RELOGIO

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Chuvas no Sul de Minas beneficiam lavouras de café, mas o enchimentos de grãos ainda é irregular e pode atrapalhar colheita em 2016


As chuvas que atingiram o sul de Minas em novembro e estão se estendendo para dezembro tem beneficiado as lavouras de café na região. No mês passado o acumulado foi de 290 mm, ficando acima do esperado pelos produtores.
Apesar do período de estiagem, as chuvas no final deste ano estão ajudado na recuperação do crescimento vegetativo das plantas, que trará reflexo para a safra 2017/18. De acordo com o produtor rural, Fernando Barbosa, é importante que as precipitações prossigam nos próximos meses para continuar garantindo um bom desenvolvimento das plantas, além de assegurar reserva de água caso tenhamos um período de estiagem no próximo ano.
"Há a necessidade sim de mais chuvas para que o solo venha a tenha uma quantidade ideal de água para que esse café mais a frente permaneça - caso ocorra uma seca em janeiro, como aconteceu em 2015 - em crescimento, sem prejudicar o pé do café", explica Barbosa.
Na safra 2016/2017 a preocupação é quanto o enchimento dos grãos, que ainda ocorrem de forma irregular e podem prejudicar o rendimento das lavouras. "O problema dos chumbinhos é que tivemos duas floras, sendo a primeira vinda de um período de estresse pela seca causando o abortamento de grãos. Na segunda floradas tivemos um pouco mais de chuvas, com isso o pegamento do chumbinho foi mais uniforme, por isso agora temos chumbinhos muito pequenos e outros maiores, que chamamos de duas fases", alerta o produtor.
No entanto se o clima for favorável no próximo ano, ainda existe a possibilidade de igualar essas diferentes fases do grão em uma única planta, considerando um período de estiagem entre fevereiro a março.
De modo geral, apesar das lavouras não expressarem todo o potencial produtivo, a expectativa dos produtores da região para a safra 2016/17 ainda é positiva, ficando com rendimentos próximos aos de 2015/16.
Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CNC - Balanço Semanal de 30/11 a 04/12/2015

P1 / Ascom CNC
04/12/2015


cnc

BALANÇO SEMANAL — 30/11 a 04/12/2015

— Entidades internacionais alinham ações com o objetivo de transformar o café no primeiro produto agrícola sustentável do mundo.

SUSTENTABILIDADE — Nesta semana, o representante do Conselho Nacional do Café (CNC) no Conselho da Associação 4C (Código Comum da Comunidade Cafeeira), Alexandre Vieira Costa Monteiro, da Cooxupé, informou que foi aprovado um novo modelo de governança da entidade, o qual deverá ser submetido à aprovação da Assembleia Geral, em março de 2015, em Adis Abeba, na Etiópia.

Segundo Monteiro, entre as alterações constam: (i) a taxa cobrada dos produtores-membros será reduzida em até 30% no exercício 2016, com o montante que será arrecadado servindo para o financiamento do secretariado da 4C nas questões administrativas e estratégicas; (ii) o Departamento de Verificação será desmembrado da Associação e terá atuação independente, sendo financiado pelos compradores finais, que pagarão US$ 3 por cada tonelada que adquirirem. Esta ação faz parte de uma adequação das exigências da ISEAL, a Associação das Certificações e Verificações, para aprimorar a credibilidade no processo; e (iii) promover parcerias público-privadas pré-competitivas com o objetivo de alinhar as ações de suporte aos produtores do mundo todo.

Em linha com o foco de promoção de parcerias público-privadas proposto pela nova governança da Associação, na segunda-feira, 30 de novembro, a Conservation International Foundation (CI), respeitada organização que, entre outros feitos, criou o programa C.A.F.E. Practices da Starbucks, a IDH Sustainable Trade Iniative (iniciativa de comércio sustentável com projetos em vários países e que, no Brasil, em parceria com a P&A Marketing, desenvolve o Programa Café Sustentável), a Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, na sigla em inglês) e a própria Associação 4C assinaram, em Paris, na França, por ocasião da COP 21, um memorando de entendimento que alinha as ações das entidades com o objetivo de tornar o café o primeiro produto agrícola sustentável no planeta.

O Conselho Nacional do Café entende que todas as ações e iniciativas voltadas ao tripé social-ambiental-econômico da sustentabilidade são muito válidas e devem ser levadas adiante. Nesse sentido, recordamos do trabalho de longa data que desenvolvemos junto à Organização Internacional do Café (OIC), divulgando a sustentabilidade dos Cafés do Brasil (o vídeo institucional pode ser assistido em https://youtu.be/CD-MBMdOEaw), e, agora, esperamos que esse novo cenário contribua com toda a cadeia cafeeira no mundo, em especial com os produtores, haja vista que não é possível se pensar em sustentabilidade sem que seja considerada uma justa remuneração aos cafeicultores.

LIBERAÇÕES DE RECURSOS DO FUNCAFÉ — De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as liberações de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2015, até o dia 27 de novembro, chegaram a R$ 2,863 bilhões, volume que representa 73,05% do montante contratado pelos agentes financeiros (R$ 3,919 bilhões).

Do total liberado, R$ 1,104 bilhão foram destinados à linha de Estocagem, R$ 753,2 milhões para Custeio, R$ 574,1 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e R$ 431,4 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 160,3 milhões para Torrefações, R$ 150,8 milhões para Cooperativas de Produção e R$ 120,3 milhões para Indústrias de Solúvel. A planilha com as liberações do Funcafé pode ser acessada no site do CNC:http://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=33.

MERCADO — O mercado futuro do café arábica recuperou as perdas registradas no início da semana, sendo influenciado pelo movimento do dólar comercial e por previsões de aperto na oferta mundial da commodity.

A divisa norte-americana foi cotada, ontem, a R$ 3,7488 com queda de 1,95% ante o fechamento da última sexta. O mercado regiu positivamente à redução da meta fiscal deste ano e aos novos desdobramentos da crise política nacional.
No tocante às condições climáticas que afetam o desenvolvimento da safra 2016 do Brasil, a Somar Meteorloggia prevê chuvas da ordem de 100 milímetros, até domingo, na Zona da Mata de Minas Gerais e no sul do Espírito Santo

O mercado também segue influenciado pelo aperto na oferta mundial do café. Após duas quebras de safra, os estoques do Brasil encerrarão o ciclo 2015/16 em um dos níveis mais baixos da história. O inverno no Hemisfério Norte, que estimula o consumo da bebida, também provocará redução dos estoques dos países importadores. Do lado da oferta, as exportações brasileiras tendem a arrefecer no início de 2016, acentuando o cenário de retração na disponibilidade mundial, conforme apontado pelo Rabobank nesta semana.

Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2485 por libra-peso, acumulando ganhos de 125 pontos frente ao fechamento da sexta-feira antecedente. Na ICE Futures Europe, o contrato futuro do café robusta com vencimento em janeiro/2016 encerrou o pregão a US$ 1.537 por tonelada, com alta de US$ 23 em relação ao final da semana anterior.
Já no mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 474,45/saca e a R$ 378,27/saca, respectivamente, com variação de 0,16% e 0,23% em relação ao fechamento da semana passada.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

CNC - Balanço Semanal de 23 a 27/11/2015

P1 / Ascom CNC
27/11/2015



BALANÇO SEMANAL — 23 a 27/11/2015

— CNC solicita audiências com ministros Miguel Rosseto e Patrus Ananias para debater trabalho escravo e drible governamental em decisão do STF.

TRABALHO ESCRAVO — O presidente executivo do CNC, deputado federal Silas Brasileiro, em reuniões realizadas na Frente Parlamentar da Agropecuária, ao longo das últimas semanas, fez considerações a respeito do trabalho escravo e demonstrou suas preocupações em relação à inexistência de critérios para a aferição do que, de fato, seja o labor sob essas condições ou análogo a esse conceito.

Ao elucidarmos que somos completamente contrários a qualquer tipo de trabalho com essas características, pois uma das maiores conquistas do homem contemporâneo foi a erradicação da mão de obra escrava no Brasil, um Estado democrático de direito, que tem como um de seus pilares o respeito às liberdades civis, recordamos que é preciso, em um primeiro momento, criar critérios para a aferição de trabalho escravo, de maneira justa e objetiva, nas propriedades e empresas brasileiras.

Esse posicionamento se justifica em função da arbitrariedade que permanece imperando na fiscalização trabalhista em todo o País, a qual pune injustamente produtores e empresários. Além disso, é válido salientar que a fiscalização promove um cadastramento de empregadores que tenham, supostamente, submetido seus funcionários a trabalho análogo ao de escravo e, a partir dessa lista, criadas sem critérios bem delineados, empresas e bancos públicos podem negar créditos, empréstimos e contratos a fazendeiros e empresários que sejam listados como responsáveis por manterem seus trabalhadores em condições análogas a de escravo, mesmo que o processo sequer tenha sido julgado.

No tocante a nossa representação do setor produtor da cafeicultura nacional, faz-se necessário destacar que não somos e jamais seremos contrários à penalização daquele que mantenha empregados sob condições análogas às de escravidão, afrontando, entre outros princípios, o da dignidade da pessoa humana, porém, há de se ressaltar que os procedimentos utilizados pela fiscalização dos órgãos federais, ao inserirem os nomes dos produtores rurais na conhecida “lista suja”, parecem-nos inadequados, subjetivos e fundamentados em avaliação pessoal, o que tem causado, injustamente, impacto negativo à imagem de empresas inseridas na referida lista, especialmente pelo fato de que as suas linhas de crédito têm sido imediatamente suspensas.

Em relação à cafeicultura, as nossas cooperativas, que são o motor da atividade produtiva no Brasil, estão entre as que mais têm sentido os reflexos dessa inscrição desordenada na “lista suja” e, em especial, entre os que mais injustamente são penalizados. Isso porque o fato de apenas um cooperado ser classificado pela fiscalização como culpado, incorre, por exemplo, na ameaça de suspensão ao crédito de todos os demais cooperados daquela instituição, gerando prejuízos e consequências, muitas vezes, irreversíveis, com implicações também na exportação, fato que exclui parcela significativa de receitas que poderiam ser geradas ao País.

Considerando o supracitado, o CNC sugere que se aprofundem os estudos e discussões sobre a Portaria Interministerial nº 02/2015 – que revoga a Portaria Interministerial nº 02/2011 e enuncia regras sobre o Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condição análoga à de escravo –, haja vista que esse foi um “drible” do Governo Federal, por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao “cancelar” a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5.209 do Supremo Tribunal Federal (STF), que atesta a inconstitucionalidade do chamado Cadastro de Empregadores por ferir os princípios da legalidade, proporcionalidade e presunção da inocência determinados na Constituição.

Os debates a respeito da matéria se fazem mais que necessários, pois, com esta ação governamental, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), obstinadamente, reinventaram o extinto cadastro por meio da Portaria Interministerial nº 02/2015, sendo este um ato claramente inconstitucional, conforme previamente declarado pela Suprema Corte.

DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEIS — Outro fator de extrema preocupação relacionado a essa matéria é a Instrução Normativa nº 83, de 30 de julho de 2015, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (IN 83/2015), que estabelece diretrizes básicas para as ações de obtenção de imóveis rurais para fins de assentamento de trabalhadores rurais e que interage com a MTE/SEDH nº 2/2015, que, em seu art. 3º inciso II demanda a incorporação de “imóveis pertencentes a produtores rurais, estes constantes no Cadastro de Empregadores que tenham mantido funcionários em condições análogas às de escravo, ao rol de propriedades que integrarão o programa de reforma agrária”.

O CNC tem relutância com essa configuração de um ambiente de ampla insegurança jurídica para os produtores rurais frente às arbitrariedades ideológicas que imperam na fiscalização trabalhista brasileira e menciona que tal cenário, caso não seja combatido, poderá ocasionar prejuízos irreversíveis especialmente no setor cafeeiro, que garante a sustentabilidade de nosso país, gera cerca de 8,4 milhões de empregos e movimenta a balança comercial com aproximadamente US$ 7 bilhões em exportação.

CONSIDERAÇÕES E AÇÕES — A decisão da Procuradoria-Geral da República em pedir a revogação da liminar do STF, alegando a necessidade de manutenção da lista suja do trabalho escravo como medida para atender aos compromissos internacionais firmados pelo País, causou surpresa ao setor agropecuário como um todo, bem como gera estranheza que o Governo assuma tais compromissos internacionais desconsiderando que algumas medidas podem ser usadas, de forma distorcida, a favor dos interesses comerciais de nossos concorrentes e em detrimento do setor produtivo nacional, que gera as bases para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

É preocupante conceder à fiscalização o poder de promover o cadastramento de empregadores que tenham, supostamente, submetido seus funcionários a trabalho análogo ao de escravo, em uma lista suja que será usada como argumento para restringir o acesso a mercados, haja vista que é sabido que arbitrariedades ideológicas existem na fiscalização trabalhista brasileira. Assim, sem a existência de critérios objetivos para a aferição de trabalho escravo, abre-se a possibilidade de punir injustamente produtores e empresários e prejudicar o acesso dos produtos do agronegócio brasileiro aos principais mercados consumidores do mundo.

O CNC explicita que o Código Penal Brasileiro caracteriza o trabalho análogo ao de escravo pelos seguintes elementos, que podem ser comprovados juntos ou isoladamente: (i) condições degradantes de trabalho, que coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador; (ii) jornada exaustiva, em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho; (iii) trabalho forçado, situação em que a pessoa é mantida no serviço através de fraudes, isolamento geográfico ou ameaça e violência; e (iv) servidão por dívida, situação em que a pessoa é forçada a contrair ilegalmente uma dívida que o obriga a trabalhar para pagá-la.

Por sua vez, os fiscais do trabalho avaliam a existência de trabalho escravo com base em dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e é nesse ponto que a insegurança jurídica emerge, haja vista que a CLT não faz referência a condições de trabalho análogas à escravidão, dificultando a defesa dos acusados e aumentando as chances de serem incluídos injustamente na lista suja. Isso porque os critérios de avaliação são subjetivos à análise do fiscal, que opina, conforme seus critérios pessoais, se há condições mínimas de higiene, segurança e saúde na propriedade.

Esse aspecto foi confirmado pelo chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) do MTE, Alexandre Lyra, em entrevista a BBC Brasil. "O Código Penal é uma referência para a gente, mas nossa competência é administrativo-trabalhista. A gente firma uma posição de que algo é trabalho análogo ao escravo com base na CLT e nos acordos que o Brasil ratificou. Pela lei, o auditor fiscal tem o dever de avaliar se há trabalho escravo”.

Preocupante também é o fato de a decisão do Governo Federal refletir seu desrespeito frente à decisão do STF, órgão de cúpula do Poder Judiciário do Brasil e guardião de nossa Carta Magna, o que cria um ambiente de ampla insegurança jurídica aos produtores rurais, agravado pela Instrução Normativa nº 83/2015 do INCRA.

Por considerar todo esse cenário de intranquilidade e insegurança e a urgência relacionada ao assunto, o presidente executivo do CNC tomou a decisão de solicitar o agendamento de audiências com os ministros de Estado do Trabalho e Emprego, Miguel Rosseto, e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, esperando ser atendido com a brevidade que o caso requer, para debater o assunto acerca da Portaria Interministerial nº 02/2015 e da IN nº 83 do INCRA no que diz respeito à cafeicultura, a fim de encontrar a melhor maneira de combater a prática de crime contra os trabalhadores e, simultaneamente, evitar punições injustas a produtores rurais do Brasil.

MERCADO — Nesta semana mais curta nos Estados Unidos, em função do feriado de Ação de Graças, os contratos futuros do café arábica registraram ganhos moderados na Bolsa de Nova York, impulsionados pela oferta global apertada, devido a uma safra menor no Brasil, aos fundos de investimentos excessivamente vendidos, sem muito espaço para adicionar novas posições, e, ainda, ao pequeno interesse de entrega no primeiro dia de notificação do contrato dezembro/15, na segunda-feira.

Outro fator que contribuiu para o suporte dos futuros do arábica na ICE Futures US foi a ausência de correlação desse mercado com o dólar, uma vez que a divisa norte-americana ascendeu frente às principais moedas, incluindo o real, o que sugere uma queda natural no mercado de commodities. No fechamento de quarta-feira (ontem a Bolsa não abriu por causa do Dia de Ação de Graças), o contrato com vencimento em março/2015 encerrou o pregão a US$ 1,2555 por libra-peso, acumulando alta de 115 pontos na comparação com o fechamento da semana passada.

No Brasil, o dólar comercial, registrou crescimento de 1,34% no acumulado desta semana, registrando a cotação de R$ 3,7465 no término dos negócios de ontem. O avanço da divisa norte-americana ocorreu em função dos sinais positivos da economia dos EUA e, internamente, devido ao cenário de turbulência política.

Os contratos futuros do café robusta, por sua vez, percorreram caminho inverso ao trilhado na Bolsa de Nova York, acumulando perdas no balanço semanal. A pressão baixista veio da elevação de estimativas de safra no Vietnã e, à medida que teve início o período de colheita no país asiático, do aumento das vendas vietnamitas. Ontem, o contrato com vencimento em janeiro/2015 fechou a US$ 1.518 por tonelada, com perdas semanais de US$ 54.

Do lado meteorológico, a Climatempo informa que, a partir de domingo (29), as chuvas deslocam-se mais para o norte do cinturão cafeeiro e, até o dia 3 de dezembro, "os maiores acumulados de chuva se concentram no norte mineiro", sendo esperados entre 70 e 100 mm, na região do Vale do Jequitinhonha. Por outro lado, no Sul de Minas Gerais, os acumulados não ultrapassarão os 10 mm.

No mercado físico, as cotações dos cafés arábica e conilon tiveram desempenhos divergentes, com o robusta alcançando seu novo recorde nominal na quinta-feira, enquanto o arábica recuou levemente. Apesar da elevação das cotações internacionais, os negócios permaneceram relativamente calmos, com algumas comercializações sendo aquecidas somente nos momentos internos de pico. Ontem, a variedade arábica foi cotada a R$ 475,69 por saca e a robusta a R$ 377,63/saca, com variações de -0,71% e 0,78%, respectivamente.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Região das Matas de Minas tem os melhores cafés do Estado

Produtores da região foram os vencedores do 12º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais


BELO HORIZONTE (26/11/2015) - Os cafés produzidos na região cafeeira conhecida como Matas de Minas foram os vencedores do 12º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. Os produtores João da Silva Neto e Clayton Monteiro receberam as maiores pontuações entre os finalistas das duas categorias concorrentes deste ano: Café Cereja Descascado e Café Natural.  A cerimônia de premiação aconteceu nesta quinta-feira, 26, em Manhuaçu, na Zona da Mata mineira. Participaram do evento o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz, e o presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil.

João da Silva é do município de Araponga. O café produzido por ele foi campeão estadual na categoria Cereja Descascado. “Esse prêmio é a coroação de um trabalho de seis anos que a gente tem feito, buscando sempre bons resultados”, disse o cafeicultor. A propriedade dele produz 500 sacas por ano. O produto é vendido para a região e também Itália e Japão. João da Silva também recebeu a medalha Sustentabilidade. Uma homenagem ao cafeicultor com o melhor café produzido seguindo os princípios sustentáveis.

Já o produtor Clayton Monteiro foi o vencedor estadual na categoria Café Natural. Esta é a segunda vez que ele vence o concurso. A primeira foi em 2012. “A nossa visibilidade aumenta bastante com as premiações. E isso resulta em um preço melhor para o nosso produto. É importante também os dois vencedores serem aqui da região, que antigamente era tida como café de qualidade inferior. Hoje, estamos provando que podemos fazer os melhores cafés”, afirma Monteiro. 

A propriedade de Clayton fica no Alto Caparaó. Por ano a propriedade dele produz em média 350 sacas de café. O produtor cultiva variedades, como Catuaí e Burbon. A produção é vendida na região e para cafeterias de outros Estados. Mas boa parte é exportada para Inglaterra, Alemanha, França, Austrália e Japão. Clayton também venceu outros prêmios, como o Coffee of the Year, em 2015, sendo reconhecido como o melhor café do Brasil.

Programa Certifica Minas

Os dois vencedores recebem orientação técnica da Emater-MG e participam do Certifica Minas Café. O programa estadual é coordenado pela Emater-MG e orienta os produtores para a adequação das propriedades às boas práticas agrícolas em todos os estágios da produção, atendendo também normas ambientais e trabalhistas reconhecidas internacionalmente. 

“Foi esse trabalho que me deu foco para a sustentabilidade. Nos deu padrão para o nosso trabalho para obtermos um produto de mais qualidade”, diz João da Silva.

O Concurso Estadual de Qualidade do Cafés de Minas Gerais também escolheu os três melhores cafés em cada uma das quatro regiões cafeeiras, nas categorias Natural e Cereja Descascado. Os vencedores receberam certificados e prêmios.

“O nosso café só vai ter mercado se tiver qualidade. Esse trabalho que a Emater-MG vem fazendo com os agricultores familiares tem um impacto enorme na cafeicultura mineira. O dia a dia da Emater-MG com o agricultor para melhorar o seu sistema de produção tem garantido mercado e renda para eles”, disse o presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil.

Etapas do concurso

A edição deste ano do Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais teve 1.300 amostras inscritas. Um crescimento de 26% em relação a 2014, que contou com 1.025 amostras. Participaram da disputa produtores das quatro regiões cafeeiras do Estado: Cerrado, Chapadas de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas.

Do total das inscrições deste ano, 1.014 são amostras da categoria Natural e 286 da categoria Cereja Descascado. A região do Cerrado inscreveu 126 amostras, 28 são da Chapada, 554 das Matas de Minas e 592 do Sul de Minas.
Os cafés foram avaliados em três etapas. 

Na primeira, foram feitas análises física e sensorial. Na avaliação física, foram observados o tipo dos grãos, a umidade e a coloração. Na sensorial foi feita a classificação das amostras de acordo com as qualidades da bebida pronta (classificação quanto ao sabor e aroma). Na segunda etapa, houve mais uma análise sensorial. Na terceira e última fase, foram realizadas novamente as análises física e sensorial.

Leilão Virtual

Entre os dias 10 e 20 de novembro aconteceu um leilão virtual, no site da Faepe,  com quatro lotes, sem identificação, dos vencedores do Concurso de Qualidade dos Café de Minas. Cada lote é formado por 10 sacas de 60Kg. O maior lance foi de R$ 2.970,00 a saca. Os cafés leiloados receberam nota acima de 84 pontos, de acordo com a tabela de classificação da Associação Brasileira de Cafés Especiais. As empresas que adquiriram os lotes são: Hotel Parque do Caparaó, Academia do Café, Luca Cafés Especiais, Ateliê do Café, Tudo da Roça e Sindicafé de Minas Gerais.

“Este ano o concurso foi diferenciado dos outros. Nós passamos por um período de dois anos de seca e isso prejudicou muito. Mesmo assim conseguimos achar cafés com qualidade excepcional”, diz o gerente regional da Emater-MG em Lavras e coordenador do concurso, Marcos Fabri.

O concurso é realizado pelo Governo de Minas Gerais. A coordenação é da Emater-MG, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), o Instituto Federal do Sul de Minas/Campus Machado e Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe) e Secretaria de Estado de Agricultura.

A realização do concurso também conta com o apoio de diversas instituições como o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg), Federação de Agricultura (Faemg), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaemg), e cooperativas de café do Sul do Estado. Mais informações sobre o concurso pelo telefone (35) 3821-0020, pelo e-mail uregi.lavras@emater.mg.gov.brou no site da www.emater.mg.gov.br.

Confira abaixo a lista com os vencedores: 

Campeões Estaduais

Categoria Cereja Descascado: João da Silva Neto
Município: Araponga
Categoria Natural: Clayton Monteiro
Município: Alto Caparaó

Medalha de Sustentabilidade
João da Silva Neto

Categoria Natural
Matas de Minas (também foi o campeão estadual) 
1º LUGAR: Clayton Monteiro
Município: Alto Caparaó
Sul de Minas 

1º LUGAR: Hélio de Castro Coelho
Município: Machado
Cerrado Mineiro

1º LUGAR: Wagner Crivelenti Ferrero
Município: Patos de Minas

Categoria Cereja Descascado

Matas de Minas
1º LUGAR: João da Silva Neto (também foi o campeão estadual)
Município: Araponga
Sul de Minas

1º LUGAR: Carlos Henrique Ribeiro do Valle
Município: Guaxupé
Cerrado Mineiro

1º LUGAR: Décio Bruxel
Município: Varjão de Minas
Chapadas

1º LUGAR: José Vilmar Rocha
Município: Capelinha

Assessoria de Comunicação - Emater-MG
Jornalista responsável: Sebastião Avelar
Tel: (31) 3349-8096 / 8132

E-mail: 
avelar@emater.mg.gov.br
www.emater.mg.gov.br
facebook.com/ematerminas
Crédito fotos café: arquivo Emater-MG


 Publicado em: 26/11/2015


Região das Matas de Minas tem os melhores cafés do Estado



Emater-MG

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Preço do café robusta do Brasil sobe devido a condições 'desastrosas' de safra

(Bloomberg) -- Os preços do café robusta do Brasil atingiram uma alta recorde depois que a seca limitou a produção doméstica neste ano e gerou um temor de que a produção encolha novamente em 2016.
O preço no estado do Espírito Santo, maior produtor de robusta do Brasil, subiu 0,9 por cento, para R$ 378,33 (US$ 102) por cada saca de 60 quilos, na quinta-feira, segundo o Cepea, braço de pesquisa da Universidade de São Paulo. É o nível mais elevado do registro, iniciado em 2001.
A situação nas principais áreas de cultivo de robusta do país é um "desastre", disse Ernesto Alvarez, CEO da trader Coex Coffee International Inc., com sede em Miami, em entrevista. A seca prolongada, principalmente no Espírito Santo e em algumas regiões dos estados da Bahia e de Minas Gerais, provavelmente reduzirá a safra que começa no segundo trimestre de 2016 em 30 por cento a 50 por cento, segundo a Coex, que citou três agrônomos da empresa que visitaram recentemente as principais áreas de cultivo.
Leia a notícia na íntegra no site UOL-Economia.
Fonte: UOL-Economia



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CNC - Balanço Semanal de 16 a 20/11/2015

P1 / Ascom CNC
20/11/2015


cnc


BALANÇO SEMANAL — 16 a 20/11/2015




— Setor se reúne para apresentação de indicadores econômicos e sugestões para a mitigação dos riscos na cafeicultura
.

Nesta semana, participamos do Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro 2015, evento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e que reuniu especialistas das entidades parceiras em um dia de palestras com apresentação de indicadores econômicos e coeficientes técnicos referentes às culturas de café, cana-de-açúcar, fruticultura, grãos, silvicultura, aves e suínos, pecuária de leite e corte, aquicultura e cereais, fibras e oleaginosas.

Em relação à cafeicultura, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) destacou que a cultura manual necessita de uma maior atenção das políticas públicas, em especial nas áreas de montanha, que compõem grande parte do parque cafeeiro nacional. Essa necessidade emerge do fato de os custos de produção serem mais elevados nessas áreas, que são as principais geradoras de emprego e que, por isso, os gastos com mão de obra representam até 60% das despesas totais. Consequentemente, a competitividade dessas áreas tem sido afetada pelos sucessivos aumentos do salário mínimo, os quais não são acompanhados pelos preços do café.

Ao longo do evento, expôs-se, ainda, um novo cenário relacionado à irrigação. Regiões, como o Sul de Minas Gerais, que antes a utilizavam apenas para mitigar os riscos de perdas na produtividade, atualmente tem nessa tecnologia algo imprescindível, o que nos demanda atenção para verificar se as temperaturas mais elevadas se perpetuarão e a irrigação se tornará uma constante nessas localidades, haja vista que esse também é um fator que poderá elevar os custos de produção.

Por fim, chegou-se a um cenário que apontou que a viabilidade da cafeicultura brasileira, em longo prazo, dar-se-á com base em três pilares: baixo custo de produção unitário, cultivo de cafés com qualidade superior e disponibilidade de mecanismos que reduzam riscos na comercialização  e na colheita.

O CNC entende que, como o preço do café é extremamente volátil, em função das muitas varáveis que afetam a formação do valor internacional do produto e da taxa de câmbio, é fundamental o uso de instrumentos financeiros já existentes, como as opções de venda e mercado futuro, para a mitigação desses riscos mercadológicos. No tocante à produção – e cientes que os cafeeiros são perenes, portanto, mais suscetíveis a adversidades climáticas –, anotamos que as temeridades podem ser reduzidas com seguros agrícolas bem estruturados e compatíveis com a realidade do setor.

MERCADO — Os indicadores técnicos foram os principais direcionadores do movimento das cotações futuras do café nos últimos dias. O mercado segue sem novidades, com os investidores acompanhando as condições climáticas nas principais origens brasileiras.

As previsões meteorológicas indicam continuidade das chuvas nas regiões Sudeste e Sul nos próximos dias. Segundo a Somar Meteorologia, neste final de semana os maiores volumes acumulados se concentrarão sobre Espírito Santo, Zona da Mata de Minas, centro-oeste de São Paulo e norte do Paraná. Apesar disso, especialistas já apontam que o potencial produtivo do parque cafeeiro nacional não será atingido em 2016, devido à predominância de calor e estiagem no início da primavera.

O dólar comercial foi cotado, ontem, a R$ 3,729 com queda de 2,7% ante o fechamento da última sexta. A sinalização do Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês) de que o aperto monetário será suave e gradual foi o principal fator que motivou essa tendência.

Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,2220 por libra-peso, acumulando ganhos de 640 pontos ante o fechamento da sexta-feira antecedente. O fim das rolagens de posição do vencimento dezembro/2015 para o março/2016 também auxiliou na valorização dos preços.

Os contratos futuros do café robusta com vencimento em janeiro/2016, negociados na ICE Futures Europe, encerraram o pregão a US$ 1.563 por tonelada, com alta de US$ 11 em relação ao final da semana anterior.

No mercado físico nacional, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 465,34/saca e a R$ 375,54/saca, respectivamente, com variação de -0,2% e 0,1% em relação ao fechamento da semana passada.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo 

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Preço do café poderia ter chegado a mil reais no mercado interno com adoção de política de regulagem das vendas, diz Sincal


OBJETIVOS DA SINCAL – NA DEFESA DOS CAFEICULTORES
Representamos a SINCAL que e uma entidade para a defesa dos cafeicultores. Somos no Brasil, por volta de, 320.000 cafeicultores sendo, 85% de pequenos e mini produtores, totalmente desamparados e, vivendo sob um regime de quase uma escravidão branca. Somos explorados ao extremo, pelo mercado nacional e internacional. Pagam preços aviltados mal cobrindo os custos de produção. O Brasil detém, atualmente 42% do mercado mundial de arábica e, não é capaz de impor uma  estratégia de comercialização séria e humana. Isso decorre dado à política imposta por um grupo de grandes empresas internacionais e mesmo nacional. Com essa participação do Mercado Mundial de Café / Arábica, precisamos ser os protagonistas e não coadjuvantes no mercado. O jogo de interesse é proposital. Por exemplo: em outubro de 2014 o café estava a Us$2,25/libra peso. Agora, outubro de 2015 em Us$1,22/libra peso.
Não ocorreram fatos para a queda dos preços. Os fatos que ocorreram nesse meio de tempo foram:
1 – Queda marcante da produção em 2014;
2 – Nova queda na produção em 2015;
3 – Ferrugem assolou as lavouras cafeeiras da Colômbia, países da America       Central e do Caribe;
4 – Aumento do consumo mundial;
5 – Baixa nos estoques internamente e, mesmo em  de NY, que caiu de 2,3 milhões de sacas para 1,9 milhões de sacas;
6 – Lavouras brasileiras, passando, novamente, por um período de seca, dentro do ano de 2015, onde até o momento choveu tão somente, por volta, de 900 mm, sendo que a média nas principais regiões cafeeiras está na faixa de 1400 a 1600 mm/ano;
Portanto, todos os fatores citados acima, levariam, consequentemente, ao aumento de preço do café, fatos esses, que não ocorreram. Estamos perdendo uma oportunidade impar de capitalizarmos o setor como um todo. A nossa política cafeeira, por amadorismo ou incompetência, e outras ações escusas é o grande responsável pelo prejuízo aos cafeicultores brasileiros e ao mesmo tempo aos demais 2.700.000 cafeicultores mundo afora.
Os preços deveriam subir ou manter Us$ 2,25/libra peso, estaria na faixa de R$1.160,00/saca em NY, o que representaria por volta de R$ 1.000,00/saca, no Brasil. Estamos vendendo em média a R$ 450,00/saca. Preço tabelado pelo mercado em detrimento ao sofrimento dos cafeicultores. Precisamos através da SINCAL (Associação Nacional dos sindicatos rurais das regiões produtoras de café e cafeicultores) melhorar a gestão comercial do nosso café, aumentando os preços e melhorar o IDH (índice de desenvolvimento humano) dos cafeicultores que vivem dentro das propriedades rurais, carpindo, colhendo e com as mãos calejadas e, praticamente não possuem ninguém com estratégias de mercado que os defendam. Além de melhorar o IDH dos cafeicultores também melhoraremos da população das regiões produtoras. A SINCAL, através de sua diretoria, com instinto de justiça, tem um projeto para vetar esse conluio provocado pelo comércio local e internacional com seguintes estratégias:
a) Melhorar a qualidade do café na boca do povo brasileiro. Nosso café, no mercado interno, tem excesso de café do gênero robusta, por volta de 60%, da composição do café torrado e torrado/moído. Esse excesso do robusta provoca maior amargor levando a população a usar mais açucar provocando obesidade, diabetes entre outros. Além disso, o excesso da cafeína, do robusta, também altera o bem estar dos consumidores de café. Dos 20 milhões de sacas/ano (20.000.000 de sacas) consumidos, segundo a indústria de torrefação, por volta de 12.000.000 de sacas é de café robusta, o restante é composto de PVA( preto, verde e ardido) que são resíduos da exportação. Além disso, para completar os 20 milhões de sacas colocam escolhas (idem resíduos), palha de café, cereais, e um pouquinho de café de segunda categoria completando a quantidade consumida no mercado interno. O PVA (preto , verde e ardido) são contaminados por fungos dos gêneros Fusarium, Aspergillus e Penicillium cujo desdobramento das micotoxinas ( mico vem de fungos) provocam a formação da OTA( ocratoxina ) que induz malefícios drásticos a saúde da população. Temos que rotular o café e constar o que tem dentro da embalagem. É um direito do consumidor escolher o que está comprando. Não podemos tolher esse direito. No Brasil tudo é rotulado, até a água e, consta toda a composição. Na embalagem só está escrito café torrado ou torrado e moído. É um absurdo e, ainda estamos prejudicando a saúde do povo brasileiro. O uso excessivo do robusta também tem que ser disciplinado pois, os produtores de robusta sofrem enormemente com a indústria brasileira de torrefação. Diminuindo a % de robusta, no café consumido internamente, abrirá o leque para outras modalidades para o café robusta em termos de exportação, e,  sairão das garras da indústria brasileira.
Frisamos a iniciativa positiva de algumas firmas e produtores que estão comercializando cafés gourmet mas, significando pouco em relação ao mercado total.
Para ocorrer o exposto, teremos que documentar e provar juntos a ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária), no Ministério da Saúde e Agricultura. Com essas ações retiraremos os resíduos, tão prejudiciais à saúde, disciplinaremos a quantidade de robusta e, melhorando a bebida aumentará o consumo interno. O desfecho final será a melhoria dos preços para os cafeicultores brasileiros, tanto de Arábica, como de Robusta.
b) Trabalhar, em Brasília, nos Ministério da Indústria e Comércio , no Ministério da Fazenda, no Ministério da Agricultura, com políticos e ONG´s visando melhorar os níveis dos preços de exportação para o dobro do preço, conforme já exposto. Nos atuais parâmetros de exportação estamos jogando pelo ralo da incompetência e, talvez por ações ESCUSAS provocadas pelo lobby de grandes grupos, por volta de R$ 15 - 17.000.000.000,00/ano, pois, exportamos ao redor de 35.000.000 de sacas, perdendo R$500,00/saca (café verde, arábica, robusta e solúvel). Esse montante equivale a Us$ 4 - 5 bilhões de dólares / ano. Numa simples perspectiva, em dez anos perderemos US$ 45 bilhões e se somarmos com os 10 anos passados, numa retrospectiva, estamos chegando a uma cifra em torno de 90 - 100 bilhões de US$ em 20 anos. Esse dinheiro está vazando e colocando os cafeicultores numa verdadeira penúria. Aqui, sem dúvida, tem o lobby e como citamos duas vezes anteriormente, fatores ESCUSOS.
Esses dados citados são designados em “ordem de grandeza”. Não fizemos , logicamente nenhuma analise detalhada dos números expostos, mas, representam um direcionamento dos fatos.
c) Fazer palestras e simpósios regionais para esclarecer os cafeicultores dos fatos correntes,
d) Ter uma verba para levarmos tudo isso para a imprensa falada e escrita,
e) Trabalhar junto às entidades acima citadas para não cairmos num processo na OMC (Organização Mundial do Comércio) mostrando que o Brasil está fazendo dumping prejudicando, não só os cafeicultores brasileiros, como os demais 2.700.000 cafeicultores (cerca de) dos demais países produtores, que a na maioria vivem numa pobreza muito triste e desumana e , o Brasil é o responsável por essa situação de dumping derrubando os preços internacionais de café.
Ainda nos restam muito outros fatos para resolvermos. Mas, citamos os cruciais. Não concordamos e, não poderemos deixar nossos cafeicultores sob o domínio de um afronto econômico.
Senhores, estou fazendo esse trabalho por iniciativa própria, sem receber nenhuma recompensa financeira, mas, por uma questão patriótica e humanitária.
A MELHORIA DO PREÇO DO CAFÉ, ALÉM DE MELHORAR A SITUAÇÃO DOS CAFEICULTORES, TAMBÉM MELHORARÁ O NÍVEL TECNOLOGICO COM A UTILIZAÇÃO DE QUANTIDADES IDEAIS DE INSUMOS: ADUBO, ESTERCO, CALCARIO, TURFA, DEFENSIVOS, MÁQUINAS ENTRE TANTOS OUTROS.
Somando o acima exposto, também estaremos melhorando, a qualidade de vida com a devida remuneração aos nossos trabalhadores rurais que juntamente aos produtores, são os principais elos do setor produtivo.


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