flutuante, tripé macroeconômico e compromisso com a meta de inflação. Ontem, a moeda alcançou seu menor nível desde 21 de julho de 2015 (R$ 3,173), fechando a R$ 3,213, com perdas de 4,92% na semana. No mês, o recuo foi de 11,05%. No acumulado do semestre, a moeda caiu 18,61%, saindo de R$ 3,948 em 30 de dezembro de 2015.

Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4410 por libra-peso, com alta acumulada de 850 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão a US$ 1.717 por tonelada, com ganhos de US$ 48 em relação a sexta-feira passada.

No mercado físico nacional, os preços também se valorizaram, impulsionados pela baixa disponibilidade do produto e pela recuperação internacional. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para os cafés arábica e conilon foram cotados, na quinta-feira, a R$ 500,41 por saca e a R$ 399,25/saca, respectivamente, com variação de 2,60% e 1,73%.

Apesar do avanço, a instituição comunicou que a liquidez permanece baixa. A justificativa se dá pela queda do dólar frente ao real, que limita as valorizações internas, e porque a maioria dos produtores está reservando os grãos para o cumprimento de contratos com entregas já programadas.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

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sexta-feira, 24 de junho de 2016

CNC: Blairo Maggi confirma Departamento com estrutura para café





BALANÇO SEMANAL — 20 a 24/06/2016


Ministro Blairo Maggi confirma criação de Departamento que incluirá uma estrutura específica para o café dentro do Mapa


NOVO DEPARTAMENTO NO MAPA — Atendendo a uma solicitação conjunta do senador Ricardo Ferraço, do deputado Evair de Melo, secretário geral da Frente Parlamentar Mista do Café, e do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado Silas Brasileiro, na terça-feira, 21 de junho, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, recebeu-os juntamente com os deputados Paulo Foletto e Marcos Montes, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Natália Fernandes, coordenadora de Produção Agrícola da CNA, e Pedro Silveira, da Gerência Técnica e Econômica da OCB, para tratar de uma pauta positiva para a cafeicultura.

O principal item da audiência foi a criação de uma nova estrutura para a atividade cafeeira dentro do Mapa, haja vista a extinção do Departamento do Café, em 2015, durante a gestão da senadora Kátia Abreu, e os entraves burocráticos que o setor vivenciou desde então, em especial no que se refere à liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), aos trâmites junto à Organização Internacional do Café (OIC) e à implementação de uma política pública eficaz.

Conforme antecipado, em audiência realizada no dia 16 de maio com o presidente do CNC, o senador Ferraço, o presidente da Federação da Agricultura do Espírito Santo, Júlio Rocha, e com os deputados federais Evair de Melo, Bilac Pinto, Nilton Capixaba e Carlos Melles, o ministro da Agricultura cumpriu seu compromisso e comunicou que será criado o Departamento de Café, Florestas Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia no Mapa.

O CNC enaltece o posicionamento de Blairo Maggi, pois essa medida devolverá à cafeicultura uma estrutura própria, permitindo um melhor encaminhamento nas decisões políticas para o setor, além da retomada das reuniões do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e de seus Comitês, algo que sempre defendemos, uma vez que este é o principal fórum para o debate de propostas que possuímos, sendo composto pela representação do Governo Federal, do Congresso Nacional e de todos os elos da cadeia produtiva.

Também de acordo com a postura que teve na reunião do dia 16 de maio, o ministro da Agricultura reiterou que a indicação do nome do novo diretor do Departamento ficará a cargo do setor produtivo. Assim, o CNC alinhou posicionamentos com a União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA), a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Comissão Nacional do Café da CNA, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e a Frente Parlamentar da Agropecuária para a definição de um nome consensual, que será encaminhado ao Mapa.

FUNCAFÉ — Ao chegar à audiência, o deputado Carlos Melles deu sequência ao assunto referente aos recursos do Funcafé que vinha sendo debatido. O parlamentar reclamou que não chegam às mãos dos produtores e solicitou agilidade na liberação. Foi citado que o secretário de Política Agrícola, Neri Geller — conforme anunciado pelo CNC na semana passada (veja em http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=12298) —, já assinou os contratos que estavam travados no Mapa e os encaminhou aos agentes financeiros, que agora devem devolvê-los rubricados para que tenha início o encaminhamento do capital.

O setor produtor agradeceu os esforços do ministro e do secretário no sentido de agilizar a liberação dos recursos do Funcafé, principalmente por terem a sensibilidade que o cenário demanda a chegada do dinheiro o mais breve possível em função das condições climáticas adversas vividas pela cafeicultura, e, em especial, pela propositura da criação de um departamento que devolva à atividade cafeeira uma estrutura dentro do Ministério.

DEMANDAS FUTURAS — Ainda fazendo menção à pauta enviada pelo CNC, Blairo Maggi comunicou que os demais assuntos serão tratados em uma próxima audiência, quando já pretende contar com o novo diretor do Departamento de Café, Florestas Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia. Entre os itens apresentados pelo Conselho, constam (i) contribuição do Brasil à OIC; (ii) apoio à recondução do diretor executivo da Organização, Robério Silva; (iii) retomada da agenda de reuniões do CDPC e de seus Comitês; (iv) implantação do georreferenciamento no parque cafeeiro nacional; e (v) busca por um melhor cenário no que diz respeito às questões trabalhistas no País.

MERCADO — O comportamento dos futuros do arábica foi caracterizado por certa volatilidade nesta semana. Após acumular queda por três sessões consecutivas, o contrato C, negociado em Nova York, reverteu as perdas no pregão de ontem. O recuo do dólar e as especulações sobre o resultado do referendo para decidir sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia influenciaram esse movimento.

Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 3,445, com queda de 2,2% em relação ao fechamento da última sexta-feira. Esse é o menor valor dos últimos 11 meses, principalmente em função das expectativas positivas de que o Reino Unido permaneceria na União Europeia. No entanto, o resultado do referendo foi o oposto do esperado, abalando o mercado financeiro mundial com o crescimento da aversão ao risco.

Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,429 por libra-peso, com alta acumulada de apenas 5 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão a US$ 1.718 por tonelada, com ganhos de US$ 44 em relação a sexta-feira passada.

No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 496,64/saca e a R$ 395,26/saca, respectivamente, com variação de 0,8% e 1,4% em relação ao desempenho da semana antecedente. O volume de negócios foi fraco devido à valorização do real, que anulou parte dos ganhos externos, e à fraca oferta de lotes da temporada atual.

O receio quanto às condições climáticas têm incentivado os produtores a retraírem a oferta. De acordo com a Climatempo, o clima mais seco retorna a partir da próxima semana. Há probabilidade de chuvas de volumes pouco significativos (inferiores a 30 mm) nas semanas subsequentes.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo


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