RELOGIO

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

CNC e Andef debatem pesquisas agroquímicas voltadas ao combate da broca

 


 
QUESTÕES FITOSSANITÁRIAS — Na quarta-feira, 30 de agosto, o presidente executivo e a assessora técnica do CNC, deputado Silas Brasileiro e Silvia Pizzol, receberam, na sede da entidade, os gerentes de Regulamentação Federal, Andreia Ferraz, de Inovação e Sustentabilidade, Roberto Sant´Anna, e de Comunicação da Agência Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Milca Di Martino, para debater, entre outras matérias, pesquisas agroquímicas voltadas à questão da broca do café.

A audiência foi solicitada pelo CNC como encaminhamento da reunião de seu Conselho Diretor de 11 de agosto, quando se deliberou por um processo de aproximação com entidades que atuem nos setores de pesquisa e geração de conhecimento científico relacionado à fitossanidade, principalmente no que diz respeito aos atuais problemas referentes às dificuldades regulatórias e ao controle da broca do café, conforme relatos recebidos de nossos associados.

Os representantes da Andef explicaram que há espaço para a realização de trabalhos de agregação de conhecimento sobre tecnologia de aplicação das moléculas disponíveis para o combate a essa praga do cafeeiro e também das que entrarão no mercado futuramente. Frente a essa informação, o CNC dará encaminhamento às seguintes atividades:

(i)            realizar um levantamento junto aos associados visando ao detalhamento das dificuldades enfrentadas com cada molécula disponível: em que situações não funcionam (período, ponto de controle, equipamentos de aplicação, etc.) e os casos de sucesso. Essas informações serão repassadas à Andef, que encaminhará a suas empresas associadas com o objetivo de solicitar esclarecimentos e geração de conhecimento a ser repassado ao campo para solucionar esses problemas.
(ii)           diante das dificuldades regulatórias que travam a aprovação de novas moléculas e que podem levar ao banimento de 55 ingredientes ativos atualmente em uso na agropecuária, o CNC e a Andef construirão o “case Endosulfan” com o objetivo de demonstrar aos órgãos governamentais os amplos e imprevisíveis impactos que o banimento de uma molécula pode causar no setor produtivo. O objetivo não é solicitar o retorno do Endosulfan, mas reforçar a necessidade da inclusão da análise de risco na metodologia de registro de agroquímicos e a realização de profundo estudo de impacto regulatório antes de qualquer decisão de banimento de moléculas em uso na agropecuária.

CRÉDITO PARA COOPERATIVAS — Na segunda-feira, 28 de agosto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a Resolução nº 4.597, que, atendendo aos pleitos do setor cooperativo, liderados pelo Sistema OCB e com suporte do CNC no tocante às cooperativas cafeeiras, ajustou as normas do crédito rural, elevando o limite de recursos ao segmento de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões e ampliando o prazo para a comprovação de compra de insumos de 60 para 120 dias, entre outras ações (acesse a íntegra emhttp://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?numero=4597&tipo=Resolu%C3%A7%C3%A3o&data=28/8/2017).

Visto o potencial das cooperativas em possibilitar que seus produtores cooperados possam adquirir insumos e maquinários a preços mais acessíveis e com melhores condições de compra, o Conselho Nacional do Café elogia a postura sensata do Governo Federal ao atender à demanda do segmento cooperativista e enaltece os trabalhos realizados pelo Sistema OCB, sob a presidência do amigo Márcio Lopes de Freitas, e seus parceiros.

FUNCAFÉ — Segundo informações atualizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até a manhã de hoje, o volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) liberado aos agentes financeiros, com data de referência de 24 de agosto, é de R$ 1,855 bilhão (clique na tabela abaixo), respondendo por 37,9% do total de R$ 4,890 bilhões aprovados para a temporada cafeeira atual.


Do montante recebido pelas instituições, R$ 890 milhões foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 436,3 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 234,2 milhões para Custeio; e R$ 294,3 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 147,5 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 92,2 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 54,6 milhões para o setor de Solúvel.

MERCADO — As cotações internacionais do café voltaram a recuar nesta semana no mercado internacional. Em Nova York, o vencimento dezembro do contrato C foi cotado a US$ 1,2935 por libra-peso, aferindo perdas de 205 pontos em relação à semana antecedente. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro do contrato futuro do robusta recuou US$ 43, para US$ 2.069 por tonelada.

Os preços continuam pressionados sobre especulações de uma safra volumosa no Brasil em 2018, mas traders acreditam que fazer prognósticos a respeito de uma colheita muito distante pode ser bem arriscado para os que apostam nisso.

Esses participantes recomendam cautela em meio ao cenário atual, onde players internacionais creem que a recuperação das exportações do Brasil em agosto pode sinalizar que a oferta não deve ser tão apertada e, do outro lado, há os que citam que a demanda continua baixa, com os principais importadores possuindo níveis elevados de estoques. Esse panorama faz com que somente quem tem necessidade urgente de compra ou venda de café entre no mercado.

Analistas disseram que a tendência permanece negativa no curto prazo, com a possibilidade de uma reação maior das cotações podendo ocorrer mais para o fim do ano. O que se observa é que o mercado tem focado sua atenção no clima e seus efeitos na safra 2018, o que é precoce nesse período do ano, e “esquecido” de verificar a quebra de safra consolidada em 2017, o que pressiona o mercado.

Nesta semana, o recuo do dólar comercial frente ao real brasileiro foi um fator que ajudou a mitigar a desvalorização nos preços do café. A divisa norte-americana encerrou o pregão de ontem a R$ 3,1475, com perda de 0,2% na comparação com a semana passada.

Em relação à meteorologia, a Climatempo informa que uma frente avança pelo mar desde ontem, com os ventos mudando de direção na costa da Região Sudeste. No entanto, apesar do aumento das nuvens, há possibilidade de chuviscos apenas no leste de São Paulo e no sul do Rio de Janeiro.

Já de acordo com a Somar Meteorologia, a passagem de uma frente fria nesta sexta-feira pode trazer precipitações com mais frequência para o Espírito Santo. Mas o serviço também aponta que, no geral, as previsões seguem indicando tempo seco para a maior parte do cinturão produtor de café do Brasil até o fim da semana que vem.

No Brasil, as cotações percorreram o mesmo caminho dos preços externos e recuaram nas praças de comercialização. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os agentes continuam retraídos e o mercado segue com baixa liquidez. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 445,72/saca e a R$ 406,93/saca, ambos com variações negativas de 0,7% na comparação com o fechamento da semana anterior.


Atenciosamente,

Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Funcafé repassou R$ 1,4 bilhão a agentes financeiros, 28,8% do total contratado na safra 2017


BALANÇO SEMANAL — 07 a 11/08/2017

Funcafé repassou R$ 1,4 bilhão a agentes financeiros, 28,8% do total contratado na safra 2017

FUNCAFÉ — Nesta semana, o Diário Oficial da União (DOU) publicou a assinatura de novos contratos autorizando a liberação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos agentes financeiros, elevando a demanda total para R$ 4,865 bilhões, ou 99,5% do total de R$ 4,890 bilhões aprovados para a safra 2017.

Ao longo das últimas semanas, o Conselho Nacional do Café (CNC) veio recordando que a assinatura dos contratos somente credencia os bancos e cooperativas de crédito a operarem com recursos do Fundo, mas, para o encaminhamento do capital aos agentes e a consequente tomada pelos mutuários, fazia-se necessário que os produtores procurassem suas instituições de crédito e apresentassem as demandas.

Na sexta-feira passada, teve início a liberação dos recursos do Funcafé às instituições. Conforme informações disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), até hoje, 11 de agosto, 11 agentes financeiros receberam R$ 1,409 bilhão (clique na tabela abaixo para ampliar), o que representa 28,8% do total de R$ 4,890 bilhões aprovados para a temporada cafeeira atual.

Do montante recebido pelas instituições, R$ 701,1 milhões foram destinados para a linha de Estocagem; R$ 309,1 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 179,2 milhões para Custeio; e R$ 219,7 milhões para as linhas de Capital de Giro, sendo R$ 122,5 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 62,25 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 35 milhões para o setor de Solúvel.


CAFÉ PARA ATLETAS” — Na terça-feira, 8 de agosto, o presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, coordenou as negociações do presidente da associada Cooxupé, Carlos Paulino, junto ao Governo Federal, no Mapa e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para tratar dos procedimentos para registro e avaliação de segurança e eficácia de um novo produto, à base de café, que a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé está desenvolvendo.

A Cooxupé vem elaborando um farináceo com base no fruto, que pretende utilizar como matéria prima para alimentos funcionais cujo consumo é voltado a atletas. O CNC deu andamento aos trâmites na esfera governamental e os próximos passos são focados na inscrição do produto e nas posteriores análises da Anvisa. Entendemos que essa é uma iniciativa de vanguarda e que potencializa o café como um todo, permitindo a busca por novos nichos de mercado e, consequentemente, renda aos cooperados.

PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE — Na quinta-feira, 10 de agosto, o presidente Silas Brasileiro recebeu Vanusia Nogueira, diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) – entidade membro do CNC, para dar sequência aos debates relacionados à promoção mundial da sustentabilidade da cafeicultura brasileira através do Programa Acesso a Mercados (PAM-AGRO), desenvolvido em parceria por Apex-Brasil e Ministério da Agricultura e que conta com a participação do Ministério das Relações Exteriores e da Camex.

Ambos se reuniram com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, para alinhar o posicionamento das entidades – assim como já ocorrido junto à Sociedade Rural Brasileira na última semana de julho (confira emhttp://www.cncafe.com.br/site/interna.php?id=13523) – frente à possibilidade de adesão da cafeicultura ao segmento “Imagem” do PAM-AGRO.

O presidente do CNC vê como positiva a sinergia que emerge das entidades e crê que se pode chegar a um consenso sobre a adesão ao Programa, possibilitando que seja possível trabalhar a melhoria da imagem internacional do café brasileiro, que é vital para a manutenção dos mercados estratégicos e para a abertura ou ampliação da participação nacional em novos e emergentes países consumidores de café.

ESPECIALIZAÇÃO EM CAFEICULTURA

A associada Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul) oferecerá um curso de especialização em cafeicultura a seus cooperados. Denominado "Academia do Campo", o curso abrangerá conhecimento técnico, comercial e gestão da atividade cafeeira e tem como público-alvo cafeicultores e seus filhos e pessoas interessadas na cultura. A especialização terá a duração de 10 meses (uma vez por mês) e dispõe de 100 vagas. A previsão de início é setembro de 2017 e os interessados podem se inscrever ou obter mais informações através do e-mail 
viviane.bartelega@minasul.com.br.

O Conselho Nacional do Café enaltece a iniciativa de sua cooperada Minasul e entende que capacitações são sempre necessárias para que saibamos lidar com os novos desafios e a competitividade que surgem no complexo ambiente do agronegócio. Nesse sentido, a Academia do Campo certamente capacitará os cooperados para que façam boas administrações nas propriedades e se atualizem na obtenção de conhecimentos técnicos e específicos, desenvolvendo-se como empreendedores de fato.

COOPAMA EM ALFENAS — Com 73 anos de história e atuação junto aos produtores rurais do Sul de Minas Gerais e órgãos do segmento, a Cooperativa Agrária de Machado (Coopama), associada ao CNC, inaugurou, ontem, 10 de agosto, sua nova filial, a Unidade Alfenas, cidade universitária selecionada principalmente por ter na agropecuária, em especial café e cereais, suas principais atividades econômicas.

A Coopama Alfenas oferecerá aos cooperados e produtores rurais da região defensivos e implementos agrícolas, peças para máquinas, fertilizantes, medicamentos veterinários, rações, sais minerais, além de telefonia, planos de internet, plano de saúde, assistência técnica e nutricional e convênio para assistência veterinária, sempre objetivando aproximar cooperativa e cooperado.

O CNC parabeniza a entidade por sua expansão e por, a cada dia, aproximar-se mais de seus sócios e clientes, desempenhando, de fato, o ideal do cooperativismo. Somos cientes que a Unidade Alfenas também permitirá que novos cooperados se beneficiem das facilidades da Feira de Negócios Coopama (FENEC), que conta com a presença das principais empresas do agronegócio do Brasil e oferece condições diferenciadas aos cooperados para a aquisição de insumos, fertilizantes, maquinários, entre outros, visando à melhor gestão de suas lavouras e propriedades.

MERCADO — Após o movimento de realização de lucros ocorrido na quinta-feira, os contratos futuros do café encerraram a semana em território negativo nos mercados internacionais. Para analistas, as cotações aguardam novidades para se direcionarem.

Mesmo com a recuperação dos preços nas últimas semanas, os níveis alcançados ainda são inferiores aos observados em 2016, quando a maioria dos produtores aproveitou para travar vendas para a safra 2017, colhida atualmente. Dessa forma, a expectativa é que o mercado se aqueça a partir de setembro, quando terá fim esse período de entrega.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro do Contrato C caiu 165 pontos na semana, encerrando o pregão de ontem a US$ 1,3850 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento setembro do contrato futuro do robusta recuou US$ 51, finalizando a sessão de quinta-feira a US$ 2.090 por tonelada.

O dólar comercial também influenciou, em menor escala, os preços da commodity, à medida que renovou suas máximas frente ao real depois das novas ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a Coreia do Norte.

O cenário de incertezas em relação à meta fiscal no Brasil e o recuo do petróleo foram outros fatores que auxiliaram no avanço do moeda norte-americana. Ontem, a divisa foi cotada a R$ 3,1756 — maior nível desde 17 de julho —, com ganho de 1,6%.

No Brasil, uma frente fria na costa da Região Sudeste reduzirá as temperaturas nas áreas produtoras e deve causar chuvas e rajadas de vento no Paraná e no oeste de São Paulo durante o domingo. Nos dias seguintes, as precipitações alcançarão o sul de Minas Gerais, com o período mais úmido devendo se estender sobre as Regiões Sul e Sudeste do Brasil até a próxima sexta-feira.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o recuo dos preços internacionais na quinta-feira fez com que os participantes, já em clima de receio, afastassem-se de vez das negociações no País.

Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 471,79/saca e a R$ 410,20/saca, respectivamente, com variações de 0,8% e de -1,5% em relação ao fechamento da sexta-feira passada.


Atenciosamente,

Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo

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