RELOGIO

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Especial Café: Ano foi marcado pela seca intensa nos cafezais, quebra na produção e preços médios abaixo do ideal

Notícias Agrícolas - Seja o porta-voz de si mesmo!
Para 2015, além de ser uma ano de ciclo baixo, a quebra na produção pode ser maior que o esperado em função do crescimento vegetativo irregular e incertezas em relação ao pegamento dos frutos.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

NOVA DIRETORIA FAEMG



Presidente

Roberto Simões – (Paraopeba)

Vice-Presidentes

Afonso Luiz Bretas – (Governador Valadares)
Alberto Adhemar do Valle Júnior– (Araxá)
Délio Prado Lopes – (Buritis)
Domingos Frederico Neto – (Juiz de Fora)
Eduardo de Carvalho Pena – (Lavras)
José Éder Leite – (Pitangui)
Leonardo dos Reis Medeiros – (Passos)
Lino da Costa e Silva – (Manhuaçu)
Políbio Esteves Guedes Júnior – (Itambacuri)
 Renato José Laguardia de Oliveira – (Barbacena)
Ricardo Quadros Laughton – (Montes Claros)
 Rivaldo Machado Borges Júnior – (Uberaba)
Salviano Junqueira Ferraz Júnior – (Leopoldina)
 Thiago Soares Fonseca – (Uberlândia)
Weber Bernardes de Andrade – (Nova Ponte)

Diretores Secretários

Primeiro Secretário: Rodrigo Sant’Anna Alvim – (Volta Grande)
Segundo Secretário: Antônio Pitangui de Salvo – (Curvelo)

Diretores Tesoureiros

 Primeiro Tesoureiro: Breno Pereira de Mesquita – (Santa Rita do Sapucaí)
Segundo Tesoureiro: Jerônimo Giacchetta – (Cabo Verde)

Suplentes da Diretoria

Antônio Carlos Barbosa Álvares – (Pompéu)
Denise Cássia Garcia – (Campo Belo)
 Hermógenes Vicente Ribeiro – (Sacramento)
Isaac Malta Júnior – (Manhumirim)
Mário Guilherme Perocco Ribeiro do Valle – (Guaxupé)
Carlos Pereira Mota – (Conceição do Rio Verde)
José Aparecido Mendes Santos – (Janaúba)
José Eduardo Nunes de Souza – (Alterosa)
Elisiário Clemente Guimarães – (Lima Duarte)
Carlos Henrique Rezende de Lacerda – (Lagoa da Prata)
Domingos Inácio Salgado – (Cássia)
José Januário Carneiro Neto – (Ubá)
Francisco Eugênio Ribeiro – (Baependi)
Lindolfo Marques dos Santos – (Ituiutaba)
José Otoni Alves Campos – (Araçuaí)
Silvio Matheus de Araújo – (Coroaci)
Antônio Jerfesson Soares Gonçalves – (Jacinto)
Romeu Andrade Mendes Filho – (Campanha)
Edivaldo Pádua de Lima – (Iturama)
Marcelo Luiz Silva Oliveira – (São João del-Rei)

Conselho Fiscal

Geraldo Ferreira Porto – (João Pinheiro)
Jadir Maurício Lanza Rabelo – (Sete Lagoas)
José Alfredo Quintão Furtado – (Rio Pomba)

Suplentes do Conselho Fiscal

Carlos Eugênio Lana – (Conselheiro Lafaiete) 
Roberto de Castro Teixeira – (Serro)
Sebastião Luiz Esperança – (Pavão)

FAEMG

Emplacamento de máquinas agrícolas é adiado por dois anos

MAPA



O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu, nesta quinta-feira (18), prorrogar por dois anos o prazo de emplacamento de máquinas agrícolas.  Com a decisão, os tratores e outros equipamentos deverão estar emplacados para transitar em vias públicas a partir de 1º de janeiro de 2017.
 
Segundo o Contran, o objetivo do adiamento é permitir a adequação do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan) e dos sistemas estaduais para receberem as novas informações.
 
A resolução 513, publicada do Diário Oficial de União (DOU) desta sexta-feira, 19, altera as resoluções 429 e 447, que estipulavam o dia 31 de dezembro de 2014 como limite para que os proprietários de máquinas agrícolas emplacassem os veículos.

FAEMG

sábado, 20 de dezembro de 2014

CNC: Balanço Semanal - 15 a 19/12/2014


BALANÇO SEMANAL — 15 a 19/12/2014

— CNC contrata Fundação Procafé para realizar levantamento da safra 2015.

SAFRA 2015 —
 Mantendo a postura de não dar credibilidade a especulações infundadas em relação ao tamanho de nossas colheitas cafeeiras, bem como a de ter atitude coerente a de um representante setorial, o Conselho Nacional do Café comunica que contratou, junto à conceituada Fundação Procafé, um levantamento sobre a safra brasileira 2015, o qual entendemos que contribuirá para os trabalhos que serão realizados também pelo Governo Federal.

Neste mês de dezembro, a instituição de pesquisa está realizando a seleção de técnicos que, a partir de janeiro, irão a campo analisar a real situação das lavouras cafeeiras e observar qual foi o pegamento das floradas, a quantidade de chumbinhos e, principalmente, o montante que vingou frutos e qual o seu desenvolvimento. O estudo está previsto para ser concluído em fevereiro.

Como frisamos em nossos boletins anteriores, uma melhor apuração do impacto climático na safra 2015 poderia ser observado somente a partir de janeiro, exatamente o período em que os profissionais de pesquisa realizarão os trabalhos de campo e em uma fase na qual a frutificação resultante das florações já estará bem definida.

A Procafé realizará o levantamento nas principais áreas do cinturão produtor do Brasil, envolvendo os Estados de Minas Gerais (regiões Sul, Oeste, Triângulo, Alto Paranaíba, Noroeste, Zona da Mata, Jequitinhonha e Norte), Espírito Santo (áreas de arábica e conilon), Bahia (áreas de arábica e conilon), São Paulo (região Mogiana e demais) e Paraná (dados serão obtidos juntos ao Departamento de Economia Rural do Estado).

O CNC informa que o objetivo desse estudo é se chegar o mais próximo à realidade da produção nacional para, aliado às informações sobre estoques, consumo e projeções de exportações, a cadeia do agronegócio café elaborar políticas estratégicas e estruturantes ao setor, possibilitando que todos os elos tenham rentabilidade e sustentabilidade, de maneira que não se puna o consumidor, com preços altos, tampouco o cafeicultor, com preços aviltados e abaixo dos custos de produção.

MERCADO — O mercado do café arábica apresentou grande volatilidade nesta semana, sendo influenciado pelo comportamento do câmbio e pelas especulações a respeito do volume que o Brasil colherá na próxima temporada.

A continuidade das chuvas sobre as regiões produtoras brasileiras tem estimulado uma multiplicidade de estimativas precoces sobre a safra 2015/16, que impulsionam a volatilidade dos preços. Além disso, a piora do cenário macroeconômico internacional resultou em pressão sobre as cotações do café no início desta semana.
A crise na economia da Rússia contaminou os mercados, elevando a percepção de risco dos investidores que buscaram refúgio nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. A queda dos preços do petróleo, que demonstra fraqueza da economia global, as eleições na Grécia e as expectativas de aumento da taxa de juros norte-americana, apesar da sinalização contrária de sua autoridade monetária, também geram nervosismo. Com isso, o dólar voltou a fortalecer-se ante as principais moedas dos países exportadores decommodities, principalmente até a quarta-feira.

Na terça, o dólar comercial foi cotado a R$ 2,7355 no Brasil. Já, ontem, com a redução da apreensão dos investidores quanto ao cenário externo, a divisa norte-americana encerrou o pregão a R$ 2,6550, acumulando alta de 0,2% desde o final da semana passada. A desvalorização do real contribui para a depreciação das cotações internacionais do café, pois gera perspectiva de aumento dos volumes exportados.
Na ICE Futures US, os fundos de investimento continuam liquidando suas posições compradas no mercado futuro de café arábica. De acordo com o relatório semanal da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), o saldo líquido comprado desses fundos caiu para 23.707 lotes no dia 9 de dezembro, ante os 31.217 lotes da semana anterior.

Diante dessa conjuntura, o vencimento março do Contrato C, negociado na bolsa de Nova York, variou significativamente. Na quarta-feira, foi cotado a US$ 1,7185, valor mais baixo dos últimos cinco meses. Porém, ontem, apresentou recuperação, encerrando a sessão, a US$ 1,7435 por libra-peso, praticamente no mesmo patamar do final da semana antecedente.

Já na ICE Futures Europe, o vencimento março/2015 dos futuros do café robusta encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1.942 por tonelada, com perdas de US$ 32 desde o encerramento dos negócios na semana antecedente.

Quanto ao mercado físico brasileiro, as constantes oscilações de preços continuam limitando o volume de negócios. Ontem, os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 458,60/saca e a R$ 276,59/saca, respectivamente, com variação de 1,3% e 0,9% no acumulado da semana.

RECESSO DE FIM DE ANO — O Conselho Nacional do Café comunica, ainda, que este será o último boletim semanal a ser distribuído em 2014. A sede do CNC, em Brasília (DF), permanecerá ativa nesse período de final de ano, porém nossas assessorias técnica e de comunicação estarão em recesso entre 23 de dezembro e 5 de janeiro de 2015, dia em que retomam as atividades normalmente.

Aproveitamos o ensejo para agradecer aos conselheiros diretores e associados por possibilitarem que desenvolvêssemos um trabalho consistente, coeso, profissional e pró-ativo a favor da cafeicultura brasileira, nossas cooperativas e parceiros, como os deputados e senadores do Congresso Nacional, os sindicatos de produtores e, com merecido destaque, a Comissão Nacional do Café da CNA e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com as quais consolidamos ainda mais nossos laços e pudemos conquistar resultados significativos para o café, que apresentaremos no Relatório Anual de Gestão, em janeiro de 2015.

Ao Governo Federal, agradecemos pela acolhida, pelas audiências e, principalmente, pelos debates, sem os quais não conseguiríamos encontrar caminhos possíveis para a atividade cafeeira. Por fim, deixamos um agradecimento especial a nossos amigos da imprensa, com os quais mantivemos um relacionamento excelente e através dos quais pudemos levar nossos posicionamentos a todos os cantos do Brasil, contribuindo para uma melhor informação dos produtores, razão de nosso existir.

Muito obrigado a todos pelo companheirismo e pelo profissionalismo com os quais nossa lida foi realizada em 2014. Aguardamos que, em 2015, todo esse conceito positivo aumente entre nós e que possamos ter, de fato, um ano vindouro promissor em nossas vidas.


Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Apesar de uma safra de café menor em 2014, Brasil bate recorde de exportação e gera dúvidas sobre real tamanho da oferta entre os participantes do mercado


Notícias Agrícolas - Seja o porta-voz de si mesmo!

Nova diretoria da CNA, presidida pela senadora Kátia Abreu, é empossada



Cerimônia de Posse da Diretoria e Conselho Fiscal da CNA para o triênio 2014 – 2017/ Crédito: Gustavo Fröner
Empossada nesta segunda-feira para um novo mandato à frente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu destacou os avanços do setor agropecuário, hoje responsável por 23,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e lembrou que o país tem peso no cenário econômico internacional. “Apesar das dificuldades da hora presente, o Brasil está entre as 10 maiores economias do planeta”, afirmou em seu discurso.
A solenidade de posse da nova diretoria eleita para o período de 2014 a 2017 contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, além de autoridades do Judiciário, governadores, presidentes de federações de agricultura e pecuária dos estados, de sindicatos rurais, e de empresas do agronegócio.
À plateia que lotou o auditório da sede da Confederação em Brasília, a presidente da CNA lembrou que manter a posição de destaque do Brasil e do agro exige investimentos em infraestrutura, garantias de segurança jurídica e superação de velhos paradigmas que alimentam a ação predatória de grupos ideológicos, à direita e à esquerda. “Esses grupos desservem o interesse geral. Agem como os que hoje, de forma desrespeitosa e à margem da lei, invadiram o prédio da CNA. Não veem a árvore, nem a floresta”, afirmou.
Falando dos avanços da agropecuária, a senadora Kátia Abreu ressaltou a importância da interlocução estabelecida com o governo federal e da parceria da CNA com o Congresso Nacional em torno de projetos de interesse do setor. E agradeceu à presidente Dilma Rousseff por ter sido “a primeira chefe de governo a se dispor a entender e atender a agenda do agronegócio, para além dos condicionamentos político-partidários”.
Também enalteceu o papel do Congresso Nacional que, com o apoio do governo, aprovou o novo Código Florestal em 2012, após 15 anos de discussão, e a nova Lei dos Portos, que vai facilitar, entre outros pontos, os investimentos de capital privado em infraestrutura portuária.
Ao citar as obras de infraestrutura para o escoamento da produção agropecuária brasileira, destacou as iniciativas que estão sendo tomadas para viabilizar o transporte de cargas por meio das hidrovias. E brincou com a presidente Dilma Rousseff, relatando que ouviu “de uma pessoa muito importante aqui presente” que nos próximos quatro anos será a vez das hidrovias. O transporte por este modal é considerado fundamental para o escoamento da safra de grãos produzida acima do Paralelo 16, que corta o Centro-Oeste. Com o embarque das cargas pelos portos do Norte e Nordeste, será possível encurtar em até cinco dias o trajeto até à União Europeia e à China, principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro.
Indagada pelos jornalistas sobre a importância da presença da presidente da República na cerimônia de posse da nova diretoria da CNA, a senadora Kátia Abreu deixou claro que o setor não está atrás de benesses e nem de proteção do Estado. “Nós só queremos as condições e os mecanismos para continuar crescendo. Queremos apenas levar aos governos os interesses que são do país. O que for bom para o Brasil é bom para o agronegócio”, finalizou.
Conheça a nova Diretoria para o triênio 2014 - 2017:
Presidente – Kátia Regina de Abreu
1º Vice-Presidente -  João Martins da Silva Júnior
Vice-Presidente de Finanças – Eduardo Correa Riedel
Vice-Presidente Executivo – Roberto Simões
Vice-Presidente Secretário – José Zeferino Pedrozo
Vice-Presidente Diretor – Assuero Doca Veronez
Vice-Presidente Diretor – Carlos Rivaci Sperotto
Vice-Presidente Diretor – José Mário Schreiner
Vice-Presidente Diretor – Júlio da Silva Rocha Júnior
Vice-Presidente Diretor – Mário Antônio Pereira Borba

Conheça Conselho Fiscal da CNA para o triênio 2014 - 2017:
Efetivos
Álvaro Arthur Lopes de Almeida
Renato Simplício Lopes
Raimundo Coelho de Souza

Suplentes
José Álvares Vieira
Luiz Iraçú Guimarães Colares
Eduardo Silveira Sobral (In memoriam)

Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br
Leia a íntegra do discurso de posse da Presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu, para o triênio 2014/2017:
Senhoras e senhores,
É com muita alegria que, diante de tão ilustre plateia, recebo esta honrosa reinvestidura no cargo de presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Agradeço, antes de qualquer outra coisa, a confiança mais uma vez depositada em mim pela maioria das federações de produtores rurais – extensiva aos que me acompanham nesta jornada, desde minha eleição anterior a esta presidência.
Essa confiança atesta o acerto de nossa administração, que procurou – e continuará procurando - agir em sintonia com os anseios e expectativas do setor, ouvindo-o e buscando interlocução construtiva com o Estado brasileiro, de modo a torná-lo parceiro de uma causa comum: o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Esse objetivo está acima, muito acima, de facciosismos ou de querelas partidárias.
Há momentos na história de um país em que os desafios são de tal envergadura que, assumidos ou negligenciados, irão determinar o destino não de só uma, mas de sucessivas gerações.
O Brasil vive tal momento. Há pelo menos duas décadas, galga patamares expressivos de desenvolvimento que o colocam diante de questões que não se resolvem ou se compreendem pela bitola estreita das ideologias.
Somos hoje um país com peso internacional, que, apesar das dificuldades da hora presente, está entre as dez maiores economias do planeta. Isso exige, entre outras providências, investimentos em infraestrutura, garantias de segurança jurídica e superação de velhos paradigmas, que alimentam a ação predatória de grupos ideológicos, à direita e à esquerda, que desservem o interesse geral. Agem como os que hoje, de forma desrespeitosa e à margem da lei, invadiram este prédio. Não veem a árvore, nem a floresta.
Somos o segundo exportador mundial de alimentos, mas, até os anos 70 do século passado, importávamos alimentos e nem sequer cogitávamos de um dia integrar o rol dos maiores exportadores do planeta. A partir daquela década, começou a virada, com políticas de modernização e investimentos em tecnologia e qualificação de mão de obra.
Essa graduação fez com que o alimento, que pesava no orçamento do brasileiro quase 40%, passasse a representar pouco mais de 18%. Em qualquer país comprometido com o seu futuro, tal performance colocaria o setor responsável como prioridade na agenda política. Mas isso só começou a ocorrer recentemente – e a atuação da CNA, sobretudo sua interlocução com o Estado e a sociedade, foi fundamental para que tal transformação ocorresse.
O sucesso não se improvisa. É fruto do trabalho, da confiança no que se faz. E nós confiamos no nosso trabalho e não discriminamos pessoas – defendemos as boas ideias, que estão em toda parte. Nosso primeiro desafio político foi mudar a imagem do produtor rural, visto e exposto por adversários ideológicos como retrógado e truculento, não obstante responsável pelo setor de ponta da economia, que mais contribui para a redução da pobreza e a geração de emprego e renda no país.
A agropecuária foi o segmento da economia brasileira que mais ampliou a geração de empregos entre janeiro e outubro deste ano. Enquanto o nível geral de emprego cresceu 2,24% nesse período, no setor agropecuário o aumento foi de 6,02% - quase o triplo dos demais setores. E não foi só.
O crescimento do PIB do agronegócio superou, em 2014, em quase dez vezes a projeção do FMI. Foi de 3,8%, confirmando nossa importância para o PIB do país. Fechamos 2014 com uma participação de 23,3%.
Tudo isso me dá a convicção de que estamos no caminho certo. Precisamos, cada vez mais, enaltecer as virtudes da livre iniciativa, da liberdade econômica e do respeito à propriedade e ao lucro.
Sras. e Srs., sei que a hora não é de falar sobre o passado. Também não quero transformar essas palavras em um enfadonho relatório de gestão dos últimos 6 anos. Mas há temas que preciso mencionar, pois representam importantes conquistas para a CNA e para o nosso setor. E desde já, reconheço que parte dessas conquistas se tornou realidade por meio de produtivas parcerias entre o Sistema CNA e o Governo, com o decisivo apoio do Congresso Nacional.
Por isso, agradeço à Sra., Presidente Dilma Roussef, que nos permitiu um diálogo pragmático com seu Governo, e aos meus colegas parlamentares, em nome do Senador Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional.
Nesse período, a CNA cresceu. Criamos, ainda em 2009, o Instituto CNA, com o objetivo de desenvolver, junto com a Academia e com as empresas do setor, estudos, projetos e indicadores para o Agro brasileiro. O ICNA monitora as desproteções sociais e a insegurança jurídica no campo. Estimou, por meio de dois estudos inéditos, a necessidade de investimentos em estradas vicinais e em habitações rurais em todo o Brasil. No estudo Escolas Esquecidas, estabeleceu parâmetros para apontar a baixa qualidade de escolas municipais a que meninos e meninas do campo têm acesso. São estudos que buscam mostrar a necessidade de investimento para reduzir as assimetrias de qualidade de vida entre os brasileiros das cidades e os brasileiros que vivem nas áreas rurais.
Nesta Confederação, iniciamos o Projeto Biomas, uma linda parceria entre CNA e Embrapa, com o apoio de empresas do agro e do SEBRAE. São 6 vitrines tecnológicas, uma em cada um dos nossos biomas, onde mais de 350 pesquisadores de 71 instituições de pesquisa, vem desenvolvendo mais de 100 estudos simultaneamente. Os produtores rurais vão ter a disposição todos os resultados, para aprender a produzir sempre de forma sustentável.
Também é importante mencionar a parceria entre CNA e Ministério da Agricultura, que deu origem a nossa Plataforma de Gestão Agropecuária – a PGA. Foram, até agora, investidos cerca de 11 milhões de reais dos produtores rurais brasileiros para construir aquela que é a maior ferramenta desse gênero no mundo. Já hospeda informações de todos os rebanhos do país e caminha para receber informações também dos produtos vegetais. Vai garantir rastreabilidade, transparência e segurança para os consumidores dos nossos produtos no Brasil e no resto do mundo.
De 2009 a 2014, a CNA desenvolveu uma estratégia de inserção internacional do agronegócio brasileiro, de modo a garantir aumento da renda dos produtores. Parte fundamental dessa estratégia foi a criação da Superintendência de Relações Internacionais e dos escritórios de representação no exterior.
Somos, hoje, protagonistas do setor em temas internacionais. Temos escritórios em nossos principais mercados: China e União Europeia. Essas representações fazem o acompanhamento diário das tendências políticas e econômicas que possam impactar o agronegócio brasileiro.
Criamos os observatórios das políticas agrícolas da União Europeia e dos Estados Unidos – e também do impacto da perda do sistema geral de preferências tarifárias (SGP).
Após o relançamento das negociações comerciais Mercosul-União Europeia, em 2010, a CNA acompanhou ativamente as negociações e participou da construção do posicionamento do setor junto ao governo brasileiro.
Lideramos a participação do agronegócio no diálogo entre o governo e o setor privado sobre negociações multilaterais da Organização Mundial do Comércio. E monitoramos toda a expansão da rede de acordos comerciais dos nossos principais parceiros.
Nesses anos à frente do SENAR, demos um novo rumo às ações de promoção social. Demos mais atenção para as mulheres do campo, por meio de ações especificamente direcionadas a elas. O programa Útero é Vida, de prevenção do câncer de colo de útero, realizou 104 mil atendimentos desde 2009, e o Com Licença Vou a Luta foi criado para capacitá-las em princípios básicos de gestão, permitindo que participem da administração das propriedades.
Ampliamos os horizontes dos jovens e adultos com os programas Inclusão Digital Rural e Empreendedor Rural. Somente com os nossos Programas Nacionais, atendemos mais de 520 mil pessoas.
Somados os cursos de formação profissional, ações de promoção social e programas regionais, foram mais de 24 milhões de atendimentos nos últimos 6 anos.
Mas não posso, ao mencionar as ações do SENAR, deixar de citar o PRONATEC. Com recursos do Ministério da Educação do seu governo, Sra. Presidente – e foram mais de 165 milhões de reais desde 2012 –, com execução das Administrações Regionais do SENAR de todos os estados, ajudamos a mudar a vida de mais de 75 mil jovens Brasil afora.
Na política agrícola, também conseguimos muitos avanços. A criação da Agência Nacional de Assistência Técnica, a consolidação do Programa ABC e do Inova Agro, que vão levar mais tecnologia para os pequenos e médios produtores. Tudo com o indispensável suporte de Planos de Safra e linhas de crédito com volumes de recursos crescentes e juros diferenciados, entre as quais destaco as destinadas ao seguro rural, ao PSI, à construção de armazéns e à irrigação.
Como disse, a CNA cresceu. Mas também se fortaleceu. Melhoramos a nossa capacidade de comunicação. Somos hoje uma rede de quase 2 mil smart fones entre CNA, federações e sindicatos rurais em cada canto do Brasil. Nossas mensagens chegam rapidamente à ponta do Sistema.
Somos ouvidos e citados. Passamos a ser fonte para a imprensa, ocupando significativo espaço nos principais veículos nacionais. Desde 2009, entre TVs, rádios e mídia impressa, computamos quase 1,5 bilhão de reais em mídia espontânea. É a voz e as ideias dos produtores rurais levadas a toda a sociedade.
Tudo isso, que é apenas uma síntese do que temos feito, explica uma parte da performance continuada do setor. E o resultado é que, de uma hora para outra, passamos a ser reconhecidos, cortejados por políticos e partidos. Algo mudou - e a presidente da República, Dilma Roussef, tem muito a ver com isso.
Foi a primeira chefe de governo a se dispor a atender a agenda do agronegócio, para além dos condicionamentos político-partidários.
Apoiou o Código Florestal, compreendeu a importância das obras de infraestrutura para o escoamento da produção, soube enfrentar as resistências político-ideológicas em sua base e apoiou a concessão da exploração privada dos portos.
Se muito foi feito – e efetivamente foi -, muito ainda temos a fazer. Os desafios não cessam – e essa é a dinâmica da vida. Crescimento dá trabalho.
As dificuldades do setor sucroalcooleiro e a adequação dos instrumentos da política agrícola para o norte e o nordeste são pautas importantes que ainda estão sobre a mesa.
A infraestrutura e a logística continuam sendo os nossos principais gargalos. Apesar de avanços pontuais, o cenário continua problemático para investidores e usuários do sistema. Os investimentos públicos nas últimas décadas ainda não ajustaram a oferta às demandas e às projeções de médio e longo prazos.
Já há mudanças animadoras, que precisam prosseguir. O Governo anunciou que deverá licitar em 2015 trechos relevantes com o objetivo de reduzir os gargalos logísticos que dificultam o escoamento da produção de grãos em várias regiões.
Foram concluídos recentemente 885 quilômetros da Norte-Sul, ligando Palmas, no Tocantins, a Anápolis, em Goiás. É preciso, porém, que se dê continuidade à Ferrovia de Integração Oeste-Leste, no trecho entre Ilhéus, na Bahia, e Figueirópolis, no Tocantins.
No setor portuário, a MP dos Portos abriu os nossos portos – dessa vez ao capital privado – e vai possibilitar a construção de novos terminais nos portos organizados. 26 deles já estão em andamento.
E há as hidrovias, entre as quais a do rio Tocantins figura como prioridade, que já começou a virar realidade com a obra de derrocamento do Pedral do Lourenço - entre Marabá e Tucuruí, no Pará. A hidrovia do Tocantins será a principal rota de escoamento do MATOPIBA.
Aliás, ouvi recentemente de alguém muuuiito importante que nos próximos quatro anos será a vez das hidrovias. Finalmente teremos os nossos Mississipes!!!
Não tenho dúvida que essa nova logística no Arco Norte, região acima do paralelo 16, em conjunto com a duplicação do Canal do Panamá, vai viabilizar um novo Brasil em termos de produção. Cria alternativas para Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Desafoga o Sul e o Sudeste.
Isso não é tudo, mas já é uma razoável amostra do que temos pela frente. Desafios, porém, não nos inibem. Não nos falta disposição para o trabalho. Nós somos parte de um setor produtivo que acredita no futuro do Brasil e que, mesmo em meio às dificuldades, continua investindo.
E para que continuemos agindo assim, precisamos apenas que no campo ambiental, no trabalhista, ou no campo mais geral das regulações do Estado, o produtor rural tenha reconhecida, em seu trabalho, sua alta utilidade social.
A CNA é uma casa política na medida em que a política permeia todas as ações e relações da sociedade. Mas não é uma casa partidária. A disputa ideológica, legítima, necessária, se exerce nos partidos políticos. A nossa Confederação é, ao mesmo tempo, a fortaleza de nossos interesses e de nossos direitos, mas é – e deve continuar sendo – uma reunião de homens e mulheres que coloca a Nação brasileira acima de tudo. Acreditamos que tudo que é bom para o Brasil é bom para o Agro.
Esta, Sras. e Srs., é a casa do produtor rural – e é, portanto, também a minha casa. Mas é, sobretudo, uma casa a serviço do povo brasileiro, destinatário final de tudo quanto fazemos.
O Nosso partido é o Brasil.
Muito obrigada.

Senadora Kátia Abreu - Presidente da CNA

 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

CNC se manifesta a respeito do emplacamento de máquinas agrícolas


P1 / Ascom CNC
12/12/2014


BALANÇO SEMANAL — 08 a 12/12/2014

— CNC está atento à questão do emplacamento de máquinas agrícolas para evitar a elevação dos custos dos produtores rurais.

EMPLACAMENTO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS — A possibilidade de emplacamento de máquinas agrícolas é algo com que convivemos desde 1998, um ano após a instituição do Código de Trânsito Brasileiro, no Congresso Nacional. Sempre fomos e continuamos contrários a essa norma devido ao encarecimento desnecessário que gerará nos custos dos produtores rurais brasileiros, além da dificuldade da operacionalização do sistema. Assim, enquanto parlamentar, conseguimos que esse dispositivo do Código não fosse aplicado.

Por outro lado, no dia 14 de maio deste ano, a Presidente da República, Dilma Rousseff, conforme publicação no Diário Oficial da União, vetou integralmente, alegando contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei nº 57/2013 do Senado Federal (nº 3.312/12 na Câmara dos Deputados), o qual "Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para desobrigar as máquinas agrícolas do registro e licenciamento anual".

A ação nos surpreendeu, uma vez que o referido PL foi aprovado por unanimidade na Câmara e no Senado e também por entendermos que o seu teor contraria o interesse público, haja vista que ocasiona uma elevação nos custos de produção, a qual viria através dos gastos com emplacamento, e gerará a cobrança dos impostos inerentes à matéria, como o IPVA e o licenciamento, entre outros.

Mais surpreendente ainda foi a manutenção do veto total ao Projeto de Lei por parte da comissão mista, composta pelos deputados Vicentinho, Rodrigo Bethlem, Vanderlei Macris, Onofre Santo Agostini e Eurico Júnior, formada para apreciar o posicionamento presidencial a respeito do emplacamento das máquinas agrícolas.

O Conselho Nacional do Café discorda completamente dessa postura incoerente, haja vista que Senado e Câmara haviam aprovado de maneira unânime a matéria quando apreciada pelas Casas. Lamentamos, ainda, o fato de que os deputados designados para a comissão mista sequer tenham vínculo com o agronegócio e, em especial, o transtorno que os cidadãos brasileiros terão ao verem seus gastos na atividade agrícola elevados por essa medida, o qual ocorrerá anualmente, conforme se realize a renovação do emplacamento.

Nesse sentido, o CNC e muitas outras entidades representantes do setor agropecuário se mobilizaram para tentar prorrogar o início dessa obrigatoriedade, que, com base na legislação atual, entrará em vigor a partir de 2015. Como efeito da pressão do setor agrícola brasileiro, na quarta-feira, 10 de dezembro, o Ministério das Cidades emitiu um comunicado informando que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apresentará uma proposta ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para adiar o prazo de emplacamento das máquinas agrícolas. Na nota, a Pasta justificou que “o adiamento é necessário para concluir a adaptação do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan)”. A reunião do Contran está marcada para 18 de dezembro, quando deveremos ter ciência do resultado desse pedido do Denatran.

PROJETO RUMOS — Na segunda-feira, 8 de dezembro, o Conselho Consultivo do Projeto Rumos, idealizado a partir do seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil”, realizado, em dezembro de 2013, por CNC e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com o apoio de toda a cadeia café, reuniu-se para dar andamento ao debate referente às prioridades para o setor cafeeiro.

Em função da mudança do cenário mercadológico na comparação com o final do ano passado, quando havia preços aviltados, o consultor Carlos Brando, da P&A Marketing Internacional, recomendou que fosse incluída entre as ações prioritárias do projeto a “resiliência às mudanças climáticas”, haja vista o panorama vivenciado ao longo de 2014.

A respeito da captação de recursos para a implantação das ações, Brando mencionou exemplos de entidades, fundações e organizações nacionais e internacionais que dispõem de fundos para financiamento de projetos e comentou que podemos observar e aprender com a experiência da Colômbia, onde, em 12 anos, a Federação Nacional de Cafeicultores alavancou um montante de US$ 300 milhões a fundo perdido.

Por sua vez, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou uma proposta da entidade para garantir a continuidade do Projeto Rumos, que também servirá de estratégia para estruturar a capacidade de organização do setor café. Ele propôs a criação de um fundo entre as entidades participantes do Conselho Consultivo, com o objetivo de construir uma base financeira para o início do projeto.

A ideia inicial é não envolver volumes elevados de capital, levantando apenas o suficiente para iniciar as atividades. Com o estabelecimento do fundo e a definição da agenda, acordou-se que o segundo passo seria a captação de recursos de fontes internas e externas. Assim, foi proposto que, na fase inicial, não haja participação governamental, pois o setor deve agir com autonomia para definir suas estratégias. Além disso, a criação do fundo serviria como um garantidor de compromisso das entidades envolvidas com o projeto.

O presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, sugeriu que as entidades representantes do segmento privado da cafeicultura contribuam de forma paritária, o que evitará a predominância de um segmento sobre o outro. Por fim, ele solicitou que a P&A elabore uma proposta resumida para a formatação do fundo, contendo propósito, metas, alcance e dispositivos jurídicos, com o objetivo de subsidiar a negociação para obtenção dos recursos dentro das entidades.

MERCADO — Os futuros do arábica voltaram a acumular perdas nesta semana, novamente pressionados pelo aumento da umidade nas regiões produtoras brasileiras, pelo real desvalorizado e por fatores técnicos. O cenário macroeconômico internacional também foi desfavorável aos investimentos em commodities, devido ao risco de deflação na China e a preocupações renovadas com a crise na Zona do Euro.

No Brasil, as chuvas consistentes nas regiões produtoras têm contribuído para diminuir as perdas acumuladas nos dez meses de estiagem. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada realizou levantamento que indica sensível melhora nas condições de desenvolvimento da próxima safra brasileira, embora seja manifesta a redução da colheita ante 2014/15. O quadro abaixo resume as informações veiculadas pela instituição.




Quanto ao mercado cambial, o dólar seguiu fortalecido no Brasil, mantendo o cenário propício às exportações. Ontem, a divisa norte-americana foi cotada a R$ 2,6476, valor mais elevado desde abril de 2005, com alta acumulada de 2,1% na semana. Especulações sobre os rumos da política econômica nacional e quanto ao futuro das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio estimulam essa tendência.

A liquidação de posições compradas no mercado futuro de café arábica da ICE Futures US pelos fundos de investimento também cria pressão de baixa nos preços. Segundo o relatório semanal daCommodity Futures Trading Commission (CFTC), o saldo líquido comprado desses fundos caiu para 31.217 lotes no dia 2 de dezembro, ante os 35.433 lotes da semana anterior.

Diante dessa conjuntura, o vencimento março do Contrato C, negociado na bolsa de Nova York, foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,764 por libra-peso, acumulando desvalorização de 370 pontos em relação ao final da semana antecedente. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/2015 dos futuros do café robusta encerrou a sessão de ontem a US$ 1.965 por tonelada, com perdas de US$ 88 desde a última sexta-feira.

Quanto ao mercado físico brasileiro, o Cepea informou que as oscilações diárias nos preços do café têm mantido os vendedores retraídos. Ontem, os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 452,62/saca e a R$ 268,21/saca, respectivamente, com variação de -0,2% e -3,3% no acumulado da semana.


Atenciosamente, 

Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

Café: Mercado em NY já acumula queda de 8% e produtores brasileiros evitam novos negócios

Café: Produtores observam a falta de direção do mercado em NY com cautela e, no mercado interno, poucos negócios têm sido efetivados nesse final de ano. Apesar da falta de notícias novas, cotações na bolsa americana já acumulam uma queda de 8%.


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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Emplacamento: Adiada por 1 ano validade da resolução; Contran deve oficializar decisão na próxima semana

O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), em reunião com o Ministério das Cidades, nesta quarta-feira (10), informou que o dirigente da pasta sinalizou o adiamento por um ano da resolução do Contran que torna obrigatório o emplacamento de tratores e máquinas agrícolas. "Ganhamos um tempo precioso para negociar uma proposta que não penalize o setor produtivo", disse Goergen em sua página no Facebook. 
Dessa forma, a validade da normativa começaria somente em 1º de janeiro de 2016 e, de acordo com a equipe do deputado procurada pela reportagem do Notícias Agrícolas, nesse intervalo há tempo para alterar o texto a ser aprovado mais adiante. Além disso, a equipe informou ainda que o texto que prevê esse adiamento já está pronto e o próximo passo agora é a oficialização da medida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o que poderia acontecer já na próxima quinta-feira (18). 
"Mostramos ao Ministério das Cidades, que é quem comanda o Denatran, que a regra imposta é impossível de ser praticada pelo aspecto estrutural e pelo custo que traria aos nossos agricultores", diz Goergen. "Por um ano, não há risco de nada acontecer, já que as exigências não estarão vigorando. Nesse meio tempo, faremos um grupo para avaliar o texto da resolução e fazer as mudanças necessárias para que não haja penalidades aos produtores", completa. 
No link abaixo, veja a íntegra da entrevista de Jerônimo Goergen sobre o adiamento:
Reunião Emplacamento
Mobilizações
Apesar do adiamento, os protestos contra a normativa serão mantido e devem acontecer nesta quinta-feira (11), por volta das 10h. A manifestação ocorrerá em diversas regiões, principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná. 
Dentre as cidades, está Santo Augusto e São Valério do Sul (RS), em que o encontro será no trevo de acesso da Chiapetta ERS 155. Já em Carazinho (RS), a mobilização acontecerá no Trevo da Bandeira, que liga a BR-285 a BR-386. Em Tupanciretã (RS) os produtores se reunirão na RSC 377, enquanto em Júlio de Castilhos (RS) acontecerá no trevo da cidade, que liga a BR 158.
Em Santiago (RS), o encontro será na BR 287, no entrocamento com a RS 377. Em Missal (PR), a mobilização acontecerá na entrada da cidade, na PR 497. Também há informações de cidades de Goiás que irão aderir a mobilizaçãoem que o encontro será em Formosa na BR 020 e em Unaí na BR 251. 

Denatran vai propor adiar emplacamento de máquinas agrícolas

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão do Ministério das Cidades, apresentará uma proposta ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para adiar o prazo de emplacamento das máquinas agrícolas. A Resolução 447/2013, do Contran, que está em vigor, determina o emplacamento dessas máquinas até 31 de dezembro de 2014.  O adiamento é necessário para  concluir a adaptação do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan). A reunião do Contran está marcada para o próximo dia 18 (quinta-feira).   

Faesc pede isenção do IPVA para tratores

Norma encarece, burocratiza e dificulta a vida das famílias rurais
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) reivindicou ao governador Raimundo Colombo a dispensa da cobrança do IPVA sobre tratores agrícolas. A Federação adverte que a medida causará descapitalização do produtor e êxodo rural. “É uma norma que só encarece, burocratiza e dificulta a vida das famílias rurais”, assegura o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo.
A cobrança decorre de uma série de marchas e contramarchas institucionais. O projeto de lei sobre a não obrigatoriedade do emplacamento para máquinas agrícolas começou a tramitar na Câmara dos Deputados em 2012, a partir de uma proposta do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que foi aprovada na casa sem alterações. Em 2013, o projeto subiu para o Senado, onde também foi aprovado sem mudanças. Em seguida, o texto foi direto para sanção presidencial. Em maio de 2014, a presidente Dilma Rousseff vetou a matéria, alegando alto índice de acidentes nas estradas envolvendo máquinas agrícolas.
Logo depois, a presidente reconsiderou a questão e incluiu, em uma Medida Provisória, a exclusão da necessidade de emplacamento para as novas máquinas agrícolas fabricadas a partir de 2015, mas a MP venceu antes de tramitar na Câmara e no Senado. O veto voltou para o Congresso esta semana e a bancada ruralista não conseguiu derrubá-lo em quantidade de votos. Com isso, ficou valendo a norma do Contran, que exige o licenciamento/emplacamento a partir do dia 1o de janeiro de 2015.
Pedrozo assinala que a carga tributária que o setor primário da economia (agricultura, pecuária, pesca, extrativismo e reflorestamento) já é elevada e repleta de encargos. Com essa nova exigência, haverá aumento de custos para o agricultor. Mesmo só abrangendo as máquinas compradas a partir de 2015, é inevitável que, gradualmente, os produtores sejam atingidos pela medida em face do dinamismo do mercado de máquinas agrícolas.
O Governo do Estado foi autorizado pela lei a cobrar o IPVA sobre tratores, razão pela qual a Faesc encaminhou expediente ao governador Raimundo Colombo sustentando a não-cobrança do tributo. Pedrozo entende que a estadualização da cobrança facilita um entendimento com o Governo catarinense: “Colombo conhece as agruras da agricultura e a contribuição do setor para a economia catarinense”.
Pedrozo entende que, paralelamente, o Congresso possa, com o início da nova legislatura, em 2015, reapreciar o projeto de leite que isenta os tratores ou, ainda, baixar decreto legislativo cassando os efeitos da resolução do  Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
O dirigente observa que há vários inconvenientes para o produtor rural em face na exigência do emplacamento de tratores e máquinas agrícolas, sem falar no custo para as indústrias adaptarem as máquinas à nova lei, o que se refletirá nos preço de venda. “Essa determinação é um absurdo, pois a maioria dos agricultores tem lavouras nos dois lados de uma estrada e terá de pagar emplacamento para atravessá-la. Além da burocracia, o aumento de custos implica menos investimentos”.
Enquanto a lei não mudar, a exigência está de pé porque o Congresso Nacional, afinal, manteve o veto da presidente e tornou obrigatório não só o emplacamento, mas também o licenciamento e o IPVA para veículos como tratores e colheitadeiras. Todas as máquinas compradas depois dessa data só vão poder sair da fábrica com a documentação, e as antigas também precisarão se adequar.
Por:  e Sandy Quintans
Fonte: Notícias Agrícolas
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